A CRÔNICA
por
Carlos Augusto Ferrari
São Paulo e Portuguesa terão muito o que reclamar da arbitragem após a
partida deste sábado. É bem verdade que o futebol apresentado por ambos
não empolgou os pouco mais de nove mil torcedores presentes, mas o juiz
Flávio Rodrigues Guerra colaborou (e muito) para que Tricolor e Lusa não
passassem de um empate por 0 a 0, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista.
O time são-paulino saiu vaiado de campo.
A Rubro-Verde abriu a série de reclamações depois que William Magrão,
em condição legal, marcou de cabeça no primeiro tempo. Guerra acompanhou
a marcação equivocada de seu auxiliar e assinalou impedimento. Na etapa
final, foi a vez de os são-paulinos se irritarem com um pênalti do
mesmo William Magrão sobre Ademilson.
O resultado acaba com os 100% de aproveitamento do São Paulo no Morumbi – o time havia vencido os quatro jogos em casa. Com 13 pontos, o Tricolor poderá perder neste domingo a primeira posição do Grupo A para o Penapolense, que tem 12 e recebe o Santos. Na quinta-feira, o Tricolor visita o São Bernardo, às 21h, no ABC.
Já a Portuguesa vê o fim da série de duas vitórias consecutivas com Argel, mas soma um ponto importante para se afastar de vez da luta contra o rebaixamento. A Lusa tem oito, em penúltimo no Grupo C. O time volta a jogar na quarta, diante do Penapolense, às 19h30m, em Penópolis.
O jogo deste sábado marcou um recorde de Muricy Ramalho - com 177 jogos no Morumbi, ele bateu Telê Santana como técnico que mais comandou o time no estádio tricolor.
Lusa tem gol mal anulado
Em busca do time ideal, Muricy Ramalho deu um assistente a Paulo Henrique Ganso no setor de criação. Pabón foi posicionado mais recuado para ajudar o camisa 10 a ser mais participativo. Parecia funcionar. Logo no início, o meio-campista desviou de cabeça um cruzamento de Ademilson pela esquerda, mas o goleiro Tom segurou.
A empolgação com o bom lance foi acabando minuto a minuto. Argel,
ex-zagueiro que não costumava aliviar nas jogadas, montou um time
retrancado e perigoso nos contra-ataques, principalmente com o baixinho
Wanderson nas costas de Luis Ricardo. Dos pés dele partiu uma bomba que
Rogério Ceni precisou espalmar.
Com dificuldade para furar o bloqueio, o São Paulo passou a chutar de longa distância. Pabón arriscou três vezes. Na melhor delas, obrigou Tom a jogar para escanteio após desvio do morrinho artilheiro. O goleiro apareceu bem também em lance cara a cara com Luis Fabiano, em bola enfiada por Ganso.
A Portuguesa quase tirou proveito de uma das principais falhas do São Paulo desde o ano passado: as jogadas pelo alto. Aos 29, em posição legal, William Magrão marcou de cabeça depois de cobrança de falta pela esquerda, mas o trio de arbitragem anulou alegando impedimento. Já perto do fim do primeiro tempo, o artilheiro Henrique parou em Ceni em finalização dentro da área.
Ademilson sofre pênalti, árbitro ignora
O segundo tempo começou agitado e com uma reclamação dos são-paulinos. Ademilson invadiu a área e foi derrubado por William Magrão, mas o árbitro Flávio Rodrigues Guerra não marcou o pênalti. A Lusa respondeu com perigo logo em seguida. Wanderson exagerou no individualismo e chutou para Ceni defender, quando poderia ter tocado para Henrique, livre na área.
Com a boa marcação da Lusa, o São Paulo passou a insistir pelos lados para tentar pressionar. Funcionou mais pela esquerda. Luis Fabiano teve a chance para marcar após cruzamento de Ademilson, mas a defesa desviou. Pouco depois, Reinaldo levantou para área e Ganso passou da bola e não conseguiu finalizar com precisão.
O jogo melhorou quando a Portuguesa passou a acertar os passes no campo de ataque. Régis quase fez um golaço ao se livrar de dois marcadores e carimbar o travessão. O São Paulo respondeu imediatamente. No contra-ataque, Pabón invadiu a área e chutou cruzado. Tom desviou e evitou o gol.
