A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Se o Emelec tinha a vantagem no placar e a retranca no jogo, o Fluminense tinha Fred.
Pouco mais de um mês depois de sofrer um estiramento na panturrilha
direita, o atacante voltou ao time e provou por que a torcida sentiu
tanto a falta de seu camisa 9. Na noite desta quarta-feira, na única
chance que teve, o capitão tricolor marcou o gol que abriu o caminho
para a vitória e deu alívio ao time em São Januário, em jogo que teve
duas expulsões do time equatoriano: Achillier e Quiñónez. Já no fim,
Carlinhos decretou o placar de 2 a 0 e assegurou a classificação do
Tricolor para as quartas de final da Libertadores diante de um público
de 12.323 pagantes (14.469 presentes). A renda da partida foi de R$
449.060,00.
- Independentemente de qualquer coisa, a gente tem que se preocupar com o lado humano. Vamos apoiar nossos irmãos, casos do Deco (também pego no antidoping) e do Michael, que é mais complicado, mas tenho certeza de que vai sair dessa - disse Fred, que sentiu o cansaço e pediu para sair no fim de jogo - Estou morto de corpo inteiro, mas zero preocupação na questão muscular. Só cansaço mesmo.
Na próxima fase, o Fluminense espera quem passar de Tigre, da Argentina, e Olimpia, do Paraguai. No jogo de ida, na Argentina, vitória dos donos da casa por 2 a 1. A partida de volta será no dia 16, às 22h (de Brasília), no Defensores del Chaco, em Assunção. Se os argentinos se classificarem, o Tricolor vai decidir a vaga em casa. Caso os paraguaios passem, o primeiro jogo do Flu será no Rio de Janeiro.
Em meio a pancadas, Fred aproveita única chance
Além da retranca, com três volantes no meio e um zagueiro improvisado na lateral esquerda, as excessivas faltas do Emelec pararam o Fluminense no início de jogo. Em menos de 25 minutos, o time equatoriano já tinha três cartões amarelos, para Achilier, Bagüi e Wila. O Tricolor só conseguiu levar perigo quando o goleiro Dreer falhou e quase aceitou uma cabeçada fraca de Thiago Neves. Mas a tática visitante não foi só parar as jogadas, e sim preparar uma armadilha que por muito pouco não deu certo. Em passes errados de Thiago Neves e Jean, De Jesús e Valencia saíram na cara do gol e só pararam em Cavalieri.
Os sustos na torcida tricolor eram amenizados a cada olhar para o ataque. Fred estava lá. A esperança de gols do Flu sofreu com a dura marcação, mas conseguiu aproveitar sua única oportunidade em uma das muitas bolas paradas que o time teve no primeiro tempo. Aos 28 minutos, o camisa 9 se livrou da marcação de Nasuti na área e, de cabeça, mandou para a rede o cruzamento de Jean. A vantagem trocou de lado, e o Emelec teve que se arriscar mais no ataque. Mesmo com mais campo, o Tricolor não soube aproveitar os espaços.
Emelec perde dois, e Carlinhos faz um
O Emelec voltou para a pressão na etapa final. Aos cinco minutos, após jogada de Quiñónez, De Jesús entrou na pequena área e dividiu com Carlinhos. O lateral conseguiu o corte, mas a bola passou raspando o travessão. O Fluminense sentiu o desgaste dos últimos jogos, recuou demais e manteve os equatorianos no campo de ataque. Sorte que, a cada passe errado, os adversários não tinham paciência e arriscavam chutes de longe, ora sem força, ora sem direção. Fred, Bruno e Wagner não aguentaram o cansaço e pediram para sair. Mas Abel já havia trocado um apagado Thiago Neves por Rhayner, e só pôde atender o pedido de dois: Diguinho entrou no lugar de Bruno - deslocando Jean para a lateral -, e Samuel, no de Fred. Wagner ficou no sacrifício.
A apreensão da torcida (um gol equatoriano faria a vaga escapar) só acabou quando os adversários voltaram a abusar das faltas. Achillier, que já havia acertado o rosto de Fred, fez o mesmo com Wagner e foi expulso. Depois, foi a vez de Quiñónez entrar de carrinho em Rhayner e receber o segundo amarelo. Com mais espaço, o Flu matou o jogo no contra-ataque: Aos 39 minutos, Samuel abriu para Rhayner na direita, ele foi ao fundo e cruzou rasteiro para Carlinhos, livre, completar para a rede com o gol vazio. O placar poderia até ser maior, não fosse o nervosismo que se transformou em chutões e passes equivocados no ataque. Nada que estragasse a festa da torcida e a volta do cântico "time de guerreiros".
