quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Dorival comemora vitória, fuga do Z-4 e elogia Valdivia: "Faltava entrega"

Técnico gosta do time na goleada por 4 a 1 sobre a Chapecoense e aprova nova postura do chileno. "Ele assumiu essa condição de liderança que estava adormecida"


Por São Paulo


O técnico Dorival Júnior, do Palmeiras, aprovou a atuação do time na goleada de virada sobre a Chapecoense, por 4 a 1, na noite desta quinta-feira, no Pacaembu. O resultado deixou o Verdão na 15ª posição, com 28 pontos, fora da zona de rebaixamento, para alívio dos palmeirenses.

- Foi um resultado importante, pela forma como foi conquistado. Os jogadores estão de parabéns, porque voltamos a fazer uma boa partida. Era um jogo de alto risco, contra um time traiçoeiro, e será importante para a sequência - disse Dorival.


Para mim, faltava a ele (Valdivia) mais entrega em prol do grupo, não só tecnicamente, porque assim faz a diferença, mas essa participação no dia a dia. Essa condição de liderança que estava adormecida. Prefiro ver dessa forma
Dorival Júniorr

Mais do que o resultado, o comandante ressaltou a nova postura de Valdivia, com participação ativa na goleada alviverde. De acordo com o treinador, o chileno mudou de atitude no dia a dia e agora entendeu a sua importância para o grupo. O meia foi novamente o capitão da equipe, assim como havia ocorrido na derrota por 3 a 1 para o Figueirense, domingo, em Florianópolis.

- Tecnicamente não precisa falar nada dele. A maior vitória dele é assumir no Palmeiras a responsabilidade da braçadeira de capitão. Sou sincero com vocês: sinto o Valdivia totalmente integrado ao time. Primeiro com a recuperação do time na competição. Ele assumiu isso e fico satisfeito. É o que esperava dele. Para mim, faltava a ele mais entrega em prol do grupo, não só tecnicamente, porque assim faz a diferença, mas essa participação no dia a dia. Essa condição de liderança que estava adormecida. Prefiro ver dessa forma. Esse é o maior ganho do Valdivia nesse período. Não quero só tecnicamente. Fico feliz com o que vi dele nesses dias. Ele está sentindo o quanto é importante para o grupo. As pessoas atendem mais o que ele fala e os gestos dele no campo. Esse é o grande ganho.

Dorival Junior, Palmeiras X Chapecoense (Foto: Getty Images)
Dorival Junior orienta o time do 
Palmeiras contra a Chapecoense 
(Foto: Getty Images)


Confira a entrevista coletiva do técnico Dorival Júnior:

RECLAMAÇÃO DE CRISTALDO NO PÊNALTI
- Se o jogador está confiante, ele pode se apresentar. Mas preferencialmente é quem treina. Se o Henrique falar que não está bem, tudo bem. Seria uma opção lógica e natural, mas, do contrário não. Temos de respeitar o que é determinado e treinado. Foi um resultado importante, pela forma como foi conquistado. Os jogadores estão de parabéns, porque voltamos a fazer uma boa partida. Era um jogo de alto risco, contra um time traiçoeiro, e foi importante para a sequência.


CRISTALDO A PARTIR DE AGORA
- Aos poucos ele vai conquistando o espaço. Queremos ver sempre essa atitude que ele teve e já vinha mostrando em outros momentos. É o atleta que pede passagem, não é o treinador que escala. O treinador só dá sequência para o jogador desenvolver. Fizemos alteração tática e expliquei para ele. Infelizmente tivemos um problema com o Diogo e com a sua entrada o time realmente teve uma nova condição. Agora tentaremos recuperar todos, porque a exigência dos jogos será ainda maior.


IMPORTÂNCIA ESTAR FORA DO Z-4
- Sair foi importante e pontuar mais ainda. O Palmeiras vinha merecendo um resultado que deixasse os jogadores mais confiantes. Tomara que possa ser o início de uma recuperação completa, em busca de uma regularidade, que é o que queremos.


CONVERSAR COM CRISTALDO
- Isso é internamente que se resolve. Não preciso expor nada aqui. É um fato simples e será solucionado lá dentro.


CONTRATAÇÃO DE JAÍlSON
- Foi um pedido nosso em consenso com a diretoria. Buscamos um jogador que era titular no Ceará. Conhecemos por passagens em times paulistas. Experiente e para um momento conturbado como esse será importante, desde que repita aqui o bom trabalho em outros times.


TORCIDA FOI FUNDAMENTAL
- O torcedor sempre faz a diferença. A camisa tem seu peso quando você vai bem. Hoje não tem mais isso: grande vencer na camisa. Isso não existe mais. O futebol brasileiro é igual há muito tempo. O líder do Brasileiro pode tomar goleada do último ou de um time na zona. Pode acontecer. Você define quando respeita e marca forte, para quando tem a posse de bola conseguir trabalhar. Fizemos isso. Mesmo assim, no primeiro lance de perigo deles a bola entrou. Sem tirar o mérito do Figueirense, mas o resultado alcançado contra eles não era aquilo. O time foi bem no primeiro tempo e saímos com 1 a 0 contra para o intervalo. Revi um filme na cabeça. Isso tem de acabar. Agora espero uma sequência de resultados.