A história se repetiu pouco depois. Em bobeada da defesa, Caio apareceu livre de frente para Rogério Ceni, mas exagerou na força e errou o toque por cobertura. O São Paulo também foi perigoso instantes mais tarde. Pabón disparou pela direita e cruzou. A bola desviou em um marcador e fez Tom se esticar para evitar que ela entrasse no canto esquerdo.
Nos minutos finais, o São Paulo ainda insistiu em busca do gol, porém, errou em demasia e perdeu os primeiros pontos jogando em casa.
Luis Fabiano reclama com o bandeirinha um de
seus sete impedimentos... (Foto: Marcos Ribolli)
saiba mais
O resultado acaba com os 100% de aproveitamento do São Paulo no Morumbi – o time havia vencido os quatro jogos em casa. Com 13 pontos, o Tricolor poderá perder neste domingo a primeira posição do Grupo A para o Penapolense, que tem 12 e recebe o Santos. Na quinta-feira, o Tricolor visita o São Bernardo, às 21h, no ABC.
Já a Portuguesa vê o fim da série de duas vitórias consecutivas com Argel, mas soma um ponto importante para se afastar de vez da luta contra o rebaixamento. A Lusa tem oito, em penúltimo no Grupo C. O time volta a jogar na quarta, diante do Penapolense, às 19h30m, em Penópolis.
O jogo deste sábado marcou um recorde de Muricy Ramalho - com 177 jogos no Morumbi, ele bateu Telê Santana como técnico que mais comandou o time no estádio tricolor.
Ademilson avança com a bola, observado por
Renan e Luis Fabiano (Foto: Marcos Ribolli)
Em busca do time ideal, Muricy Ramalho deu um assistente a Paulo Henrique Ganso no setor de criação. Pabón foi posicionado mais recuado para ajudar o camisa 10 a ser mais participativo. Parecia funcionar. Logo no início, o meio-campista desviou de cabeça um cruzamento de Ademilson pela esquerda, mas o goleiro Tom segurou.
Pouco mais de nove mil pessoas foram ao
Morumbi neste sábado (Foto: Marcos Ribolli)
Morumbi neste sábado (Foto: Marcos Ribolli)
Com dificuldade para furar o bloqueio, o São Paulo passou a chutar de longa distância. Pabón arriscou três vezes. Na melhor delas, obrigou Tom a jogar para escanteio após desvio do morrinho artilheiro. O goleiro apareceu bem também em lance cara a cara com Luis Fabiano, em bola enfiada por Ganso.
A Portuguesa quase tirou proveito de uma das principais falhas do São Paulo desde o ano passado: as jogadas pelo alto. Aos 29, em posição legal, William Magrão marcou de cabeça depois de cobrança de falta pela esquerda, mas o trio de arbitragem anulou alegando impedimento. Já perto do fim do primeiro tempo, o artilheiro Henrique parou em Ceni em finalização dentro da área.
Portuguesa levou a melhor em quase todas as
jogadas aéreas (Foto: Marcos Ribolli)
O segundo tempo começou agitado e com uma reclamação dos são-paulinos. Ademilson invadiu a área e foi derrubado por William Magrão, mas o árbitro Flávio Rodrigues Guerra não marcou o pênalti. A Lusa respondeu com perigo logo em seguida. Wanderson exagerou no individualismo e chutou para Ceni defender, quando poderia ter tocado para Henrique, livre na área.
Com a boa marcação da Lusa, o São Paulo passou a insistir pelos lados para tentar pressionar. Funcionou mais pela esquerda. Luis Fabiano teve a chance para marcar após cruzamento de Ademilson, mas a defesa desviou. Pouco depois, Reinaldo levantou para área e Ganso passou da bola e não conseguiu finalizar com precisão.
O jogo melhorou quando a Portuguesa passou a acertar os passes no campo de ataque. Régis quase fez um golaço ao se livrar de dois marcadores e carimbar o travessão. O São Paulo respondeu imediatamente. No contra-ataque, Pabón invadiu a área e chutou cruzado. Tom desviou e evitou o gol.
A história se repetiu pouco depois. Em bobeada da defesa, Caio apareceu livre de frente para Rogério Ceni, mas exagerou na força e errou o toque por cobertura. O São Paulo também foi perigoso instantes mais tarde. Pabón disparou pela direita e cruzou. A bola desviou em um marcador e fez Tom se esticar para evitar que ela entrasse no canto esquerdo.
Nos minutos finais, o São Paulo ainda insistiu em busca do gol, porém, errou em demasia e perdeu os primeiros pontos jogando em casa.
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