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Apesar dos sustos com a pressão do Emelec, que havia vencido o jogo de
ida por 2 a 1, a torcida voltou a cantar "time de guerreiros" após duas
derrotas seguidas e a perda do título da Taça Rio, segundo turno do
Campeonato Carioca. No fim do jogo, os tricolores no estádio também
manifestaram apoio a Michael, atacante que foi flagrado no antidoping por uso de cocaína
após a vitória sobre o Resende, no dia 6 de abril, pelo Campeonato
Carioca. Os torcedores gritaram o nome do jogador, que assistiu à
partida de um dos camarotes de São Januário.- Independentemente de qualquer coisa, a gente tem que se preocupar com o lado humano. Vamos apoiar nossos irmãos, casos do Deco (também pego no antidoping) e do Michael, que é mais complicado, mas tenho certeza de que vai sair dessa - disse Fred, que sentiu o cansaço e pediu para sair no fim de jogo - Estou morto de corpo inteiro, mas zero preocupação na questão muscular. Só cansaço mesmo.
Na próxima fase, o Fluminense espera quem passar de Tigre, da Argentina, e Olimpia, do Paraguai. No jogo de ida, na Argentina, vitória dos donos da casa por 2 a 1. A partida de volta será no dia 16, às 22h (de Brasília), no Defensores del Chaco, em Assunção. Se os argentinos se classificarem, o Tricolor vai decidir a vaga em casa. Caso os paraguaios passem, o primeiro jogo do Flu será no Rio de Janeiro.
Fred e o faro de artilheiro: na volta ao Flu, fez o gol da vitória sobre o Emelec em São Januário (Foto: AFP)
Além da retranca, com três volantes no meio e um zagueiro improvisado na lateral esquerda, as excessivas faltas do Emelec pararam o Fluminense no início de jogo. Em menos de 25 minutos, o time equatoriano já tinha três cartões amarelos, para Achilier, Bagüi e Wila. O Tricolor só conseguiu levar perigo quando o goleiro Dreer falhou e quase aceitou uma cabeçada fraca de Thiago Neves. Mas a tática visitante não foi só parar as jogadas, e sim preparar uma armadilha que por muito pouco não deu certo. Em passes errados de Thiago Neves e Jean, De Jesús e Valencia saíram na cara do gol e só pararam em Cavalieri.
Os sustos na torcida tricolor eram amenizados a cada olhar para o ataque. Fred estava lá. A esperança de gols do Flu sofreu com a dura marcação, mas conseguiu aproveitar sua única oportunidade em uma das muitas bolas paradas que o time teve no primeiro tempo. Aos 28 minutos, o camisa 9 se livrou da marcação de Nasuti na área e, de cabeça, mandou para a rede o cruzamento de Jean. A vantagem trocou de lado, e o Emelec teve que se arriscar mais no ataque. Mesmo com mais campo, o Tricolor não soube aproveitar os espaços.
Junto a Fred, Carlinhos foi o destaque da partida contra o Emelec (Foto: Marcelo Theobald / Ag. O Globo)
O Emelec voltou para a pressão na etapa final. Aos cinco minutos, após jogada de Quiñónez, De Jesús entrou na pequena área e dividiu com Carlinhos. O lateral conseguiu o corte, mas a bola passou raspando o travessão. O Fluminense sentiu o desgaste dos últimos jogos, recuou demais e manteve os equatorianos no campo de ataque. Sorte que, a cada passe errado, os adversários não tinham paciência e arriscavam chutes de longe, ora sem força, ora sem direção. Fred, Bruno e Wagner não aguentaram o cansaço e pediram para sair. Mas Abel já havia trocado um apagado Thiago Neves por Rhayner, e só pôde atender o pedido de dois: Diguinho entrou no lugar de Bruno - deslocando Jean para a lateral -, e Samuel, no de Fred. Wagner ficou no sacrifício.
A apreensão da torcida (um gol equatoriano faria a vaga escapar) só acabou quando os adversários voltaram a abusar das faltas. Achillier, que já havia acertado o rosto de Fred, fez o mesmo com Wagner e foi expulso. Depois, foi a vez de Quiñónez entrar de carrinho em Rhayner e receber o segundo amarelo. Com mais espaço, o Flu matou o jogo no contra-ataque: Aos 39 minutos, Samuel abriu para Rhayner na direita, ele foi ao fundo e cruzou rasteiro para Carlinhos, livre, completar para a rede com o gol vazio. O placar poderia até ser maior, não fosse o nervosismo que se transformou em chutões e passes equivocados no ataque. Nada que estragasse a festa da torcida e a volta do cântico "time de guerreiros".
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