Parte das 77 mil toneladas de concreto do velho estádio foram utilizados na construção da nova arena
Em 17 segundos, 59 anos de história foram ao chão. Em dois anos, boa
parte do concreto que veio abaixo na manhã de 29 de agosto de 2010
ajudou a reconstruir a nova Arena Fonte Nova. Ao todo, foram 77 mil
toneladas de concreto. Demolida há exatos dois anos, a velha Fonte deu
lugar ao novo estádio que vai receber a Copa das Confederações de 2013 e
a Copa do Mundo de 2014.
Milhares de baianos foram até o local, como em uma cerimônia de despedida, para acompanhar a implosão. Depois de alguns minutos de atraso, o estádio veio ao chão sob aplausos dos soteropolitanos.
- Lembro que demorou bastante. Atrasou em relação ao horário que estava marcado. E quando aconteceu foi muito rápido, sem aviso nenhum. Depois ficou aquele buraco lá, por vários meses – relembra o produtor cultural Edimario Duplat, vizinho do estádio.
Dois anos depois, a data da implosão é pouco lembrada pelos baianos,
mas o concreto gerado pela demolição tornou possível a reconstrução da
nova arena, que, neste mês de agosto, chegou a 70% de obras concluídas. A
sustentabilidade é o elo que une os dois estádios.
Todo o material da antiga Fonte Nova ganhou novos destinos através do projeto que é um dos pilares da Arena Fonte Nova. Além do estádio, outras obras de infraestrutura de Salvador e Região Metropolitana receberam concreto do estádio. Outra parte do material foi transformada em dois mil souvenires da “Velha Fonte” e foram doados para as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).
Além disso, outras 40 toneladas do concreto viraram obras de arte nas mãos do artista plástico Bel Borba. O baiano criou esculturas em vários formatos, além de uma poltrona cheia de estilo, feita de concreto e aço. As peças fizeram parte da exposição do artista - "Aqui em 7 Elementos" -, que foi montada em algumas salas de exposição na Bahia.
O acidente que abriu caminho para a implosão
No dia 25 de novembro de 2007, a Fonte Nova viveu o mais triste capítulo da história encerrada três anos depois com a implosão. Durante a partida que marcou o acesso do Bahia para a Série B, diante do Vila Nova-GO, sete pessoas morreram ao caírem por um vão do anel superior da arquibancada do estádio. Outras 30 pessoas ficaram feridas. Os torcedores caíram de uma altura de 20 metros. Pelo menos 60 mil pessoas estavam no estádio na hora do acidente, mas existem relatos de invasão de público nos minutos finais da partida.
O desastre foi uma tragédia anunciada. Menos de um mês antes do ocorrido, um relatório elaborado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquiteturas e Engenharia (Sinaenco) colocou o estádio baiano como o pior entre os 29 principais do país. Problemas nos banheiros, de ferrugem e oxidação foram apontados no estudo feito para avaliar as condições que os atuais estádios brasileiros teriam para sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014.
Márcia Santos Cruz, Milene Vasques Palmeira, Midiã Andrade dos Santos, Jadson Celestino Araújo Silva, Djalma Lima Santos, Anísio Marques Neto e Joselito Lima Júnior perderam suas vidas no acidente. Poucos meses após a interdição do estádio, chegou-se cogitar a possibilidade da construção de um memorial para as vítimas. Mas a ideia não deve sair do papel. A homenagem aos sete mortos na tragédia não está nos planos da nova arena. Ainda assim, é possível que o acidente seja lembrado dentro do novo estádio: o projeto de um museu do futebol baiano faz parte da nova Fonte Nova.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/ba/noticia/2012/08/reciclada-fonte-nova-renasce-dois-anos-apos-implosao.html
Milhares de baianos foram até o local, como em uma cerimônia de despedida, para acompanhar a implosão. Depois de alguns minutos de atraso, o estádio veio ao chão sob aplausos dos soteropolitanos.
- Lembro que demorou bastante. Atrasou em relação ao horário que estava marcado. E quando aconteceu foi muito rápido, sem aviso nenhum. Depois ficou aquele buraco lá, por vários meses – relembra o produtor cultural Edimario Duplat, vizinho do estádio.
Implosão do estádio em 2010 durou 17 segundos (Foto: Agência A Tarde)
Todo o material da antiga Fonte Nova ganhou novos destinos através do projeto que é um dos pilares da Arena Fonte Nova. Além do estádio, outras obras de infraestrutura de Salvador e Região Metropolitana receberam concreto do estádio. Outra parte do material foi transformada em dois mil souvenires da “Velha Fonte” e foram doados para as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).
Além disso, outras 40 toneladas do concreto viraram obras de arte nas mãos do artista plástico Bel Borba. O baiano criou esculturas em vários formatos, além de uma poltrona cheia de estilo, feita de concreto e aço. As peças fizeram parte da exposição do artista - "Aqui em 7 Elementos" -, que foi montada em algumas salas de exposição na Bahia.
Em agosto, obras da Fonte Nova chegaram a 70% de conclusão (Foto: Manu Dias/Secom/Divulgação)
No dia 25 de novembro de 2007, a Fonte Nova viveu o mais triste capítulo da história encerrada três anos depois com a implosão. Durante a partida que marcou o acesso do Bahia para a Série B, diante do Vila Nova-GO, sete pessoas morreram ao caírem por um vão do anel superior da arquibancada do estádio. Outras 30 pessoas ficaram feridas. Os torcedores caíram de uma altura de 20 metros. Pelo menos 60 mil pessoas estavam no estádio na hora do acidente, mas existem relatos de invasão de público nos minutos finais da partida.
O desastre foi uma tragédia anunciada. Menos de um mês antes do ocorrido, um relatório elaborado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquiteturas e Engenharia (Sinaenco) colocou o estádio baiano como o pior entre os 29 principais do país. Problemas nos banheiros, de ferrugem e oxidação foram apontados no estudo feito para avaliar as condições que os atuais estádios brasileiros teriam para sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014.
Márcia Santos Cruz, Milene Vasques Palmeira, Midiã Andrade dos Santos, Jadson Celestino Araújo Silva, Djalma Lima Santos, Anísio Marques Neto e Joselito Lima Júnior perderam suas vidas no acidente. Poucos meses após a interdição do estádio, chegou-se cogitar a possibilidade da construção de um memorial para as vítimas. Mas a ideia não deve sair do papel. A homenagem aos sete mortos na tragédia não está nos planos da nova arena. Ainda assim, é possível que o acidente seja lembrado dentro do novo estádio: o projeto de um museu do futebol baiano faz parte da nova Fonte Nova.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/ba/noticia/2012/08/reciclada-fonte-nova-renasce-dois-anos-apos-implosao.html
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