segunda-feira, 5 de maio de 2014

Conselheiros pedem demissão de Kleina, e jogadores defendem técnico

Treinador segue no cargo, mas sabe que corre risco. Membros do COF cobram sua saída desde antes da derrota para o Flamengo. Atletas isentam comandante de culpa


Por São Paulo

 
A derrota do Palmeiras para o Flamengo, por 4 a 2, de virada, no Maracanã, neste domingo, pela terceira rodada do Brasileirão, esquentou o clima nos bastidores do clube e pressionou o técnico Gilson Kleina. Ele segue no cargo, mas sabe que corre risco de queda. Dirigentes do Verdão dizem que, no momento, ainda não há tendência de troca no comando alviverde
De qualquer forma, Kleina é questionado desde antes do jogo. Em reunião da última quarta-feira, membros do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Verdão pediram ao presidente Paulo Nobre a demissão do comandante. Uma das críticas do grupo é que o time não teria padrão tático. 
Apesar disso, os jogadores o defendem e isentam o treinador de culpa pelo momento ruim. O diagnóstico é de que os próprios atletas precisam assumir a responsabilidade e render mais.

- A culpa é nossa, dos jogadores. Não marcamos, nem tivemos o mesmo empenho no segundo tempo. Não soubemos a hora de marcar e de atacar - disse Vadivia, em entrevista à rádio Globo.

A reapresentação do Palmeiras marcada para esta segunda-feira, na Academia de Futebol, teria treinamento aberto para a imprensa, mas o clube decidiu fechar os portões da atividade após a derrota diante do Flamengo. A diretoria deve se reunir com a comissão técnica para discutir o desempenho da equipe, procedimento padrão no dia seguinte aos jogos.


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No Rio de Janeiro, o Palmeiras sofreu a virada no segundo tempo, após Jayme de Almeida, técnico do Rubro-Negro, substituir Nixon por Lucas Mugni. Depois da alteração, o Flamengo dominou o meio de campo, preencheu os espaços e acabou com a liberdade que Valdivia tinha para armar a equipe. O resultado: três gols cariocas na etapa final.

Atualmente, Kleina tem salário de R$ 200 mil mensais. Mas com o sistema de bônus por produtividade oferecido pela diretoria, ele pode receber até o dobro disso por mês: R$ 400 mil. Uma eventual demissão do treinador implicará na seguinte cláusula de rescisão estabelecida entre as partes: o Palmeiras precisará pagar a ele o equivalente a dois salários como multa - a não ser que o técnico arrume outro clube nesse período de 60 dias. 

A renovação contratual de Kleina, aliás, virou uma novela na virada do ano. O Verdão tentou primeiro a contratação do argentino Marcelo Bielsa, mas não obteve sucesso. A atitude irritou o técnico, mas no fim as duas partes chegaram em um acordo.

Gilson Kleina foi contratado em setembro de 2012 para tentar evitar o rebaixamento do time para a Série B. Sem sucesso, ele comandou o retorno do Verdão para a elite do futebol nacional, conquistando a segunda divisão. 
Apesar disso, acumula cinco eliminações: Paulistão (2013 e 2014), Sul-Americana (2012), Copa do Brasil (2013) e Taça Libertadores (2013).

Gilson Kleina jogo Palmeiras e Bragantino Paulistão (Foto: Mauro Horita / Globoesporte.com)
Gilson Kleina sofre pressão no 
Palmeiras, após derrota para o 
Flamengo (Foto: Mauro Horita / 
Globoesporte.com)


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