Meio de rede, que defendeu o Brasil entre 1999 e 2012, coloca filosofia do técnico como diferencial para manutenção ciclo vitorioso do país no vôlei
Rodrigão exaltou Bernardinho no comando seleção (Foto: Juliana Vieira / GloboEsporte.com)
Para o experiente jogador, de 34 anos, o novo elenco passa por reestruturação, mas tem tudo para continuar o ciclo vitorioso, principalmente, pela presença do treinador. Para Rodrigão, Bernardinho é uma das peças fundamentais para mais títulos.
- Acho que foi bem parecida (a renovação). A gente tinha só Giba, Gustavo e Ricardo. Depois continuaram por pouco tempo Giovane e Maurício. Sobraram cinco ou seis que eram da geração passada e o resto tudo novo. Quando o Bernardo chegou, ele mudou muito a filosofia. Acho que essa é a grande diferença. A filosofia do Bernardo continua e o Brasil tem tudo para continuar ganhando. O Bernardo é um grande incentivador. Independente do time que tiver em mãos, a seleção deve continuar no caminho certo.
Segundo o meio de rede, que neste ano também passou a atuar no vôlei de praia, a responsabilidade deste grupo é maior que do anterior, devido aos resultados conquistados nos últimos anos. Apesar disso, ele confia nos jogadores e diz que os novatos saberão lidar com este tipo de pressão.
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- É normal, como a gente também tinha (a responsabilidade) de chegar
numa Olimpíada, numa final olímpica. A pressão, a cada ano que passa, a
cada conquista, vai aumentando. Só que não pode ficar carregando isso.
Ele sabem que, na hora de entrar na quadra, tem de esquecer os problemas
e fazer o que gosta. Todos tem consciência disso e não terão muitos
problemas.Rodrigão também elogiou os jogadores que estão com Bernardinho. Ele lamentou a derrota na final da Liga Mundial para a Rússia, mas disse acreditar que o Brasil está no caminho certo para o sucesso.
- Vários jovens estão chegando. Alguns com uma certa experiência, como Bruninho e Vissotto. Acho que são os carros-chefe da seleção. O time sentiu um pouco, principalmente na fase final, a presença do Murilo, do Cidão, que juntamente com os outros que eu citei seriam os mais experientes do grupo. Então, o time se abateu, sentiu a pressão de ter que ganhar da Rússia e foi um resultado atípico. Mas, acho que está num caminho certo, a seleção é bem servida de grandes talentos. Temos tudo para continuar no topo.
E a Rússia?
O veterano também falou sobre a Rússia. Apesar de ter sido a pedra no sapato da seleção nas Olimpíadas e na Liga Mundial, Rodrigão não vê os rivais no mesmo patamar de Brasil e Itália. Para ele, os russos ainda não possuem o mesmo histórico vitorioso.
- A Rússia tem de ganhar mais coisa para ser um Brasil. Tudo bem, foram campeões olímpicos, da Liga Mundial. Mas acho que a seleção brasileira ganhou muito mais que a Rússia nos últimos anos. Não dá para comparar todo sucesso que o Brasil e a Itália tiveram. A Rússia está aquém do nível dessas seleções.
Por fim, o meio de rede colocou a Rússia entre os rivais para o Mundial da Polônia, em 2014, e nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Entretanto, ele ressaltou que existem muitos países em fase de transição e que ainda surgirão outras potências.
- Tem muita seleção que irá chegar forte em 2016. Acredito que no Mundial serão novas seleções, muito mais bem preparadas. Esse primeiro ano pós Olimpíada é muito difícil, com muitas mudanças e nem todos se adaptam rapidamente. O Brasil e a Rússia levaram uma certa vantagem porque chegaram na final olímpica, sabem mais ou menos a caminho e estão um passo a frente. Mas, para o próximo ano, com o Mundial na Polônia, e nas Olimpíadas em 2016, vamos ter mais concorrentes.
Com seleção renovada, Brasil segue sob o comando de Bernardinho (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
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