domingo, 13 de setembro de 2015

Para Levir, empate no clássico é ruim para a tabela, mas fortalece o Galo

Para treinador atleticano, 1 a 1 com o Cruzeiro não ajuda na busca pela liderança, mas circunstâncias da partida beneficiam para time atleticano ganhar confiança



Por
Belo Horizonte


O Cruzeiro 1 x 1 Atlético-MG teve todos os ingredientes de um clássico. Jogo disputado, gol no fim e até pênalti perdido ajudaram a construir a história de mais uma partida do principal duelo do futebol mineiro, válida pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro (veja os gols no vídeo abaixo). E o fator surpresa na partida foi o principal assunto do técnico Levir Culpi em sua análise do jogo.


O treinador do Atlético-MG destacou o domínio atleticano no jogo, elogiou a disposição cruzeirense na partida e comentou o que representa o empate no fim para a sequência do Atlético-MG no Brasileirão.

- Antes da partida, ninguém imaginava que isso ia acontecer, por isso que o futebol é interessante. As coisas que aconteceram no jogo, raramente serão repetidas. Se houve um empate justo nesse campeonato, foi esse. Porque o empenho, principalmente no aspecto físico e defensivo do Cruzeiro, foi muito bom. E nós tentamos articular as jogadas atrás do empate. Tivemos o domínio da partida, mas as jogadas que aconteceram foram muito interessante. Já me disseram que foi fora da área, que não foi pênalti. Mas independentemente disso, o Victor foi protagonista, decidiu mais uma vez e fez justiça ao placar. Não foi aquele jogo bonito, cadenciado, mas eu acho que, mesmo com o resultado matematicamente ruim, nós saímos abraçados e fortalecidos.

Levir Culpi, técnico do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)
Levir Culpi viu pontos positivos no empate 
em 1 a 1 com o Cruzeiro no clássico deste 
domingo (Foto: Bruno Cantini/CAM)


Levir Culpi ressaltou o fato do time sair fortalecido, até mesmo pelas condições adversas que o Galo encontrou no Mineirão. Diante de 40 mil torcedores do Cruzeiro, a torcida do Atlético-MG não desanimou e abraçou o time.

- Fortalecidos, porque nós tínhamos cinco mil torcedores, e eles não abandonaram o time nunca. Mesmo com a gente perdendo, nós lutamos muito. Jogar contra 40 mil torcedores do Cruzeiro é uma pressão a mais. Eles praticamente optaram pelo contra-ataque, e nós optamos pela posse de bola e pelo jogo ofensivo normal. Foi bacana o clássico. Matematicamente ruim, mas saímos fortalecidos.


Veja outros temas abordados pelo técnico Levir Culpi após a partida:

Sobre a entrada de Carlos no lugar de Patric
- Não pensei na estrela, eu pensei na parte técnica, tática, na velocidade que ele tem para cortar na diagonal. Essas alterações, três por partida, elas acontecem. Eu não falo tudo que penso para vocês, não tenho interesse algum. A gente passa superficialmente, mas algumas coisas são evidentes, todo mundo vê.

Patric ao invés de Dátolo no início do jogo
- Passa na cabeça da gente algumas coisas. O técnico pensa em todas as situações, ele achou que tirando a referencia ele usar os velocistas, e isso é uma situação bem perigosa. Nosso time joga adiantado, ele podia cortar na diagonal, porque são três atacantes muito rápidos. A gente pensa em tudo, mas a repetição da uma consistência no que a gente pensa. Se cada jogo pensa alguma coisa, cada jogo é um time. Então a gente sempre pode fazer alguma coisa como foi o caso do Atlético-MG.

Marcos Rocha, lateral do Atlético-MG (Foto: Douglas Magno)Marcos Rocha recebeu terceiro amarelo e não pega o Santos na quarta (Foto: Douglas Magno)


O estilo de jogo do Atlético-MG
- Elogiável a posição defensiva do Cruzeiro, uma porte físico avantajado, muito fechado na defesa. Então fica difícil penetrar. Nós usamos muito as laterais do campo, que eu achei que era o caminho. Achei que dava para usar as laterais para fazer mais jogadas, mas pelo que aconteceu no jogo, não a do que se queixar.

Sobre as suspensões de Rocha e Donizete
- Eu penso que vai ficar melhor sem eles. Eles não vão poder viajar e não vão poder ajudar a gente. Outros dois vão jogar e esses sim vão ajudar a gente. Não penso no receio da ausência, porque se eu ficar preocupado não vou resolver nada.

Bom clássico no Mineirão
- Eu saio mais ou menos como os torcedores. Foi um mix de emoções. Hora queria morrer, hora matar um, hora comemorar, porque foi um clássico legal. Teve muitos momentos. Vivemos ótimos momentos, e acho que o clássico tem que ser assim.


FONTE:

Nenhum comentário: