Treinador segue no cargo, mas sabe que corre risco. Membros do COF cobram sua saída desde antes da derrota para o Flamengo. Atletas isentam comandante de culpa
De qualquer forma, Kleina é questionado desde antes do jogo. Em reunião da última quarta-feira, membros do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Verdão pediram ao presidente Paulo Nobre a demissão do comandante. Uma das críticas do grupo é que o time não teria padrão tático.
Apesar disso, os jogadores o defendem e isentam o treinador de culpa pelo momento ruim. O diagnóstico é de que os próprios atletas precisam assumir a responsabilidade e render mais.
- A culpa é nossa, dos jogadores. Não marcamos, nem tivemos o mesmo empenho no segundo tempo. Não soubemos a hora de marcar e de atacar - disse Vadivia, em entrevista à rádio Globo.
A reapresentação do Palmeiras marcada para esta segunda-feira, na Academia de Futebol, teria treinamento aberto para a imprensa, mas o clube decidiu fechar os portões da atividade após a derrota diante do Flamengo. A diretoria deve se reunir com a comissão técnica para discutir o desempenho da equipe, procedimento padrão no dia seguinte aos jogos.
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No Rio de Janeiro, o Palmeiras sofreu a virada no segundo tempo, após Jayme de Almeida, técnico do Rubro-Negro, substituir Nixon por Lucas Mugni. Depois da alteração, o Flamengo dominou o meio de campo, preencheu os espaços e acabou com a liberdade que Valdivia tinha para armar a equipe. O resultado: três gols cariocas na etapa final.
Atualmente,
Kleina tem salário de R$ 200 mil mensais. Mas com o sistema de bônus
por produtividade oferecido pela diretoria, ele pode receber até o dobro
disso por mês: R$ 400 mil. Uma eventual demissão do treinador implicará
na seguinte cláusula de rescisão estabelecida entre as partes: o
Palmeiras precisará pagar a ele o equivalente a dois salários como multa
- a não ser que o técnico arrume outro clube nesse período de 60 dias.
A
renovação contratual de Kleina, aliás, virou uma novela na virada do
ano. O Verdão tentou primeiro a contratação do argentino Marcelo Bielsa,
mas não obteve sucesso. A atitude irritou o técnico, mas no fim as duas
partes chegaram em um acordo.
Gilson Kleina foi
contratado em setembro de 2012 para tentar evitar o rebaixamento do time
para a Série B. Sem sucesso, ele comandou o retorno do Verdão para a
elite do futebol nacional, conquistando a segunda divisão.
Apesar disso,
acumula cinco eliminações: Paulistão (2013 e 2014), Sul-Americana
(2012), Copa do Brasil (2013) e Taça Libertadores (2013).
Gilson Kleina sofre pressão no
Palmeiras, após derrota para o
Flamengo (Foto: Mauro Horita /
Globoesporte.com)
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