Time mineiro participou ainda do jogo
com mais infrações no Brasileirão. Célio Amorim apitou a partida com
mais punições: 12 amarelos e 1 vermelho
O primeiro turno do Campeonato Brasileiro chega ao fim, mas as
reclamações em torno da arbitragem são inesgotáveis. Repleta de
polêmicas, reclamações e até mudança na chefia da Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (Conaf), a Série A
apresenta números interessantes quanto à disciplina dos clubes.
Destaque para o faltoso Cruzeiro de Celso Roth e o Vasco, não menos
faltoso, mas sem tantas punições.
As infrações parecem estar no DNA azul na atual edição da competição. O
time é imbatível nos recordes: foi o que mais cometeu faltas, com 457,
mais levou amarelos, com 61, terceiro time que mais levou vermelhos e,
ao lado do Figueirense, o que mais perdeu atletas por suspensão, com 18
ao todo. Uma das curiosidades é o fato de o atacante Wellington Paulista
aparecer como o terceiro jogador que mais cometeu faltas no Brasileiro:
53.
- Pelo último jogo, contra o Atlético-MG, eu acho que os cartões
surgiram pela pegada. É bem a cara do Celso Roth, um gaúcho, que gosta
de time que pega, que luta, que briga. Claro que são cartões demais,
realmente. Mas se tiver que tomar bastante cartão e ganhar o jogo, isso é
que é importante - declarou o atacante Borges.
E as cartas foram colocadas na mesa logo no início. Pela segunda
rodada, no empate por 0 a 0 com o Náutico, foram 60 faltas no total,
sendo 43 delas cometidas pelo Cruzeiro. Mais um recorde para a conta.
Time de Cristóvão Borges é contido em relação aos
cartões (Foto: Marcos Tristão / Agência Globo)
O caminho inverso, ao menos nos cartões, faz o Vasco. Os comandados de
Cristóvão Borges levaram apenas 37 amarelos, o menor número, ao lado do
Náutico, e nenhum vermelho. Somente o time cruz-maltino não teve jogador
expulso. Consequentemente, teve apenas seis desfalques por suspensão,
outro recorde positivo. No entanto, as 363 faltas cometidas deixam o
time bem perto do Cruzeiro no top 5 desse quesito (veja no infográfico
abaixo).
- Esse é o perfil do time. O grande investimento que fazemos é no
equilíbrio, sempre pensando na boa qualidade técnica. Quero sempre que a
equipe tenha organização, e isso facilita para que não seja preciso
fazer tantas faltas ou ser um time violento - disse Cristóvão.
Volantes entre os mais punidos
Colado no Vasco no ranking dos amarelos, o Náutico não foge da marcação
apertada dos adversários. Time que menos levou amarelos, o Timbu é
também o que mais sofreu faltas: 436. Além disso, ao lado de Flamengo
(294) e Santos (271), o Alvirrubro (296) está entre os clubes que menos
cometem infrações. O Figueirense aparece em quarto, e vê um de seus
atacantes ser o principal alvo. Caio recebeu 64 ao todo. Quase dez a
mais que Renê Junior, o segundo, e mais que Ananias (Portuguesa), Kleber
(Grêmio) e Vagner Love (Flamengo).
Entre os caçadores estão os volantes Tobi (Sport), Denilson (São Paulo)
e Baraka (Ponte Preta). Para fechar o Top 5, além do já citado atacante
Wellington Paulista, um meia que vem atuando mais avançado e segue os
passos do companheiro de posição: Elkeson (Botafogo) é o quarto que mais
cometeu faltas.
Recordistas de amarelos
Recordistas de vermelhos
Denilson (São Paulo) - 8
Anderson Conceição (Figueirense) - 2
Guiñazu (Inter) - 8
Márcio Rosário (Náutico) - 2
Edinho (Fluminense) - 7
Juan (Santos) - 2
Fernando (Grêmio) - 7
João Vitor (Palmeiras) - 7
Marcos Rocha (Atlético-MG) - 7
Pierre (Atlético-MG) - 7
Tiago Alves (Ponte Preta) - 7
Denilson, do São Paulo, está no topo da lista dos atletas que mais
receberam amarelos - nenhuma expulsão. As punições o tiraram de dois
jogos por suspensão e o deixaram pendurado para a 20ª rodada. O mesmo
acontece com Guiñazu, do Inter, que divide a liderança. Os dois são
volantes, a posição que se destaca no quesito. Dos oito jogadores que
receberam oito ou sete amarelos, seis são da posição.
