quarta-feira, 3 de abril de 2013

Inspirada na NFL e na NBA, Superliga quer transformar finais em espetáculo


Decisões do torneio de vôlei prometem entreter o público com apresentações de grupos artísticos, coreografias, música, efeitos de luz e interatividade

Por Ana Carolina Fontes Rio de Janeiro

Efeitos de luz, apresentações de grupos artísticos, coreografias, música e muita interação com a torcida são algumas das surpresas que a Confederação Brasileira de Vôlei está preparando para as finais da Superliga. Inspirados no modelo da NBA, NFL e até de eventos menores, como os torneios universitários americanos, os organizadores buscam tranformar as decisões em um grande espetáculo. O jogo em si passa a ser um dos elementos entre os vários outros voltados para o entretenimento. As ações serão realizadas desde o horário de abertura dos portões até o fim da cerimônia de premiação, que também promete inovar, com um palco e uma estrutura bem mais apoteótica do que o tradicional pódio. Uma das novidades foi o acerto com o DJ polonês e showman Gregory Kulaga, que animou o público na Liga dos Campeões da Europa de vôlei e nos Jogos Olímpicos de Londres.

Ginásio Ibirapuera (Foto: Adorofoto)Ginásio do Ibirapuera será o palco de um espetáculo na final feminina da Superliga (Foto: Adorofoto)

- As pessoas que acompanham o vôlei precisam se acostumar a ter opções de entretenimento. Estamos planejando ações no pré e pós-jogo, nos intervalos e até na cerimônia de premiação, estimulando ainda mais a interação com o público. Nos inspiramos em eventos da Europa e dos Estados Unidos, como NBA, NFL e até torneios universitários - contou Renato D’Ávila, superintendente técnico da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).
As pessoas que acompanham o vôlei precisam se acostumar a ter opções de entretenimento. Estamos planejando ações no pré e pós-jogo, nos intervalos e até na cerimônia de premiação, estimulando a interação com o público. Nos inspiramos em eventos da Europa e dos Estados Unidos, como a NBA, NFL e até em torneios universitários"
Renato D'Ávila, superintendente
técnico da Confederação Brasileira de Vôlei

Antes de implantar o novo modelo nas finais da Superliga, a CBV realizou testes pontuais em torneios internacionais realizados no Brasil, como a Liga Mundial e o Grand Prix. Apresentações dos acrobatas da Intrépida Trupe, da comissão de frente da escola de samba carioca Unidos da Tijuca e do grupo musical Monobloco foram alguns exemplos.

- Não posso adiantar ainda quais serão as atrações porque não quero estragar a surpresa, mas teremos muitas ações tanto para quem for ao ginásio como para aqueles que vão acompanhar pela televisão. Já vínhamos experimentando ideias neste sentido em alguns eventos e vamos ampliar esse conceito com a questão do entretenimento.

Outra novidade que promete agitar a plateia é a contratação de um diretor de cerimônias, como já acontece em grandes eventos pelo mundo, tais como a abertura e o encerramento das Olimpíadas.

Juciely isso é vôlei Superliga vôlei (Foto: Divulgação/CBV)Juciely, do Rio de Janeiro, posa ao lado da placa com slogan "Isso é vôlei" (Foto: Divulgação/CBV)

O público será estimulado a chegar mais cedo ao ginásio para vivenciar a nova experiência. A mudança é vista pela CBV como fundamental para tornar a Superliga e o vôlei produtos mais atrativos para jogadores, clubes, torcedores, televisão e patrocinadores. Assim, a expectativa é de que surjam novas e maiores possibilidades comerciais, com a potencial entrada de investidores e equipes, além do maior apelo por mais espaço na televisão. O conceito que está por trás dessa reviravolta foi batizado de "Isso é vôlei". A iniciativa visa criar ligações com a modalidade em diversas situações, como a brincadeira de crianças com balões de festas infantis.

- Quando vemos uma criança brincando com um balão, estamos vendo uma forma rudimentar de vôlei. A criança não sabe, mas isso também é vôlei. O desafio de transformar uma final num espetáculo que por si só já é superlativo é muito grande. Mas, se pensarmos que o espetáculo já está todo lá, então, ele só precisa ser embalado com luzes novas, cores, movimentos inusitados, uma presença instigante, emocionante e muita música dançante. Com essa performance, podemos iniciar uma nova possibilidade de entender e ver o esporte, aliando a ideia de espetáculo por meio do teatro, da dança e do circo ao esporte - analisou Ulysses Cruz, diretor geral de entretenimento das finais da Superliga.

A decisão feminina será disputada no domingo, às 10h, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, entre Osasco e Rio de Janeiro. Enquanto a masculina está marcada para o dia 13 de abril, no Maracanãzinho (RJ). O Cruzeiro, atual campeão, espera o vencedor de Minas e Rio de Janeiro para conhecer seu adversário da final. A TV Globo transmite os jogos ao vivo e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real.

Curiosidades do Super Bowl e do Fim de Semana das Estrelas
Símbolos do espetáculo no esporte, o All-Star Weekend da NBA, e o Super Bowl, decisão da NFL, viraram fenômenos de audiência em todo o mundo. O fim de semana do All-Star Game conta com uma série de atrações, como o Desafio de Habilidades, Torneio de Enterradas, Torneio de 3 pontos e o Jogo das Celebridades, que reúne políticos, cantores, atores... Na última edição, o jamaicano Usain Bolt, o rapper Ne-Yo e o astro de Hollywood, Josh Hutcherson, que estrelou o filme "Jogos Vorazes", roubaram a cena entre os famosos. O show termina com o jogo das estrelas, o "All-Star Game", amistoso no qual participam os melhores jogadores do ano da Liga Americana, divididos em equipes das Conferências Leste e Oeste.

Beyonce no show de intervalo no Super Bowl (Foto: EFE)Beyonce foi uma das atrações da última edição do Super Bowl; cantora fez show no intervalo (Foto: EFE)

No futebol americano, por sua vez, o duelo marca a decisão do campeonato da NFL, sendo o evento de maior audiência dos Estados Unidos e, a nível mundial, só perde para a final da Liga dos Campeões da UEFA. Disputado desde 1967, a partir da junção das duas principais ligas do país (NFC e AFC), o Superbowl tem uma forte influência da publicidade e do marketing. O custo de comercial de 30 segundos já chegou a três milhões de dólares, mais de seis milhões de reais. Antes do início da partida, um artista famoso canta o hino nacional americano (Alicia Keys, em 2013) e no intervalo há um grande show (Beyoncé, em 2013). Quem organiza a segurança do evento é o Serviço Secreto dos Estados Unidos.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/04/inspirada-na-nfl-e-na-nba-superliga-quer-transformar-finais-em-espetaculo.html

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