segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Com um a menos, Galo segura o Inter e arranca o empate no Vale

Com um a menos em aproximadamente uma hora de jogo, Galo segurou a igualdade de 0 a 0 com a equipe de Dunga neste domingo, em Novo Hamburgo
 
A CRÔNICA 
 
por GLOBOESPORTE.COM

O Inter bem que tentou, mas não conseguiu acabar com a síndrome do empate no Brasileirão. Nem mesmo a expulsão de Fernandinho, que deixou o Atlético-MG com um jogador a menos por quase uma hora, ajudou o time de Dunga a quebrar a sequência de cinco jogos sem vencer. Na noite deste domingo, os donos da casa pararam em mais uma jornada inspirada de Victor e viram a partida terminar em 0 a 0 no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo.

O ex-jogador do Grêmio teve participação decisiva, ao salvar o Galo em um arremate de Scocco no primeiro tempo e outro de Leandro Damião na segunda etapa, porém, provocou a torcida do Inter depois do jogo, chutou a bola na arquibancada e acabou expulso já depois da partida. Ronaldinho Gaúcho, sempre um temor para os colorados, incomodou, mas não conseguiu dar os três pontos aos mineiros. O confronto ainda teve a expulsão de Fernandinho, que vestiu pela primeira vez a camisa do atual campeão da Libertadores, aos 36 minutos da primeira etapa, ao acertar a boca de Jorge Henrique.


Com o resultado, o Inter chegou ao quarto empate seguido, completou cinco partidas sem vitória e agora soma 22 pontos, ocupando a oitava posição. Na próxima rodada, o time de Dunga recebe o Goiás.  A partida será disputada no próximo domingo, às 18h30, no Estádio do Vale. Já o Atlético-MG acumula 16, e  está em 14º. Também no domingo, mas às 16h, o Galo pega a Portuguesa, no Independência.

Antes, porém, as duas equipes "mudam a chave" e concentram suas forças para o início da disputa das oitavas de final da Copa do Brasil. Nesta quinta-feira, às 19h30, o Colorado enfrenta o Salgueiro-PE, em Novo Hamburgo. Os comandados de Cuca, no mesmo dia, só que às 21h50, duelam com o Botafogo no Maracanã.

Em primeiro tempo quente, Fernandinho é expulso
No aniversário de três anos da segunda Libertadores, o Inter entrou em campo com o uniforme todo branco. A escolha não foi anunciada, mas remetia à final do Mundial de 2006, no Japão, quando venceu o Barcelona por 1 a 0, que tinha Ronaldinho Gaúcho, hoje no Atlético-MG, como maior estrela. Com o apoio dos 10.134 empurrando no “Camp Noia”, apelido carinhoso dado pelos colorados ao Estádio do Vale (um trocadilho entre Camp Nou, justamente a casa da equipe catalã, e a alcunha da cidade de Novo Hamburgo), o time de Dunga começou buscando as ações da partida.

Scocco contra o Atlético-MG no Vale (Foto: Alexandre Lops/Divulgação, Inter) 
Scocco foi o atacante que mais se movimentou no Inter (Foto: Alexandre Lops/Divulgação, Inter)
 
Em menos de cinco minutos, D’Alessandro passou para Scocco, que tentou driblar Victor. Ligado, o goleiro conseguiu tirar a bola com o pé. Os donos da casa seguiram em cima. No minuto seguinte, El Cabezón cruzou na cabeça de Ronaldo Alves, que torneou para fora, à direita do camisa 1 do Galo. Só que D’Ale, e também Alex, os responsáveis pela criação, sofreram com a marcação do adversário. E, aos poucos, os comandados de Cuca começaram a incomodar o sistema defensivo do Inter. Principalmente com R10, que buscava municiar os companheiros e tentava o drible sobre os adversários.

Aos 30 minutos, Ronaldinho cobrou escanteio da direita. O goleiro colorado afastou. O rebote ficou com Luan, que arriscou de fora da área. Leonardo Silva desviou para fora. Só que, seis minutos depois, quando era melhor na partida, o Galo sofreu uma perda. Fernandinho, que fazia sua estreia e incomodava a defesa gaúcha com sua jogada em velocidade, acertou com o cotovelo a boca de Jorge Henrique e foi expulso por Luiz Flávio de Oliveira. E, com um a mais, o Inter tentou abrir o placar antes do intervalo. Já nos descontos, aos 46, Scocco recebeu passe de Alex e chutou forte. Victor espalmou e salvou os visitantes.


Victor salva o Galo
Assim como ocorreu na primeira etapa, o Inter voltou mais incisivo. Logo no primeiro minuto, Fabrício cruzou rasteiro da esquerda para Jorge Henrique, que não alcançou e perdeu a oportunidade. Como D’Ale e Alex não encontravam espaços, Scocco foi buscar o jogo e, aos 15, fez um lindo lançamento para Damião. O camisa 9 observou a saída de Victor e o encobriu. Por capricho, a bola acertou o travessão.

O Galo não se assustou. Seguiu trocando passes. Ronaldinho regia o time e mostrava seu repertório, mesmo vigiado por dois adversários. Se o gás já não é mais o mesmo do auge da carreira, a qualidade permanece, como demonstrava quando devia buscar o passe, a hora do drible ou mesmo do arremate. O time tocava a bola e deixava o tempo rolar, esperando o espaço no sistema defensivo.

Aos 29, Victor mostrou o motivo de ser um dos heróis na campanha do título do Galo. Willians encontrou Fabrício na esquerda, que cruzou para Damião. O centroavante, de cara para o gol, emendou de primeira, para grande defesa do goleiro. Os minutos finais seguiram com a mesma história. O Atlético-MG permaneceu postado atrás, esperando um contra-ataque, enquanto o Inter buscou o gol. Mas não conseguiu. Final no Vale: 0 a 0.
  
 
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