Quando o assunto é vermelho, porém, os zagueiros entram em ação. Apenas
três jogadores foram expulsos mais de uma vez, sendo dois deles os
xerifes Anderson Conceição (Figueirense) e Márcio Rosário (Náutico). O
“intruso” é o lateral-esquerdo Juan, do Santos. E Anderson Conceição
ajudou o Figueirense a ter sete expulsões, duas a mais que o segundo
colocado, o Coritiba.
Os árbitros
Números à parte, os comandantes do espetáculo, algumas vezes
anti-herois, os árbitros também merecem destaque. Um deles fez chover
amarelos na 17ª rodada. Na partida Pameiras 1 x 0 Flamengo, Célio Amorim
(federação catarinense) distribuiu oito amarelos para o lado verde e
quatro para o lado rubro-negro, além da expulsão de Ibson, alcançando 13
cartões ao todo, marca insuperável até então.
Em três jogos apitados no Brasileiro, ele aplicou 19, com média de 6,3
por partida. Célio Amorim está atrás apenas de Marcelo Aparecido
Ribeiro, da Federação Paulista, com 28 amarelos aplicados em quatro
partidas, média de sete por jogo.
- A arbitragem brasileira foi o foco do primeiro turno, e isso não é
legal. Bom é quando o apito não é assunto, sinal que tudo vai bem. Vejo
os árbitros apitando (ou bandeirando) com semblantes tensos, que é
diferente de concentrado. Pode ser que a mudança feita (troca no comando
da Conaf) dê motivação e que no segundo turno as coisas melhorem,
porque não podemos dizer que está bom - analisou o ex-árbitro Leonardo
Gaciba.
Confira abaixo as médias dos árbitros que apitaram duas ou mais partidas e número dos times e jogadores no Brasileirão:
Time mineiro participou ainda do jogo
com mais infrações no Brasileirão. Célio Amorim apitou a partida com
mais punições: 12 amarelos e 1 vermelho
O primeiro turno do Campeonato Brasileiro chega ao fim, mas as
reclamações em torno da arbitragem são inesgotáveis. Repleta de
polêmicas, reclamações e até mudança na chefia da Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (Conaf), a Série A
apresenta números interessantes quanto à disciplina dos clubes.
Destaque para o faltoso Cruzeiro de Celso Roth e o Vasco, não menos
faltoso, mas sem tantas punições.
As infrações parecem estar no DNA azul na atual edição da competição. O
time é imbatível nos recordes: foi o que mais cometeu faltas, com 457,
mais levou amarelos, com 61, terceiro time que mais levou vermelhos e,
ao lado do Figueirense, o que mais perdeu atletas por suspensão, com 18
ao todo. Uma das curiosidades é o fato de o atacante Wellington Paulista
aparecer como o terceiro jogador que mais cometeu faltas no Brasileiro:
53.
- Pelo último jogo, contra o Atlético-MG, eu acho que os cartões
surgiram pela pegada. É bem a cara do Celso Roth, um gaúcho, que gosta
de time que pega, que luta, que briga. Claro que são cartões demais,
realmente. Mas se tiver que tomar bastante cartão e ganhar o jogo, isso é
que é importante - declarou o atacante Borges.
E as cartas foram colocadas na mesa logo no início. Pela segunda
rodada, no empate por 0 a 0 com o Náutico, foram 60 faltas no total,
sendo 43 delas cometidas pelo Cruzeiro. Mais um recorde para a conta.
Time de Cristóvão Borges é contido em relação aos
cartões (Foto: Marcos Tristão / Agência Globo)
O caminho inverso, ao menos nos cartões, faz o Vasco. Os comandados de
Cristóvão Borges levaram apenas 37 amarelos, o menor número, ao lado do
Náutico, e nenhum vermelho. Somente o time cruz-maltino não teve jogador
expulso. Consequentemente, teve apenas seis desfalques por suspensão,
outro recorde positivo. No entanto, as 363 faltas cometidas deixam o
time bem perto do Cruzeiro no top 5 desse quesito (veja no infográfico
abaixo).
