segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Por 2016, filho de ex-atletas soviéticos se torna arma da Argentina no Mundial

Com opção de defender três seleções, Pablo Koukartsev opta pelo país natal e comanda equipe sub-23 contra o Brasil nesta segunda-feira em Uberlândia

Por Uberlândia, MG

O nome estampado no uniforme destoa em relação aos dos demais companheiros. Nas costas, a sopa de letrinhas entrega a origem russa de Pablo Koukartsev. Filho de ex-jogadores soviéticos, o oposto teve a possibilidade de defender três seleções quando decidiu levar o vôlei como profissão.
Ao por na balança preferências e oportunidades, escolheu a Argentina. E, nesta segunda-feira, será uma das principais armas dos hermanos diante do Brasil no Mundial sub-23 masculino, em Uberlândia. A partida no ginásio do Sabiázinho começa às 19h (horário de Brasília) e é válida pelo Grupo A.

vôlei Pablo Kourkartsev Argentina (Foto: FIVB) 
Pablo Koukartsev posa com os pais Serge e Mila no Mundial sub-21, em agosto, na Turquia (Foto: FIVB)
 
Com a queda da União Soviética, os pais de Pablo se radicaram em Buenos Aires no início da década de 1990. Não muito depois do nascimento do filho a família mudou-se para Murcia, na Espanha, de onde a mãe havia recebido uma boa proposta para jogar. Foi na península Ibérica que Koukartsev cresceu, aprendeu espanhol e os fundamentos do vôlei. Chegou até a defender a seleção nacional de base em um torneio não-oficial. Mas uma oferta da comissão técnica argentina o fez buscar suas origens.

Manager alviceleste, Facundo Rizzone fez uma proposta concreta ao jovem atleta e seus pais, que aceitaram com entusiasmo. Em abril deste ano, Koukartsev desembarcou na Argentina com um objetivo a curto e outro a longo prazo: disputar o Mundial sub-21 na Turquia, em agosto, e os Jogos do Rio, em 2016.

vôlei Pablo Kourkartsev Argentina (Foto: FIVB) 
Koukartsev vibra muito na vitória da Argentina sobrea Tunísia no Mundial sub-23 (Foto: FIVB)
 
- Sou muito sincero. Se eu pudesse escolher, teria jogado pela Rússia por ser uma potência mundial muito forte. Mas exatamente por isso era muito mais complicado, porque lá há vários como eu. Tive uma boa proposta e apoio para voltar para meu país natal. Sabia que assim teria mais chances de jogar e disputar as Olimpíadas. Gosto muito porque os argentinos vibram a cada ponto, dão o coração para ganhar, enquanto os europeus são mais frios. Eu prefiro o jeito argentino porque sou muito competitivo, gosto de vibrar e vencer.

Neste domingo, Koukartsev marcou 18 pontos e liderou a Argentina na vitória por 3 a 2 sobre a Tunísia. Surpreso com a dificuldade que o time sul-americano enfrentou, ele acredita que o confronto com o Brasil exigirá ainda mais de si e de seus companheiros.

- Contra o Brasil vai ser muito mais difícil. Tem um elenco superior, muito forte, alto e veloz. Na verdade não pensava que a estreia fosse ser tão difícil. Achei que fossemos ganhar de 3 a 0, 3 a 1 no máximo. Então nos deixa mais apreensivos, mas vamos com tudo para ganhar.
O russo-argentino, no entanto, não terá moleza. A comissão técnica do Brasil está atenta e estudou bastante seus golpes e variações no ataque para tornar a marcação do bloqueio mais eficiente.

- Ele é um bom valor. Esteve na (seleção) adulta e jogou o Sul-Americano contra nós como segundo oposto. Jogou também o Mundial juvenil e foi um dos principais lá na Turquia. O acompanhei lá, e neste domingo também foi uma das principais peças.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/10/por-2016-filho-de-ex-atletas-sovieticos-se-torna-arma-da-argentina-no-mundial.html

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