Diretor de futebol Adalberto Baptista é homem de confiança de Juvenal, mas perde força. Contratação de gerente é debatida na pior série da história
A derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro, no sábado, só agrava a situação - foi o sétimo revés consecutivo, a pior sequência na história do clube. Fora do Morumbi, torcedores pediram a saída de Juvenal, mas dentro do estádio as organizadas vetaram críticas ao dirigente. O cenário escureceu para Adalberto a partir do momento em que ele perdeu a briga para manter Ney Franco no Morumbi.
O ex-técnico era muito próximo do diretor, que bancou sua permanência por alguns meses, apesar do descontentamento de atletas, entre eles o goleiro Rogério Ceni, capitão e líder, de membros da comissão técnica e outros dirigentes. A atuação na derrota para o Corinthians, no primeiro jogo da Recopa, e as críticas de Ney ao grupo, acabaram com a paciência de Juvenal.
Adalberto Baptista de malas prontas? É o sonho de muitos no Tricolor... (Foto: Gustavo Serbonchini)
Até o empresário Abílio Diniz tem protestado contra a diretoria doSão Paulo
O “chefe” se irritou e atacou as reposições de bola do ídolo, além de ter citado a proximidade de sua aposentadoria, e uma lesão no pé direito, que estaria prejudicando seu desempenho. Foi a deixa para que Juvenal recebesse telefonemas pedindo sua cabeça.
Outros importantes cartolas tricolores atestam que Adalberto tem status de “imperador”. Até mesmo o empresário Abílio Diniz, são-paulino, tem protestado nas redes sociais. Após o jogo do último sábado, pediu a cabeça do diretor. Abílio foi um dos que indicaram Emerson Leão ao Tricolor em 2011. Sua contratação é vista até hoje como um erro por Juvenal.
Torcedores protestam fora do Morumbi após a derrota de sábado (Foto: Mister Shadow / Agência Estado)
Uma figura que poderá ganhar importância no clube nos próximos meses é a de um gerente remunerado para administrar o futebol e a relação entre elenco e diretoria. Algo semelhante ao que faz Edu Gaspar no Corinthians, rival que ganha elogios internos pela forma como estruturou seu departamento.
Os que pedem a saída de Adalberto gostariam da contratação desse profissional, mas acham que o diretor vetaria por receio de perder o poder. Por outro lado, já há uma tendência de buscar um gerente, com a concordância do diretor. Adalberto Baptista é visto como exímio negociador, capaz de conseguir vantagens ao clube em contratos diversos.
Foi ele quem costurou toda a negociação para que o São Paulo participasse da Copa Audi, nos dias 31 de julho e 1º de agosto. Até lá, é provável que nada de novo seja feito, e que o celular de Juvenal continue tocando.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2013/07/setima-derrota-aumenta-pressao-por-mudanca-na-diretoria-do-sao-paulo.html
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