- Esse é o perfil do time. O grande investimento que fazemos é no
equilíbrio, sempre pensando na boa qualidade técnica. Quero sempre que a
equipe tenha organização, e isso facilita para que não seja preciso
fazer tantas faltas ou ser um time violento - disse Cristóvão.
Volantes entre os mais punidos
Colado no Vasco no ranking dos amarelos, o Náutico não foge da marcação
apertada dos adversários. Time que menos levou amarelos, o Timbu é
também o que mais sofreu faltas: 436. Além disso, ao lado de Flamengo
(294) e Santos (271), o Alvirrubro (296) está entre os clubes que menos
cometem infrações. O Figueirense aparece em quarto, e vê um de seus
atacantes ser o principal alvo. Caio recebeu 64 ao todo. Quase dez a
mais que Renê Junior, o segundo, e mais que Ananias (Portuguesa), Kleber
(Grêmio) e Vagner Love (Flamengo).
Entre os caçadores estão os volantes Tobi (Sport), Denilson (São Paulo)
e Baraka (Ponte Preta). Para fechar o Top 5, além do já citado atacante
Wellington Paulista, um meia que vem atuando mais avançado e segue os
passos do companheiro de posição: Elkeson (Botafogo) é o quarto que mais
cometeu faltas.
Recordistas de amarelos
Recordistas de vermelhos
Denilson (São Paulo) - 8
Anderson Conceição (Figueirense) - 2
Guiñazu (Inter) - 8
Márcio Rosário (Náutico) - 2
Edinho (Fluminense) - 7
Juan (Santos) - 2
Fernando (Grêmio) - 7
João Vitor (Palmeiras) - 7
Marcos Rocha (Atlético-MG) - 7
Pierre (Atlético-MG) - 7
Tiago Alves (Ponte Preta) - 7
Denilson, do São Paulo, está no topo da lista dos atletas que mais
receberam amarelos - nenhuma expulsão. As punições o tiraram de dois
jogos por suspensão e o deixaram pendurado para a 20ª rodada. O mesmo
acontece com Guiñazu, do Inter, que divide a liderança. Os dois são
volantes, a posição que se destaca no quesito. Dos oito jogadores que
receberam oito ou sete amarelos, seis são da posição.
Quando o assunto é vermelho, porém, os zagueiros entram em ação. Apenas
três jogadores foram expulsos mais de uma vez, sendo dois deles os
xerifes Anderson Conceição (Figueirense) e Márcio Rosário (Náutico). O
“intruso” é o lateral-esquerdo Juan, do Santos. E Anderson Conceição
ajudou o Figueirense a ter sete expulsões, duas a mais que o segundo
colocado, o Coritiba.
Os árbitros
Números à parte, os comandantes do espetáculo, algumas vezes
anti-herois, os árbitros também merecem destaque. Um deles fez chover
amarelos na 17ª rodada. Na partida Pameiras 1 x 0 Flamengo, Célio Amorim
(federação catarinense) distribuiu oito amarelos para o lado verde e
quatro para o lado rubro-negro, além da expulsão de Ibson, alcançando 13
cartões ao todo, marca insuperável até então.
Em três jogos apitados no Brasileiro, ele aplicou 19, com média de 6,3
por partida. Célio Amorim está atrás apenas de Marcelo Aparecido
Ribeiro, da Federação Paulista, com 28 amarelos aplicados em quatro
partidas, média de sete por jogo.
- A arbitragem brasileira foi o foco do primeiro turno, e isso não é
legal. Bom é quando o apito não é assunto, sinal que tudo vai bem. Vejo
os árbitros apitando (ou bandeirando) com semblantes tensos, que é
diferente de concentrado. Pode ser que a mudança feita (troca no comando
da Conaf) dê motivação e que no segundo turno as coisas melhorem,
porque não podemos dizer que está bom - analisou o ex-árbitro Leonardo
Gaciba.
