A ponteira da seleção e do Rio já coleciona títulos, mas quer chegar às Olimpíadas
Gabi, destaque da nova geração, comemora o aniversário de 20 anos (Foto: Divulgação )
- Jogar minha primeira olimpíada, esse é o meu pedido de aniversário. Claro que tenho objetivos mais próximos, como o Campeonato Mundial (em setembro, na Itália), no qual o Brasil ainda não conquistou o ouro. Dessa vez, consegui um jantar de aniversário com a minha família, e ainda espero comemorar rapidinho com as meninas, segunda-feira, em São Paulo, treinando. Faz parte. Já passei cinco aniversários em Saquarema.
Após se destacar pela seleção na campanha invicta do título do Grand Prix do ano passado, Gabi começou a transformar o desejo de defender o Brasil nas Olimpíadas do Rio em realidade. Mas o caminho é duro. Dentro e fora de quadra. Mesmo sendo a jogadora mais nova do time, Gabi garante que não tem moleza no Centro de Treinamento da seleção brasileira.
- Sempre quando tem fila para pegar roupa ou comida aqui em Saquarema, eu tenho que ser a última, já que sou a mais nova – admitiu.
Gabi em quadra pelo time do Rio de
Janeiro (Foto: Divulgação/CBV)
- Eu pratico esporte desde pequena, não só vôlei. Sempre gostei muito. Sempre fui envolvida no esporte até por influência dos meus pais, dos meus irmãos. E criei naturalmente essa responsabilidade, de saber abrir mão de datas importantes, de momentos importantes, de deixar de sair. Agora é uma época muito corrida para mim, fui direto do time do Rio para a seleção, então precisei me cuidar muito, principalmente fisicamente, porque se aparecer uma oportunidade boa eu tenho que estar pronta para aproveitar.
Ponteira na seleção e no time de Bernardinho, a mineira de Belo Horizonte começou como promessa do vôlei brasileiro, encarou uma chance inesperada no time titular e se tornou referência rapidamente, sendo comparada com atletas que fizeram história na mesma posição, como Ana Moser, Paula Pequeno, Natália e Jaqueline.
- Para mim é uma comparação distante, até porque estou numa fase de desenvolvimento e aprimoramento. Elas são grandes exemplos para mim e são grandes ídolos. Tenho muito pra fazer ainda para chegar onde elas chegaram e espero conseguir trilhar o mesmo caminho que elas. Eu tento aproveitar ao máximo o dia a dia, principalmente com a Jaque que voltou a jogar agora e é uma grande referência na minha posição.
Ana Moser, Paula Pequeno, Natália e
Jaqueline, as quatro ponteiras são
referências para Gabi (Foto: Montagem)
A convivência entre diferentes gerações do vôlei brasileiro ajuda muito as jogadoras mais novas. Seja na parte técnica, seja na vida pessoal. Depois de ver a companheira de seleção Jaqueline com o filho Arthur em Saquarema, Gabi revela um outro sonho especial: o desejo de ser mãe.
- Eu vendo o Arthur ali com a Jaque... Eu sempre tive vontade de ser mãe muito nova, e a cada dia que passa eu tenho mais vontade. Sei que não vai poder ser agora, mas eu não queria ter filho tarde. Talvez interromper um período da minha carreira para poder ter um filho, como a Jaque fez, pensar em um melhor momento, mas eu tenho muita vontade de ter um filho. Essa coisa da maternidade cria uma maturidade muito grande e dá para ver isso na Jaque. Todos respeitam muito ela. Agora vemos a Jaque mãe.
Fabi e Gabi são amigas dentro e fora de quadra (Foto: Reprodução)
- A Fabi me auxilia muito. Ela e a Fofão me dão uma força muito grande, me passam sempre muita tranquilidade. A Fabi tanto fora quando dentro de quadra sempre me deu muito apoio, para eu pegar confiança com o grupo ( as duas jogam juntas no Rio de Janeiro). A Fabi já passou muita coisa na seleção, então ela sempre me dá umas dicas, de qual melhor caminho para eu conseguir conquistar os meus objetivos.
Mas nem toda a distância consegue conter Eliane, mãe de Gabi, quando o assunto é a saúde da atleta. Uma fica concentrada em Saquarema, enquanto a outra está no Rio de Janeiro. A mãe não dá descanso e liga todos os dias para a filha.
- Ela liga para saber como estou, se meu ombro não está doendo, se estou comendo direito. Eu sou magrinha, então ela sempre pega nessa questão da alimentação. E todos os dias eu respondo a mesma coisa, digo que estou bem. É coisa de mãe, não tem jeito - lembrou Gabi.
*Renata Heilborn, estagiária, sob supervisão de Lydia Gismondi
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/05/cacula-da-selecao-brasileira-gabi-faz-20-anos-e-revela-pedido-especial.html
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