Para treinador atleticano, 1 a 1 com o Cruzeiro não ajuda na busca pela liderança, mas circunstâncias da partida beneficiam para time atleticano ganhar confiança
O Cruzeiro 1 x 1 Atlético-MG teve todos os ingredientes de
um clássico. Jogo disputado, gol no fim e até pênalti perdido ajudaram a
construir a história de mais uma partida do principal duelo do futebol mineiro,
válida pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro (veja os gols no vídeo abaixo). E o fator surpresa na partida
foi o principal assunto do técnico Levir Culpi em sua análise do jogo.
O treinador do Atlético-MG destacou o domínio atleticano no
jogo, elogiou a disposição cruzeirense na partida e comentou o que representa o empate no fim
para a sequência do Atlético-MG no Brasileirão.
- Antes da partida, ninguém imaginava que isso ia acontecer,
por isso que o futebol é interessante. As coisas que aconteceram no jogo,
raramente serão repetidas. Se houve um empate justo nesse campeonato, foi esse.
Porque o empenho, principalmente no aspecto físico e defensivo do Cruzeiro, foi
muito bom. E nós tentamos articular as jogadas atrás do empate. Tivemos o
domínio da partida, mas as jogadas que aconteceram foram muito interessante. Já
me disseram que foi fora da área, que não foi pênalti. Mas independentemente disso, o
Victor foi protagonista, decidiu mais uma vez e fez justiça ao placar. Não
foi aquele jogo bonito, cadenciado, mas eu acho que, mesmo com o resultado
matematicamente ruim, nós saímos abraçados e fortalecidos.
Levir Culpi viu pontos positivos no empate
em 1 a 1 com o Cruzeiro no clássico deste
domingo (Foto: Bruno Cantini/CAM)
Levir Culpi ressaltou o fato do time sair fortalecido, até
mesmo pelas condições adversas que o Galo encontrou no Mineirão. Diante de 40 mil
torcedores do Cruzeiro, a torcida do Atlético-MG não desanimou e abraçou o
time.
- Fortalecidos, porque nós tínhamos cinco mil torcedores, e
eles não abandonaram o time nunca. Mesmo com a gente perdendo, nós lutamos
muito. Jogar contra 40 mil torcedores do Cruzeiro é uma pressão a mais. Eles
praticamente optaram pelo contra-ataque, e nós optamos pela posse de bola e pelo
jogo ofensivo normal. Foi bacana o clássico. Matematicamente ruim, mas saímos
fortalecidos.
Veja outros temas abordados pelo técnico Levir Culpi após a
partida:
Sobre a entrada de Carlos no lugar de Patric
- Não pensei na estrela, eu pensei na parte técnica, tática,
na velocidade que ele tem para cortar na diagonal. Essas alterações, três por
partida, elas acontecem. Eu não falo tudo que penso para vocês, não tenho
interesse algum. A gente passa superficialmente, mas algumas coisas são
evidentes, todo mundo vê.
Patric ao invés de Dátolo no início do jogo
- Passa na cabeça da gente algumas coisas. O técnico pensa
em todas as situações, ele achou que tirando a referencia ele usar os
velocistas, e isso é uma situação bem perigosa. Nosso time joga adiantado, ele
podia cortar na diagonal, porque são três atacantes muito rápidos. A gente
pensa em tudo, mas a repetição da uma consistência no que a gente pensa. Se
cada jogo pensa alguma coisa, cada jogo é um time. Então a gente sempre pode
fazer alguma coisa como foi o caso do Atlético-MG.
Marcos Rocha recebeu terceiro amarelo e não pega o Santos na quarta (Foto: Douglas Magno)
O estilo de jogo do Atlético-MG
- Elogiável a posição defensiva do Cruzeiro, uma porte
físico avantajado, muito fechado na defesa. Então fica difícil penetrar. Nós
usamos muito as laterais do campo, que eu achei que era o caminho. Achei que
dava para usar as laterais para fazer mais jogadas, mas pelo que aconteceu no
jogo, não a do que se queixar.
Sobre as suspensões de Rocha e Donizete
- Eu penso que vai ficar melhor sem eles. Eles não vão poder
viajar e não vão poder ajudar a gente. Outros dois vão jogar e esses sim vão
ajudar a gente. Não penso no receio da ausência, porque se eu ficar preocupado
não vou resolver nada.
Bom clássico no Mineirão
- Eu saio mais ou menos como os torcedores. Foi um mix de
emoções. Hora queria morrer, hora matar um, hora comemorar, porque foi um
clássico legal. Teve muitos momentos. Vivemos ótimos momentos, e acho que o
clássico tem que ser assim.
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