Confira abaixo as médias dos árbitros que apitaram duas ou mais partidas e número dos times e jogadores no Brasileirão:
Time mineiro participou ainda do jogo com mais infrações no Brasileirão. Célio Amorim apitou a partida com mais punições: 12 amarelos e 1 vermelho
As infrações parecem estar no DNA azul na atual edição da competição. O time é imbatível nos recordes: foi o que mais cometeu faltas, com 457, mais levou amarelos, com 61, terceiro time que mais levou vermelhos e, ao lado do Figueirense, o que mais perdeu atletas por suspensão, com 18 ao todo. Uma das curiosidades é o fato de o atacante Wellington Paulista aparecer como o terceiro jogador que mais cometeu faltas no Brasileiro: 53.
- Pelo último jogo, contra o Atlético-MG, eu acho que os cartões surgiram pela pegada. É bem a cara do Celso Roth, um gaúcho, que gosta de time que pega, que luta, que briga. Claro que são cartões demais, realmente. Mas se tiver que tomar bastante cartão e ganhar o jogo, isso é que é importante - declarou o atacante Borges.
Time de Cristóvão Borges é contido em relação aos
cartões (Foto: Marcos Tristão / Agência Globo)
cartões (Foto: Marcos Tristão / Agência Globo)
- Esse é o perfil do time. O grande investimento que fazemos é no equilíbrio, sempre pensando na boa qualidade técnica. Quero sempre que a equipe tenha organização, e isso facilita para que não seja preciso fazer tantas faltas ou ser um time violento - disse Cristóvão.
Volantes entre os mais punidos
Colado no Vasco no ranking dos amarelos, o Náutico não foge da marcação apertada dos adversários. Time que menos levou amarelos, o Timbu é também o que mais sofreu faltas: 436. Além disso, ao lado de Flamengo (294) e Santos (271), o Alvirrubro (296) está entre os clubes que menos cometem infrações. O Figueirense aparece em quarto, e vê um de seus atacantes ser o principal alvo. Caio recebeu 64 ao todo. Quase dez a mais que Renê Junior, o segundo, e mais que Ananias (Portuguesa), Kleber (Grêmio) e Vagner Love (Flamengo).
Entre os caçadores estão os volantes Tobi (Sport), Denilson (São Paulo) e Baraka (Ponte Preta). Para fechar o Top 5, além do já citado atacante Wellington Paulista, um meia que vem atuando mais avançado e segue os passos do companheiro de posição: Elkeson (Botafogo) é o quarto que mais cometeu faltas.
Recordistas de amarelos | Recordistas de vermelhos |
---|---|
Denilson (São Paulo) - 8 | Anderson Conceição (Figueirense) - 2 |
Guiñazu (Inter) - 8 | Márcio Rosário (Náutico) - 2 |
Edinho (Fluminense) - 7 | Juan (Santos) - 2 |
Fernando (Grêmio) - 7 | |
João Vitor (Palmeiras) - 7 | |
Marcos Rocha (Atlético-MG) - 7 | |
Pierre (Atlético-MG) - 7 | |
Tiago Alves (Ponte Preta) - 7 |
Quando o assunto é vermelho, porém, os zagueiros entram em ação. Apenas três jogadores foram expulsos mais de uma vez, sendo dois deles os xerifes Anderson Conceição (Figueirense) e Márcio Rosário (Náutico). O “intruso” é o lateral-esquerdo Juan, do Santos. E Anderson Conceição ajudou o Figueirense a ter sete expulsões, duas a mais que o segundo colocado, o Coritiba.
Os árbitros
Em três jogos apitados no Brasileiro, ele aplicou 19, com média de 6,3 por partida. Célio Amorim está atrás apenas de Marcelo Aparecido Ribeiro, da Federação Paulista, com 28 amarelos aplicados em quatro partidas, média de sete por jogo.
- A arbitragem brasileira foi o foco do primeiro turno, e isso não é legal. Bom é quando o apito não é assunto, sinal que tudo vai bem. Vejo os árbitros apitando (ou bandeirando) com semblantes tensos, que é diferente de concentrado. Pode ser que a mudança feita (troca no comando da Conaf) dê motivação e que no segundo turno as coisas melhorem, porque não podemos dizer que está bom - analisou o ex-árbitro Leonardo Gaciba.
Confira abaixo as médias dos árbitros que apitaram duas ou mais partidas e número dos times e jogadores no Brasileirão:
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