sábado, 3 de maio de 2014

Após segunda vitória seguida, Maria exalta etapa "que beirou à perfeição"

Treinador do Joinville comenta primeiro tempo com "intensidade, marcação, criação" e lamenta não ter definido o jogo ainda nos primeiros 45 minutos: "Saio contente"


Por Joinville, SC


Podia ter sido com menos emoção, mas a vitória e os três pontos estão garantidos. Isso para Hemerson Maria é o mais importante, além do primeiro tempo que "beirou à perfeição". Exatamente a etapa inicial, em que o JEC abriu 2 a 0 em menos de 30 minutos e poderia ter liquidado o jogo, com boas oportunidades desperdiçadas. Precisando correr atrás do prejuízo, o Icasa voltou melhor para o tempo complementar, diminuiu  e pressionou, apesar de ter um jogador a menos em campo e jogar no estádio rival. Para o treinador tricolor, porém, um resultado totalmente positivo, apesar de saber que na segunda-feira, na reapresentação do grupo, uma conversa séria será feita para corrigir os erros.

- Vejo o primeiro tempo que beirou à perfeição, com intensidade, marcação, criação. Poderíamos ter definido o jogo ainda no primeiro tempo, criamos para isso (...) faltou de repente mais maturidade para cadenciar, tocar, segurar, marcar o terceiro gol para liquidar o jogo. Mas temos que enaltecer os fatores positivos, se formos buscar as equipes no Brasil, o Joinville é uma das raras que não perde em seu estádio (são seis meses de invencibilidade). Se forem computados os três pontos da Portuguesa, largamos com nove pontos, cinco gols em dois jogos. A equipe está criando, jogadores que estão entrando estão dão conta do recado. Temos que melhorar muita coisa, claro, estamos em um início de caminhada, mas o saldo é totalmente positivo. Saio contente, logicamente que na segunda vamos reunir os jogadores e vamos corrigir algumas coisas que aconteceram hoje.

Confira a coletiva completa o treinador após a partida


Joinville x Icasca (Foto: José Carlos Fornér/JEC)
Joinville bate o Icasa com gols de Jael e 
Edigar Junio (Foto: José Carlos Fornér/
JEC)

Primeiro tempo diferente do segundo?
- Não vejo como distintos os tempos, vejo o primeiro tempo que beirou a perfeição, com intensidade, marcação, criação. Poderíamos ter definido o jogo ainda no primeiro tempo, criamos para isso. Nosso goleiro não trabalhou no primeiro tempo. De tudo que estamos trabalhando, muita coisa aconteceu no primeiro tempo. No segundo tempo, a equipe que perde de 2 a 0, ela muda o ânimo, é cobrada pelo treinador, jogadores corrigem, houve mérito do adversário em marcar melhor. Tivemos duas oportunidades claras de fazer o terceiro, não fizemos. Mas o jogo estava controlado. O que deu o ar de dramaticidade foi o gol que tomamos, a equipe desequilibrou um pouco, é difícil de digerir o gol da maneira que tomamos, uma desatenção, e nos minutos finais o adversário pressionou, tivemos espaço para o contra-ataque, mas não matamos, faltou de repente mais maturidade para cadenciar, tocar, segurar, marcar o terceiro gol para liquidar o jogo. 

Apesar da pressão...a vitória
- Mas temos que enaltecer os fatores positivos, se formos buscar as equipes no Brasil, o Joinville é uma das raras que não perde em seu estádio (são seis meses de invencibilidade). Se forem computados os três pontos da Portuguesa, largamos com nove pontos, cinco gols em dois jogos. A equipe está criando, jogadores que estão entrando estão dão conta do recado. Temos que melhorar muita coisa, claro, estamos em um início de caminhada, mas o saldo é totalmente positivo. Saio contente, logicamente que na segunda vamos reunir os jogadores e vamos corrigir algumas coisas que aconteceram hoje.

Entrada do Ratinho e saída do Murilo, erro na hora do gol

- Não poderia ser antecipada, o Murilo estava muito bem no jogo, não saiu por questão técnica. Mas no momento do gol houve uma desatenção do lado direito, falei com membros da comissão técnica, ainda não falei com os jogadores ainda, vou colocar na segunda-feira. Tomamos gol de arremesso lateral. O Zé Carlos bateu o lateral e o Henry estava na cara do gol. Uma coisa que não pode acontecer, cometer esse erro, então, a partir do momento que aconteceu a jogada, notei que o  Murilo se desequilibrou emocionalmente. Mas foi por isso que saiu, porque na parte técnica estava bem, na marcação, estava aguerrido. Esse lance, de repente, desequilibrou um pouco, mas é um jogador experiente, conversamos ali, vamos conversar na segunda.

Cobrança pela pressão no fim
- Tenho um grupo que mesmo vencendo o jogo estava se cobrando, mesmo ganhando o jogo, pelos minutos finais de dramaticidade,  mas não pode encobrir o bom futebol que o Joinville praticou hoje (sexta-feira). Se vencêssemos de 4 a 1, ou 3 a 0 no primeiro tempo, seria natural… Tem tabus que falam que 2 a 0 é perigoso, então o adversário fez o gol, cresceu na partida, sofremos com o emocional no gol dele, não poderíamos, cobrei isso. Mas são três pontos conquistados.

Marcação até com atacantes, espírito Série B
- Temos uma dinâmica de jogo onde todos jogadores tem funções ofensivas e defensivas, a partir do momento que o Jael está situado do lado esquerdo ou mais atrás, e o Bruno Costa mais à frente, ele volta para fazer a função de lateral, de volante. Assim como Edigar teve um momento que o Murilo passou por ele e ele fez função de lateral. Todo mundo marcando, se entregando, terminando exausto o jogo, espírito que tem que ter na Série B.

Estreia do atacante Hugo
- Gostei da estreia do Hugo, tem pontos a melhorar, vai se entrosar mais, mas é agressivo, teve duas oportunidades de fazer gol, uma no primeiro outra no segundo tempo, é um jogador interessante e vai nos ajudar muito na nossa caminhada.


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