APAGÃO DA DEFESA
- Estamos querendo melhorar, resguardando mais o time. São momentos que acontece isso (apagão). E os adversários estão aproveitando essa instabilidade, fazendo gols. Acabam construindo o resultado assim, tirando pontos importantes. Quero o quanto antes. Estamos tentando todas as formações atrás de consistência e do time ideal. Na maior parte do tempo estamos bem, e de repente em um instante acontece. Como no 4 a 1 sofremos um contra-ataque e sai o gol. Isso mostra que precisamos melhorar.


JORGINHO CRITICOU LÚCIO POR MENOSPREZAR
- Eu respeito a posição, mas vou evitar um comentário qualquer. Entendo o lado do Jorginho, mas é difícil fazer um comentário como esse profissionalmente. Prefiro trabalhar internamente. Não sabia disso. Vou saber o que aconteceu para depois ter uma posição.


HENRIQUE ARTILHEIRO E TIME NA ZONA: COMO EXPLICAR?
- Vou transferir a pergunta. Como explica isso? É difícil, espero que siga como artilheiro e o time vá bem. É difícil explicar. Ele tem aproveitado as chances, mas precisamos de um respaldo coletivo e de uma sequência de resultados. Queremos que apareçam os resultados assim como os gols deles. Não sei nem o que falar
realmente.


WESLEY
- Conheço o atleta há algum tempo. Perguntei duas vezes e me garantiu na frente dos jogadores que não tinha nada. Vou confiar no atleta, porque vivemos no país da mentira. Muita coisa é jogada para o público, muita informação errada. De vocês ao público, e internamente para vocês. Precisa ter cuidado, porque pode criar animosidade com torcida e ele. Ele tem conversa adiantada com o Palmeiras e é natural ter proposta, mas não tem nada acertado com ninguém. Tenho de acreditar, porque é um ser humano que conheço. E nunca deu sinal para não acreditar. Vamos fazer o máximo possível para permanecer e ter uma sequência melhor.


VALDIVIA
- Tecnicamente não precisa falar nada dele. A maior vitória dele é assumir no Palmeiras a responsabilidade da braçadeira de capitão. Sou sincero com vocês: sinto o Valdivia totalmente integrado ao time. Primeiro com a recuperação do time na competição. Ele assumiu isso e fico satisfeito. É o que esperava dele. Para mim, faltava a ele mais entrega em prol do grupo, não só tecnicamente, porque assim faz a diferença, mas essa participação no dia a dia. Essa condição de liderança que estava adormecida. Prefiro ver dessa forma. Esse é o maior ganho do Valdivia nesse período. Não quero só tecnicamente. Fico feliz com o que vi dele nesses dias. Ele está sentindo o quanto é importante para o grupo. As pessoas atendem mais o que ele fala e os gestos dele no campo. Esse é o grande ganho.


LADO PSICOLÓGICO
- O que falta para a maioria dos times é esse "timing". Eles estão construindo isso. Saímos da derrota do Figueirense com um sentimento único, o qual não se percebia em resultados anteriores. Estamos buscando uma unidade. Mesmo com aquele resultado, a indignação era grande pelo que produzimos em 90 minutos e sofremos a virada em poucos minutos. Citei o fato do Valdivia por isso. Essa participação direta com o elenco e se expondo mais, chamando para si a responsabilidade, sendo exemplo para os outros, aí cria um fato novo no time. Amanhã vamos trabalhar de novo, porque o jogo da semana que vem é mais importante.


CLIMA DO VESTIÁRIO NO INTERVALO E AGORA
- Nós martelamos, trabalhamos a bola e sofremos o gol. Aconteceu isso domingo. Mostrei que estávamos bem e não mudei nada. Só pedi que adiantasse a marcação e trabalhasse com mais paciência. Todos viemos com esse sentimento do intervalo. Mesmo assim, voltamos nos primeiros cinco minutos a Chapecoense prevaleceu. Isso mostra que não tem uma lógica. E depois viramos.


CONTRATAÇÃO DE WASHINGTON 
- Nós buscamos, sim, mais um jogador. Não sabia quanto tempo o Wesley demoraria a voltar. Não queríamos tirar ninguém da Série B, porque precisavam de gente na reta final, mas precisávamos de uma reposição. Nós corremos atrás. Tentamos vários e de repente hoje conseguimos a finalização desses dois atletas que eu espero que sejam felizes.


Valdivia gol Palmeiras x Chapecoense (Foto: Leandro Martins / Ag. Estado)
Valdivia comemora um dos gols do 
Palmeiras contra a Chapecoense 
(Foto: Leandro Martins 
/ Ag. Estado)


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