Técnico diz ter surpreendido o Atlético-PR ao escalar o time com Negueba no meio e Wellington Paulista aberto pela direita. Equipe termina a rodada na vice-liderança
O técnico Marquinhos Santos apontou o "nó tático" como um dos fatores decisivos para a vitória do Coritiba por 2 a 0 sobre o Atlético-PR, na noite deste domingo, no Couto Pereira. Ele acredita ter surpreendido o comandante rubro-negro, Marcelo Vilhena, ao escalar sua equipe com Negueba no meio-campo e com Wellington Paulista aberto pela direita.
Com essa formação ofensiva, o Coxa teve domínio nos primeiros minutos e marcou os gols com o atacante Rafhael Lucas e o volante Alan Santos.
- Tínhamos que procurar, dentro da proposta do Marcelo (Vilhena), equilibrar os setores, e eu imaginei que o Negueba por dentro poderia causar esse desequilíbrio. Acredito que o Marcelo não esperava essa postura tática da nossa equipe, com o Wellington Paulista com força pelo lado do campo, bloqueando o Sidcley, e o Carlinhos batendo com o Mário Sérgio em cima, que é uma jogada forte do Atlético. Essa postura fez com que adiantássemos o João (Paulo) também para fazer a marcação mais adiantada e o Alan, com a qualidade na saída de bola - falou o treinador em entrevista coletiva na sala de imprensa do Coxa após a partida.
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O resultado deixa o Coritiba isolado na vice-liderança, com 12 pontos. No começo da rodada, ele estava empatado com o Londrina. O time segue atrás do JMalucelli, que tem 13 pontos.
Satisfeito pela apresentação do Coxa neste domingo, Marquinhos Santos só criticou um aspecto: os gols perdidos quando o placar já estava 2 a 0. Em um mesmo lance, os atacantes Rafhael Lucas e Mazinho desperdiçaram oportunidades cara a cara com o goleiro Lucas Macanhan. O próprio Mazinho, que entrou durante o segundo tempo, ficou no quase em outros dois lances.
- Tivemos um primeiro tempo forte, em que alcançamos o resultado provisório. Depois, mais uma postura equilibrando os setores, esperando a equipe deles, que sabíamos que se lançaria à frente, para que tivéssemos uma bola para fazer o terceiro gol. Até tivemos. Foram quatro situações. Poderíamos ter alcançado o terceiro gol, mas os atletas estão de parabéns porque é um grupo que trabalha muito forte, que busca, a cada jogo, a cada treino, uma evolução. A gente sabe que está em início de trabalho, que a equipe está em formação - completou.
Técnico Marquinhos Santos só critica um aspecto
do jogo: os gols perdidos (Foto: Site
oficial do Coritiba/Divulgação)
Confira outras declarações de Marquinhos Santos durante a coletiva:
Supremacia do Coritiba
- Foi um conjunto de fatores, mas eu coloco muito na conta do trabalho. É um grupo que trabalha demais, os atletas trabalham muito. Como eu falei na coletiva que fizemos aqui (quinta-feira), a diferença não é tão grande. A terminologia do sub-23, eles têm uma média de 23 anos. E a nossa, colocada em campo hoje, é uma média de 25 anos. Eu até falei que tirei o Rosinei para equilibrar. Falei e fiz. Mas é a qualidade do trabalho. A diferença não é tão exorbitante assim na questão da idade, e a experiência também. São atletas já com rodagem internacional, como o Gustavo Marmentini, tem o Matteus. Então, a gente soube aproveitar bem a semana e o fator torcida, né? O que a torcida faz, jogando junto com a equipe, é incrível. O que eles têm demonstrado nos últimos anos, e hoje foi mais uma vez, eles empurram a equipe, e a equipe ali dentro sente a vibração que vem de arquibancada.
Desfalque e esquema tático
- Já não dá para repetir a escalação (contra o Prudentópolis) porque o Leandro (Almeida) tomou o terceiro (cartão amarelo), mas é uma formação que me agrada. É uma linha trabalhada à moda europeia, fixando um jogador pelo lado do campo. Nós fizemos isso ano passado e deu resultado. Então, são variações táticas que usamos e procuramos trabalhar justamente para que os atletas saibam as funções que precisam ser exercidas. Cada jogo tem sua história, e nenhum sistema tem sua validade permanente. Então, a cada jogo, a gente vem pensando, vem trabalhando buscando a melhor formação e a evolução dessa equipe.
Leque de opções no grupo
O próprio Cáceres é um jogador que há um tempo não jogava. Então, coloquei até para que ele sentisse e começasse a ver essa adaptação ao próprio grupo. É um grupo que vem se fortalecendo, e é o que eu falo para eles. Eles se escalam, é o treinamento. Eu procuro ser coerente com as minhas convicções, mas depende do que vem sendo trabalhado por eles. Não só o dia a dia, mas o jogo. Uma prova disso é o Rafhael Lucas, que ganhou a posição na pré-temporada e vem mantendo. Sou um treinador que não costumo fixar o sistema nem as peças, procurando dar oportunidade para aqueles que estão em melhores condições. Aqueles que aproveitam as oportunidades acabam tendo continuidade.
FONTE:
http://glo.bo/1FMUYgH
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