terça-feira, 2 de julho de 2013

Espanha se convence de que precisa melhorar para ser favorita em 2014

Piqué fala em derrota para o Brasil como ‘mensagem para o próximo ano’. Sergio Ramos admite que seleção está longe de ser máquina de vitórias

Por Victor Canedo Rio de Janeiro
 

Foram 29 jogos oficiais de invencibilidade. Pulverizados com uma atuação soberba da seleção brasileira, que, por que não, deixou a Espanha de queixo caído. Os 3 a 0 no Maracanã pela final da Copa das Confederações não simbolizam nada na prática que possa sugerir um fim do ciclo vitorioso espanhol. Afinal, quando muito se falou na edição anterior do torneio, em 2009, a Roja foi até a África do Sul no ano seguinte para conquistar o seu único título mundial. Ainda assim, a mensagem foi dada na maior derrota sofrida na era Del Bosque em partidas de competição. E com ela um alerta de que algo precisará ser feito para 2014.

- Acho que recebemos mensagem para o futuro, no próximo ano. Temos que melhorar em distintos aspectos para sermos competitivos e podermos ganhar. Foi uma derrota muito dolorosa, sobretudo como perdemos. Mas, nessas condições aqui, o Brasil se sente muito mais cômodo. Temos que dar um pouco mais para ter mais chances de novo – disse o zagueiro Piqué, expulso na decisão por um carrinho em Neymar.


expulsão Piqué, Brasil x Espanha (Foto: Andre Durão)Expulso por falta em Neymar, Piqué reconhece que a Espanha precisa melhorar (Foto: Andre Durão)


A saga invicta começou há pouco mais de três anos, na África do Sul. Depois de perder a estreia para a Suíça, a Espanha se recuperou contra Honduras ainda pela fase de grupos do Mundial. Ganhou a partir dali com 100% de aproveitamento e seguiu com números irretocáveis até este dia 30 de junho.


- Vamos tirar conclusões para não repetirmos os erros. É uma final perdida, não estamos acostumados, temos ganhado todas as finais. É uma lástima, era um dia especial no Maracanã, queríamos muito ter ganhado – lamentou o meio-campista Xavi, um dos símbolos do time, mas que caiu vertiginosamente de rendimento no fim da temporada europeia.

O zagueiro Sergio Ramos também apresentava o semblante da derrota após o jogo. Resignado, encarou a perda do título - e de um pênalti no segundo tempo - como um fator motivacional para se reerguer com a seleção.

- Fizemos coisas muito importantes com este time, mas não somos máquinas e claro que podemos perder. Temos a consciência tranquila e voltaremos vazios para a Espanha depois de todo o esforço. Temos que aprender com tudo isso, o futebol lhe dá lições todos os dias. Nem sempre a moeda estará do lado que você quer.


sergio ramos espanha pênalti final copa das confederações (Foto: Agência Getty Images)Sergio Ramos perde o pênalti na final da Copa das Confederações (Foto: Agência Getty Images)
 
Para o defensor do Real Madrid, as partidas contra Itália e em especial diante do Brasil ensinaram algo útil.

- Não só a futebolistas, mas ao país, à nossa gente. Que a seleção não vai estar ganhando sempre, mas sempre se aprende. Tanto Brasil como Italia jogaram de uma maneira que praticamente nos pressionaram na frente, criaram perigo. Tudo isso devemos aprender para seguir melhorando, sobretudo para tentar mudar o último resultado.

Piqué, por fim, compartilhou de raciocínio semelhante.

- Sabemos que o futebol tem pouca memória. Estamos totalmente conscientes de que terão pessoas nos criticando, outras nos defendendo, afinal, isso é futebol. Nós temos que seguir com o nosso trabalho. Fizemos um torneio muito bom, encontramos na final um rival muito poderoso, jogava em casa, e fez um jogo excelente - encerrou.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/espanha/noticia/2013/07/espanha-se-convence-de-que-precisa-melhorar-para-ser-favorita-em-2014.html

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