A
CRÔNICA
por
GloboEsporte.com
O Flamengo desperdiçou uma chance de ouro de assumir a liderança do
Grupo 7 da Libertadores. Na noite desta quarta-feira, no Maracanã, o
time não passou de um empate por 2 a 2 com o Bolívar, da Bolívia,
adversário mais frágil da chave. O Rubro-Negro se viu vítima do
nervosismo, saiu atrás do placar, virou o jogo, mas permitiu a reação de
um rival que soube se aplicar à marcação. Everton anotou os dois gols
dos donos da casa, enquanto Capdevilla e Pedriel marcaram para os
visitantes, diante de 37.809 pagantes (42.971 presentes). Com o
resultado, o Fla fica no segundo lugar do grupo, com quatro pontos, dois
atrás do equatoriano Emelec, o novo líder. Já os bolivianos seguem na
lanterna, agora com dois pontos. A renda do duelo foi de R$
2.007.147,50.
As ausências dos laterais titulares pesaram mais do que a torcida rubro-negra poderia imaginar. Na direita, Léo sentiu um problema muscular e abandonou a partida no intervalo. Paulinho precisou ser improvisado no setor, justamente onde saiu o primeiro gol do Bolívar. Já na esquerda, João Paulo falhou no segundo gol dos visitantes e foi muito vaiado pelos torcedores. O Brocador foi figura apagada, e mesmo o brilho individual de Everton na etapa final não foi suficiente para a vitória.
- Faltou tranquilidade. Começamos atrás. Fui feliz em fazer os gols, mas infelizmente o descuido lá atrás atrapalhou. Agora, é pensar no próximo jogo - disse Everton.
As duas equipes voltam a se enfrentar já na próxima quarta-feira, também às 22h (de Brasília), só que no estádio Hernando Siles, em La Paz, na Bolívia. Pelo Campeonato Carioca, o Rubro-Negro já garantiu a vaga às semifinais e o primeiro lugar do turno e cumpre tabela neste domingo, contra o Bangu, às 16h, no Raulino de Oliveira.
Fla cria pouco, e torcida protesta
O Flamengo se manteve no ataque desde os primeiros segundos, mas não conseguiu finalizar. Coisa que o Bolívar até conseguiu antes. Primeiro numa pancada de longe de Yecerotte que não passou perto; depois, em bomba de Arce raspou a trave de Felipe. Os rubro-negros preferiam não arriscar de fora da área. Insistiam muito pelo meio e esbarravam na povoada defesa boliviana.
Com Everton apagado, o time só levava vantagem quando explorava a velocidade de Gabriel pelas laterais do campo. Após uma dessas jogadas, Léo recebeu livre na área, mas bateu torto na melhor oportunidade dos donos da casa nos primeiros 20 minutos. Muito pouco pelo que esperava a torcida diante de um adversário frágil e que foi obrigado a gastar uma substituição logo de cara após Yecerotte se machucar sozinho.
A bola aérea também não funcionava, e Cáceres era presa fácil da linha de impedimento boliviana. Só num raro escanteio, em que não há impedimento, Hernane conseguiu cabecear com perigo. Sem muita alternativa, o Fla resolveu também usar os chutes de longe. A tentativa do Brocador foi mais um recuo para o goleiro, enquanto a batida cruzada de Gabriel passou perto. Só que o time parecia sonolento, por duas vezes os jogadores perdiam a bola para quem vinha de trás. Ninguém gritava "ladrão". Na reta final do primeiro tempo, o Bolívar passou a ficar mais com a bola e a gostar do jogo. Num momento de pressão, Moya soltou a bomba e obrigou Felipe a fazer uma grande defesa, embora de forma bem esquisita, e evitar o estrago. O que não impediu as vaias da torcida ao apito do árbitro.
Everton acorda, mas João Paulo vira vilão
Jayme de Almeida precisou mexer no intervalo. Léo sentiu uma fisgada na coxa - mesma parte do corpo que tirou o titular Léo Moura da partida - e deu vaga a Paulinho. O xodó da torcida em 2013 voltou a ser improvisado na lateral direita, posição que atuou algumas vezes no seu início no clube. Na prática, ele virou mais uma opção ofensiva, mas na defesa... Justamente do seu lado saiu o primeiro gol do Bolívar, aos sete minutos. Na linha de fundo, Wallace perdeu a bola para Arce. O meia ex-Corinthians cruzou rasteiro, Callejón escorou, e Capdevilla ficou com a frente limpa para abrir o placar. De repente, um silêncio tomou o Maracanã, mas durou só dois minutos. Até Everton acordar.
Aos nove, Quiñonez saiu mal do gol após cruzamento de Elano. Em posição de impedimento, Wallace dividiu a bola pelo alto com o goleiro, que acabou por mandar a bola de volta aos rubro-negros. Ela chegou a Everton, que bateu de primeira, de perna direita, para empatar. O gol, irregular, reanimou a torcida, e Jayme resolveu tentar aproveitar o momento colocando mais um atacante: Alecsandro substituiu Elano. Só que quase que o tiro saiu pela culatra. Na empolgação, o Fla atacou com gente demais e deixou um buraco na defesa. Callejón achou Ferreira livre na pequena área, mas o atacante furou o chute. O alívio da torcida virou vibração novamente no minuto seguinte. Após joagada individual de Paulinho, Everton apareceu no meio da área para empurrar para a rede e fazer 2 a 1.
