segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Perto do bi, Ágatha prefere não pensar no futuro: 'É pressão desnecessária'

Após conquistar título em João Pessoa, paranaense e carioca ficam 80 pontos na frente de Juliana e Maria Elisa, vice-líderes do ranking, a uma etapa do fim

Por Direto de João Pessoa, PB

A um passo do bicampeonato brasileiro, Ágatha e Bárbara Seixas vivem uma das melhores fases da carreira. A única vez em que não subiram ao pódio no torneio nacional aconteceu na abertura da temporada 2013/2014, em Recife (PE). Nas sete etapas seguintes, só  deu elas: terceiro lugar em Vitória (ES) e no Rio de Janeiro (RJ), campeãs no Guarujá (SP), vice em São José (SC), campeãs de novo em São Luís (MA), terceiro em Natal (RN), fechando com o título em João Pessoa (PB). Após a conquista na Praia de Cabo Branco, cartão-postal da capital paraibana, a dupla chegou aos 2.800 pontos, superando as vice-líderes do ranking, Juliana e Maria Elisa (2.720), a uma etapa do fim. A decisão será em Maceió (AL), de 21 a 23 de março.

Ágatha e Bárbara comemoração vôlei de praia Paraíba (Foto: CBV) 
Ágatha e Bárbara podem ser campeãs na etapa 
de Maceió, de 21 a 23 de março (Foto: CBV)
 
- A palavra que define a nossa temporada é regularidade. Estamos muito focadas no Circuito Brasileiro e achamos que temos a chances de levar o bicampeonato, mas temos a consciência de que não vai ser fácil. O nível das duplas é muito alto. Fizemos vários jogos 2 a 1, o que prova que chegar em primeiro não é uma coisa tranquila. Damos o nosso melhor em todos os jogos. E a nossa agressividade de querer ganhar, encarando cada um como o “jogo da vida” tem feito a diferença. Pensamos no presente. Pensar a longo prazo gera uma pressão e uma ansiedade desnecessárias – analisou Ágatha, que atingiu a marca de 300 vitórias em João Pessoa, cidade onde conquistou o seu primeiro título ao lado de Bárbara.

Nascida em Curitiba e criada em Paranaguá, onde deu os primeiros passos no vôlei de praia, ela espera repetir o bom desempenho da capital paraibana em Alagoas.

- A expectativa para a etapa de Maceió é a melhor. Se formos merecedoras, vamos ficar muito felizes de conquistar o título. Se isso acontecer, vai ser um trabalho conquistado depois de muito suor, dedicação e sacrifício. Eu tenho certeza que as outras duplas também fazem isso. A disputa acirrada é sinal de que todo mundo trabalha muito, mas estamos sempre tentando nos cercar para evitar os erros, trabalhando a parte física, técnica e psicológica. Até com o descanso a gente se preocupa, assim como a alimentação. São muitas áreas envolvidas. O jogar da etapa é só o final porque fazemos muita coisa antes de chegar aqui.

O técnico da dupla, Rico de Freitas, endossa as palavras da atleta e destaca que a regularidade é fruto de um amadurecimento da dupla, que completa três anos em maio.

- A gente acredita que o trabalho duro pode ser recompensado no final das contas. Desde janeiro de 2013, se não me engano, fizemos todas as semifinais, não ficaram no pódio em apenas uma etapa e isso demonstra a regularidade e o amadurecimento delas como atletas. O vôlei de praia é um esporte quase individual, por isso, trabalhamos no que cada uma precisa melhorar. Temos uma equipe grande por trás que está mostrando muita competência. Tentamos dar a elas as melhores condições de treinamento, com planejamento e organização. Se entrarmos em quadra para fazer o nosso melhor, a consequência é a vitória.

Além do entrosamento dentro de quadra, Ágatha e Bárbara tornaram-se amigas. Conhecem os limites de cada uma, sabem quando precisam recuar, incentivar ou até mesmo puxar a orelha da outra. A química entre as duas é um dos principais ingredientes do sucesso das atletas, que irão disputar a próxima temporada do Circuito Mundial juntas. Após uma mudança nas regras de convocação da seleção brasileira, no ano passado, Ágatha jogou ao lado de Maria Elisa, enquanto Bárbara formou uma parceria com Lili.

Agatha e Bárbara Seixas final vôlei de praia feminina (Foto:  Paulo Frank / CBV) 
Jogadoras mantém amizade fora de quadra 
(Foto: Paulo Frank / CBV)
 
- A Ágatha é uma pessoa muito astral e construímos uma amizade fora da quadra. Isso é importante porque a gente conversa mais, troca mais informação e sabe que tudo que fazemos é para o nosso crescimento. Sempre temos o intuito de ajudar uma a outra, independentemente da situação. E você saber como agir é fundamental porque as pessoas são diferentes e tem cabeças diferentes. Se você não se adapta à personalidade da outra pessoa, não tem como formar uma equipe com sintonia. Ficamos muito felizes por saber que poderemos jogar o Circuito Mundial. 

Fomos pegas de surpresa com as mudanças na seleção e fomos separadas. A gente vem fazendo um excelente trabalho, que vem dando resultados, por isso, queremos dar continuidade. Acho que contra fatos não há argumentos.


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-brasileiro-de-volei-de-praia/noticia/2014/02/perto-do-bi-agatha-prefere-nao-pensar-no-futuro-e-pressao-desnecessaria.html
 

Nenhum comentário: