domingo, 13 de setembro de 2015

PC reconhece tempo como influência em revés do JEC, mas contém críticas

Treinador não esconde o aborrecimento por enfrentar o Corinthians depois de tempo mínimo de intervalo entre jogos, mas não crê em fator único para derrota por 3 a 0



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São Paulo



O curto tempo entre do empate com a Chapecoense e o revés para o Corinthians poderia ser utilizado como justificativa para a derrota por 3 a 0 neste domingo. No entanto, o técnico PC Gusmão, reconheceu que a situação teve influência no resultado. No entanto, não quis utiliza-la como o motivo do 13º insucesso da equipe no Campeonato Brasileiro. Para o treinador, o resultado negativo não foi “anormal” e considerou que as três substituições em decorrência de lesões foram um problema a mais no confronto.

- Não eram inesperadas (as lesões) em função da forma que jogo foi marcado. Jogar na quinta e domingo de manhã causou preocupação. Quando falei que tinha que ver quem estava mais inteiro ou não jogou é porque o time vem numa batida grande, mesmo quem ficou um período fora sofreu a sobrecarga. O grupo é pequeno, as opções não são do nível que gostaria. A gente sabia que isso poderia ocorrer. Perdemos o Anselmo, que estava bem no jogo, e o time bem postado, com proposta de contra-ataque encaixando. Com a perda dele, perdemos quem rouba a bola e arma. Ficamos sem o Naldo, com lesão no joelho, teve que sair. Tivemos que mexer para equilibrar o jogo, suprir as ausências e não foi da maneira que esperávamos. A derrota não é anormal, pela forma que o Corinthians joga, pela competitividade quem tem. O problema foi a forma de mexer para recompor e com qualidade deles, definiram o jogo. Temos que começar a remontar para a quarta-feira - disse o treinador na entrevista coletiva após o jogo na Arena Corinthians.

O lateral-esquerdo Diego e os volantes Anselmo e Naldo deixaram a partida em virtude de lesões ou contusões. O técnico tentou recompor a equipe com as entradas de Alef, Danrlei e Domingues, respectivamente. Coube ao técnico PC Gusmão manter ao menos a formação, sem poder fazer uma alteração tática. Ainda que reconheça que o curto tempo de recuperação tenha sido preponderante, tentou ao máximo tecer críticas à Confederação Brasileiro da Futebol (CBF) por impor ao JEC um intervalo mínimo de 60 horas entre duas partidas.

PC Gusmão Joinville (Foto: Marcos Ribolli)PC Gusmão, na partida diante do Timão
(Foto: Marcos Ribolli)


- A gente não pode ficar falando muito porque é punido pelo que fala. A gente cumpre, o Joinville procura cumprir a determinação. Não é este jogo apenas, tem o outro domingo que vem, às 11h em Goiânia, outra dificuldade grande. Temos que cumprir. Esta parte cabe a vocês (imprensa), se a gente faz pode servir de argumento para algo. O (superintendente de futebol João Carlos) Maringá falou algo, e em seguida a CBF mudou este jogo das 16h para as 11h. Não sei se teve alguma influência. Eu prefiro falar mais do jogo, do que ocorreu, pensar no próximo compromisso do que falar da entidade que rege o futebol – apontou PC.

O JEC volta para casa e na segunda-feira inicia os preparativos ao confronto seguinte no Campeonato Brasileiro e para tentar sair do vice-lanterna. Na quarta-feira, às 19h30 e na Arena Joinville, a equipe recebe o Sport.


Leia em instantes os principais pontos da entrevista coletiva

Análise da partida
- O Corinthians é um time que não se afoba com a bola no pé, não é líder à toa. É difícil empatar com o Corinthians, tem a defesa menos vazada. Fala que não é à toa porque é uma equipe bem montada, estruturada, com reposição bem feita. Sabíamos que assim seria, tentamos igualar as forças e ter a transição (ao ataque)n da melhor maneira. O Corinthians tem méritos. A gente conhece nossas limitações, não pode encobri-las. Sabemos que erros ocorrem, têm ocorrido, e a gente procura corrigir. Nossa equipe começou bem o jogo, e perdemos jogadores importantes. Fizeram o primeiro e poderiam ter feito antes. No segundo tempo tentamos encaixar alguma bola, teve uma que o Felipe salvou. Depois disso, o Corinthians tomou rédea do jogo, tocou bem a bola e dificultou bastante a nossa marcação. Não adianta mais pensar em Corinthians. Temos que corrigir e pensar no Sport em casa. 

Erros da defesa- A gente vem procurando corrigir, e mostrar. A gente tem trabalhado com os atletas que a gente tem. São os que temos, quem vem batida grande e dão a resposta. Temos dificuldade, também em várias posições. Erramos muito, a questão não é a jogada, aonde vai, mas a origem. Tem que ter um jogador para matar. A gente tem corrigido, melhorado na marcação. Não se pode criticar apenas uma posição, mas ver o todo. É hora de falar e corrigir. O grupo é esse e é com eles que contamos para conseguir sair da situação em que estamos. Não podemos perder jogadores, não tem muita peça. 


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