Principais armas ofensivas do atual bicampeão, Gabi e Natália estão entre as cinco maiores pontuadoras da Superliga. A primeira ainda é a mais eficiente da competição
Dez
jogos, dez vitórias. Perfeita nos números, a campanha do Rio de Janeiro
na Superliga feminina está longe de encher os olhos do sempre
perfeccionista Bernardinho e de suas comandadas. Até mesmo daquelas que
têm feito a diferença neste início de temporada e concordam que ainda há
muito que melhorar. As ponteiras Natália e Gabi são as duas principais
armas ofensivas do atual bicampeão da competição, que encara o Osasco,
nesta sexta-feira, às 21h30, no ginásio do Tijuca. A dupla tem chamado
tanto a atenção que, dos dez triunfos até agora, em apenas um deles pelo
menos uma delas não deixou a quadra como maior pontuadora ou melhor da
partida.
Principais armas do Rio, Natália e Gabi estão
entre as cinco maiores pontuadoras da
Superliga (Foto: Marcello Pires)
O
bom momento se reflete também nas estatísticas da Confederação
Brasileira de Vôlei (CBV). Enquanto Gabi lidera a relação das jogadoras
mais eficientes da Superliga e aparece como terceira maior pontuadora,
com 139 acertos, Natália segue na cola de sua fã e amiga, em quinto, com
apenas nove acertos a menos.
E a cumplicidade da
dupla não se restringe ao vôlei. Entrosadas em quadra, Natália e Gabi
são unha e carne fora dela também. Brincalhonas e donas de
características parecidas, elas estão sempre juntas e fazem a alegria
das companheiras quando a bola não está em jogo.
-
Um dos pontos positivos do meu crescimento é jogar com a Nat (Natália).
Ela sempre foi um espelho e uma referência para mim como atleta. Nós
conversamos muito, e ela tem me ajudado demais. Acho que o fundamental
para nossa parceria estar dando certo é que estamos conseguindo dividir a
responsabilidade nos jogos sem nenhum tipo de vaidade pessoal. Somos
muito amigas fora de quadra e estamos sempre juntas, isso também ajuda
muito no nosso entrosamento nos treinos e nos jogos - afirmou Gabi,
cinco anos mais nova que a companheira.
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"Veterana" aos 25 anos, Natália já viveu de tudo no vôlei. Ou quase tudo. Apontada como maior promessa da modalidade no país, quando despontou com a camisa do Osasco pelas mãos do técnico Luizomar de Moura, a ponteira viu sua carreira correr o risco de ser abreviada prematuramente ao descobrir um tumor na canela. Depois de ficar um ano e três meses longe das quadras, Natália teve que reaprender a jogar vôlei novamente e reconhece que pela primeira vez depois de tanto tempo voltou a acreditar que pode ser a velha Natália que surgiu como um furacão com apenas 17 anos.
- Estava esperando o momento de me
reerguer desde que cheguei aqui. O ambiente é maravilhoso, e nosso grupo
é como uma família. Há muito tempo não sentia essa sensação de estar
fazendo a diferença, de ser a protagonista. Depois de tudo que passei,
tinha perdido até a vontade de jogar. Vivo um momento especial e estou
superfeliz de sentir aquele fogo aceso que tinha se apagado novamente. É
bom saber que aquela "velha" Natália ainda existe - disse a ponteira,
que não se arrepende de ter trocado o Rio de Janeiro pelo Campinas na
temporada passada.
- São escolhas que fazemos na
vida. Naquele momento achei que era a decisão mais acertada. Mas não fiz
uma boa Superliga com o Campinas e preferi voltar. Aqui me sinto em
casa.
Gabi: trunfo no ataque do Rio de Janeiro
(Foto: Marcelo Régua/MPIX)
(Foto: Marcelo Régua/MPIX)
Gabi
não poupa elogios à camisa 12 do Rio de Janeiro e é a primeira a
apostar no ressurgimento da antiga Natália. Agradecida pelos conselhos e
ensinamentos da amiga, comemora a boa fase, mas acha que o time como
um todo ainda tem muito o que evoluir. Se quando desembarcou no Rio de
Janeiro em 2011 Gabi era apenas uma promessa, atualmente, mesmo com
apenas 20 anos, a terceira principal pontuadora da Superliga é uma das
referências do atual bicampeão nacional. Mais madura e consciente de sua
responsabilidade na equipe, a jogadora divide os méritos do seu sucesso
com o técnico Bernardinho.
- A oportunidade de
trabalhar com o Bernardo foi um salto muito grande na minha carreira.
Ele conversa muito comigo e me mostrou a importância de assumir minha
responsabilidade. Tem a Fabi e a Fofão que me ajudam muito também depois
de tantos anos de seleção e estou criando essa responsabilidade dentro
de mim. Hoje me sinto muito mais confiante em quadra, mas sei que ainda
tenho muito o que crescer tecnicamente - disse a camisa 1 do Rio de
Janeiro.
O SporTV transmite Rio de Janeiro x Osasco ao vivo - os assinantes do canal também podem assistir ao clássico pelo SporTV Play. O GloboEsporte.com cobre a partida em Tempo Real.
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