Aos 26, Pedriel entrou no lugar de Callejón e, um minuto depois, calou os rubro-negros de novo no Maracanã. Ele recebeu ótimo lançamento nas costas de João Paulo e bateu na saída de Felipe para deixar tudo igual de novo. O lateral-esquerdo, que já vinha sendo perseguido pela torcida, virou o vilão da história. Sobre seus ombros, caíram as vaias dos mais de 40 mil presentes ao Maracanã. O nervosismo atacou não só a ele, como a todos os jogadores rubro-negros. Na base do abafa, o time não conseguiu criar mais nada, a não ser na bola parada. Mas sem Elano em campo, não houve ninguém que conseguisse levar perigo.
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As ausências dos laterais titulares pesaram mais do que a torcida rubro-negra poderia imaginar. Na direita, Léo sentiu um problema muscular e abandonou a partida no intervalo. Paulinho precisou ser improvisado no setor, justamente onde saiu o primeiro gol do Bolívar. Já na esquerda, João Paulo falhou no segundo gol dos visitantes e foi muito vaiado pelos torcedores. O Brocador foi figura apagada, e mesmo o brilho individual de Everton na etapa final não foi suficiente para a vitória.
- Faltou tranquilidade. Começamos atrás. Fui feliz em fazer os gols, mas infelizmente o descuido lá atrás atrapalhou. Agora, é pensar no próximo jogo - disse Everton.
As duas equipes voltam a se enfrentar já na próxima quarta-feira, também às 22h (de Brasília), só que no estádio Hernando Siles, em La Paz, na Bolívia. Pelo Campeonato Carioca, o Rubro-Negro já garantiu a vaga às semifinais e o primeiro lugar do turno e cumpre tabela neste domingo, contra o Bangu, às 16h, no Raulino de Oliveira.
Autor de dois gols, Everton tinha tudo para sair
como herói em atuação ruim do Fla
(Foto: André Durão)
O Flamengo se manteve no ataque desde os primeiros segundos, mas não conseguiu finalizar. Coisa que o Bolívar até conseguiu antes. Primeiro numa pancada de longe de Yecerotte que não passou perto; depois, em bomba de Arce raspou a trave de Felipe. Os rubro-negros preferiam não arriscar de fora da área. Insistiam muito pelo meio e esbarravam na povoada defesa boliviana.
Com Everton apagado, o time só levava vantagem quando explorava a velocidade de Gabriel pelas laterais do campo. Após uma dessas jogadas, Léo recebeu livre na área, mas bateu torto na melhor oportunidade dos donos da casa nos primeiros 20 minutos. Muito pouco pelo que esperava a torcida diante de um adversário frágil e que foi obrigado a gastar uma substituição logo de cara após Yecerotte se machucar sozinho.
A bola aérea também não funcionava, e Cáceres era presa fácil da linha de impedimento boliviana. Só num raro escanteio, em que não há impedimento, Hernane conseguiu cabecear com perigo. Sem muita alternativa, o Fla resolveu também usar os chutes de longe. A tentativa do Brocador foi mais um recuo para o goleiro, enquanto a batida cruzada de Gabriel passou perto. Só que o time parecia sonolento, por duas vezes os jogadores perdiam a bola para quem vinha de trás. Ninguém gritava "ladrão". Na reta final do primeiro tempo, o Bolívar passou a ficar mais com a bola e a gostar do jogo. Num momento de pressão, Moya soltou a bomba e obrigou Felipe a fazer uma grande defesa, embora de forma bem esquisita, e evitar o estrago. O que não impediu as vaias da torcida ao apito do árbitro.
Pedriel entrou no segundo tempo e, com um
minuto em campo, virou pedra no sapato do
Fla (Foto: AP)
Jayme de Almeida precisou mexer no intervalo. Léo sentiu uma fisgada na coxa - mesma parte do corpo que tirou o titular Léo Moura da partida - e deu vaga a Paulinho. O xodó da torcida em 2013 voltou a ser improvisado na lateral direita, posição que atuou algumas vezes no seu início no clube. Na prática, ele virou mais uma opção ofensiva, mas na defesa... Justamente do seu lado saiu o primeiro gol do Bolívar, aos sete minutos. Na linha de fundo, Wallace perdeu a bola para Arce. O meia ex-Corinthians cruzou rasteiro, Callejón escorou, e Capdevilla ficou com a frente limpa para abrir o placar. De repente, um silêncio tomou o Maracanã, mas durou só dois minutos. Até Everton acordar.
Aos nove, Quiñonez saiu mal do gol após cruzamento de Elano. Em posição de impedimento, Wallace dividiu a bola pelo alto com o goleiro, que acabou por mandar a bola de volta aos rubro-negros. Ela chegou a Everton, que bateu de primeira, de perna direita, para empatar. O gol, irregular, reanimou a torcida, e Jayme resolveu tentar aproveitar o momento colocando mais um atacante: Alecsandro substituiu Elano. Só que quase que o tiro saiu pela culatra. Na empolgação, o Fla atacou com gente demais e deixou um buraco na defesa. Callejón achou Ferreira livre na pequena área, mas o atacante furou o chute. O alívio da torcida virou vibração novamente no minuto seguinte. Após joagada individual de Paulinho, Everton apareceu no meio da área para empurrar para a rede e fazer 2 a 1.
Aos 26, Pedriel entrou no lugar de Callejón e, um minuto depois, calou os rubro-negros de novo no Maracanã. Ele recebeu ótimo lançamento nas costas de João Paulo e bateu na saída de Felipe para deixar tudo igual de novo. O lateral-esquerdo, que já vinha sendo perseguido pela torcida, virou o vilão da história. Sobre seus ombros, caíram as vaias dos mais de 40 mil presentes ao Maracanã. O nervosismo atacou não só a ele, como a todos os jogadores rubro-negros. Na base do abafa, o time não conseguiu criar mais nada, a não ser na bola parada. Mas sem Elano em campo, não houve ninguém que conseguisse levar perigo.
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