Treinador vinha de sete jogos sem vitória no comando do Tricolor e saiu do cargo após derrota por 4 a 1 sofrida frente ao Palmeiras, nesta quarta-feira, no Maracanã
Logo depois do apito final de Anderson Daronco, com o Fluminense tendo sido derrotado por 4 a 1 para o Palmeiras (veja melhores momentos no vídeo acima), na noite desta quarta-feira, o presidente Peter Siemsen rumou do camarote ao vestiário do Maracanã. Era um indício de que, após o sétimo jogo sem vitória, haveria mudança. Os quase 40 minutos de espera pela entrevista coletiva de Enderson Moreira aumentaram as especulações. E, por fim, com um anúncio simples e direto, o mandatário confirmou: o Tricolor demitiu o treinador dada a má fase no Brasileirão.
Enquete: quem deve ser o novo técnico do Fluminense?
Em 11º lugar, com 34 pontos, o Flu está ladeira abaixo. Tem, por exemplo, sete pontos a menos do que o quarto colocado, o último integrante da zona da Libertadores. E, com o complemento da rodada, pode ficar mais distante. A esperança de uma retomada e a disputa da Copa do Brasil (enfrentará o Grêmio nas quartas) determinaram a mudança. A terceira no ano - Cristóvão Borges e Ricardo Drubscky já haviam sido demitidos.
- Vim aqui comunicar a rescisão do contrato do Enderson e da comissão técnica que veio com ele. Quero agradecer a dedicação. Fizemos um bom primeiro turno. Hoje, no primeiro tempo, fomos bem. No segundo, após os gols, o aspecto mental pesou. Terminamos com derrota chata, feia. Isso nos chateia muito. Temos de virar esse momento ruim. No momento, o que podemos fazer é comunicar a rescisão. Desejo sucesso a ele. Agradeço. Estamos trabalhando em novo nome. Foi uma decisão nossa - disse o presidente Peter Siemsen em uma das salas de imprensa do estádio.
Enderson assumiu o Tricolor em maio deste ano, na terceira rodada do Brasileirão, no lugar de Ricardo Drubscky. Sob seu comando, o time carioca habitou o G-4 durante parte do Brasileirão. Foram 26 jogos com Enderson no comando. Neste tempo, o time venceu 11 vezes, empatou quatro e perdeu 11. Um aproveitamento de 47,4%. O técnico sequer apareceu para conceder entrevista coletiva - falaria posteriormente na zona mista do estádio.
Presidente do Fluminense Peter Siemsen
comunicou a demissão de Enderson
Moreira (Foto: Hector Werlang)
- Estamos avaliando (o novo treinador). Precisamos de alguém que trabalhe a parte psicológica do grupo. Vocês viram que futebol temos. Jogamos bem contra o Coritiba. Pode-se tirar desse time ainda muito. Acredito que a gente possa fazer os pontos necessários. Trabalhar jogo a jogo - completou o presidente do Fluminense, que não citou nomes de possíveis treinadores e não falou em prazo para anunciar o novo comandante.
O Flu volta a treinar na tarde desta quinta-feira. O trabalho será na Escola de Educação Física do Exército, na Urca.
VEJA OUTROS TRECHOS DA COLETIVA COM O PRESIDENTE DO FLU
O que aconteceu de errado?
Algumas coisas aconteceram por infelicidade. Não vou chorar arbitragem. Temos de considerar algumas coisas. Quando teve dois jogos por semana, tivemos problemas. Nada serve de desculpa. Não temos que debater tudo o que aconteceu. Temos de levar as coisas para frente. E evitar que as coisas se repitam.
Jogadores experientes e responsabilidade
É escolha técnica. Escolha do treinador. Os meninos vem bem. Não pode é chegar neste estágio e, por isso, decidimos mudar.
Ronaldinho
Ele ainda está se aprimorando fisicamente. A ideia era que ele entrasse no segundo tempo. Diante do quadro, ficou difícil. Entendo a escolha do treinador.
Há problema com R10?
Quando ele veio, sabíamos que era para mais para frente. Ele vinha de período longo sem treinar. Neste período, o time teve queda de rendimento. E tudo ficou complicado. Acredito que seja possível voltar a vencer e, com isso, o Ronaldinho se integrar ao time de forma definitiva.
Providências com segurança
Enviamos uma circular aos sócios. Dentro das Laranjeiras, há regras de boa convivência. Lá dentro, não é lugar de agressão. Nem verbal. Se quiser, é na rua. Como é em qualquer empresa e governo. Avaliamos um plano de segurança. A torcida tem de avaliar essa reação. Ela é muito montada. É para aproveitar um momento difícil. Querem destruir o quê? O clube? Xerém? O CT que construímos? O clube evoluiu muito. Passamos de 4 mil sócios a mais de 30 mil pagantes. É hora de o torcedor avaliar. Precisamos do apoio do torcedor. Daqui a pouco, vem outro presidente. Se eu entregar o clube, com toda essa estrutura, e com aumento de receita, é muito melhor. Até para a posição.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2015/09/enderson-sucumbe-goleada-e-nao-e-mais-tecnico-do-fluminense.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário