Depois de superar Érika e se tornar a maior pontuadora da história da Superliga, capitã do Sesi aposta que equipe terá força para empatar a série
Assim que colocou os pés no Brasil, Elisângela foi lembrada de uma
contagem que por dois anos havia esquecido. Mas Érika, não. Com a volta
da amiga e companheira de seleção na conquista do bronze olímpico em
Sydney-2000, a condição de maior pontuadora da história da Superliga,
com 3.572 pontos, estava ameaçada. Elisângela achava graça da
preocupação e brincava que iria bater o recorde rapidinho. Dito e feito.
A capitã do Sesi tem, segundo a CBV, 3.620 acertos e nem se deu conta
da quebra. Embora admita o orgulho, diz que mal consegue pensar em outra
coisa que não seja o jogo deste domingo. Aquela derrota por 3 a 2 para o
Minas ainda dói e deixou seu time em situação pouco confortável. Se
ainda quiser seguir na competição, terá de vencer a segunda partida,
agora dentro de casa, a partir das 14h15m, com transmissão do SporTV.
- Não acompanhei o trabalho do Talmo no vôlei masculino, mas o que posso dizer é que ele tem o perfil do feminino. É detalhista, tem paciência. Ele tem o estilo dele, não dá escândalo e cobra igual. Uma cobrança saudável até porque ele já foi jogador. Talmo não faz diferenciação entre as atletas. E são poucos os técnicos que conversam e têm o grupo na mão. Ele fecha com a gente - elogia.
Aos 33 anos, a mãe de Lorenzo não tem do que reclamar. Está feliz com a estrutura que encontrou no Sesi e com o nível que encontrou na Superliga e com o sistema de pontuação. Não esperava encontrar um campeonato tão equilibrado ao retornar do Japão. De lá, guarda a saudade dos tempos em que defendeu o Hisamitsu. Até mesmo da rotina chata e sofrida de treinos, tão diferente da que é feita no Brasil. Sem dificuldade de adaptação, Elisângela adorou viver no futuro, como gosta de dizer. Viu o filho de 7 anos ganhar disciplina e não admitir, até hoje, chegar um minutinho sequer atrasado na escola. Mas viu também um povo tentar superar uma tragédia.
Em março do ano passado, estava sozinha num hotel em Nagoya exatamente no dia em que o forte terremoto assolou o país. A intérprete tinha saído para resolver um problema com o passaporte. O primeiro sinal de que algo de errado estava acontecendo foi dado pela garrafa d'água.
- Lembro que sentei na cama e fiquei atenta à porta. Se ouvisse alguém tentando abri-la, eu ia correr e atropelar. Japonês não é bom de mímica, não ia adiantar eu tentar entender o que estava acontecendo fazendo sinais. E aí, tremeu, tremeu. Só fui ver que o estrago tinha sido pior, da tsunami, quando liguei a TV mais tarde. Parecia filme de fim do mundo. Só que no meio daquilo tudo, eles ainda procuravam passar tranquilidade. Tinham muita fé de que iam se reestruturar. Foi um exemplo.
Tranquilidade que a oposta quer ter neste domingo para ajudar o Sesi a empatar a série melhor de três de quartas de final. E para acrescentar mais uns pontinhos à sua conta.
- Érika é minha amiga desde os tempos de seleção juvenil. Sei que ela vai querer bater esse recorde quando voltar a defender um time aqui no Brasil no ano que vem. E eu não vou querer deixar ela fazer isso - brinca.
FONE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/03/elisangela-esquece-recorde-e-so-pensa-no-jogo-decisivo-contra-o-minas.html
Elisângela aposta no fator casa para fazer 1 a 1 (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
- Fico orgulhosa de bater esse recorde aqui no Sesi, depois desses anos
no Japão. Mas neste momento não dá nem para pensar nesse recorde. Não
fui tão bem naquele primeiro jogo e quero ajudar a equipe neste. A gente
jogou abaixo do que podia. E as cubanas estavam iluminadas (Daymi e
Herrera). Temos que tentar neutralizar as duas. Vamos estar em casa e
sabemos jogar bem sob pressão contra grandes times. Estou confiante.
Quero continuar fazendo história no campeonato, mas agora com o time -
disse.
Elisângela tem os pés no chão. Sabe que ficar nas quatro primeiras
colocações seria um bom resultado para um estreante. No entanto, sabe
também que o técnico Talmo e suas companheiras querem ir além do
objetivo. Para isso, tiveram uma conversa para apontar o que precisa ser
mudado e para renovar a confiança que o treinador tem no grupo.- Não acompanhei o trabalho do Talmo no vôlei masculino, mas o que posso dizer é que ele tem o perfil do feminino. É detalhista, tem paciência. Ele tem o estilo dele, não dá escândalo e cobra igual. Uma cobrança saudável até porque ele já foi jogador. Talmo não faz diferenciação entre as atletas. E são poucos os técnicos que conversam e têm o grupo na mão. Ele fecha com a gente - elogia.
Aos 33 anos, a mãe de Lorenzo não tem do que reclamar. Está feliz com a estrutura que encontrou no Sesi e com o nível que encontrou na Superliga e com o sistema de pontuação. Não esperava encontrar um campeonato tão equilibrado ao retornar do Japão. De lá, guarda a saudade dos tempos em que defendeu o Hisamitsu. Até mesmo da rotina chata e sofrida de treinos, tão diferente da que é feita no Brasil. Sem dificuldade de adaptação, Elisângela adorou viver no futuro, como gosta de dizer. Viu o filho de 7 anos ganhar disciplina e não admitir, até hoje, chegar um minutinho sequer atrasado na escola. Mas viu também um povo tentar superar uma tragédia.
Em março do ano passado, estava sozinha num hotel em Nagoya exatamente no dia em que o forte terremoto assolou o país. A intérprete tinha saído para resolver um problema com o passaporte. O primeiro sinal de que algo de errado estava acontecendo foi dado pela garrafa d'água.
- Lembro que sentei na cama e fiquei atenta à porta. Se ouvisse alguém tentando abri-la, eu ia correr e atropelar. Japonês não é bom de mímica, não ia adiantar eu tentar entender o que estava acontecendo fazendo sinais. E aí, tremeu, tremeu. Só fui ver que o estrago tinha sido pior, da tsunami, quando liguei a TV mais tarde. Parecia filme de fim do mundo. Só que no meio daquilo tudo, eles ainda procuravam passar tranquilidade. Tinham muita fé de que iam se reestruturar. Foi um exemplo.
Tranquilidade que a oposta quer ter neste domingo para ajudar o Sesi a empatar a série melhor de três de quartas de final. E para acrescentar mais uns pontinhos à sua conta.
- Érika é minha amiga desde os tempos de seleção juvenil. Sei que ela vai querer bater esse recorde quando voltar a defender um time aqui no Brasil no ano que vem. E eu não vou querer deixar ela fazer isso - brinca.
FONE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/03/elisangela-esquece-recorde-e-so-pensa-no-jogo-decisivo-contra-o-minas.html
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