Quase sem críticas de tenistas e com sucesso de público, torneio tem arquibancadas com 'buracos' nos últimos dias, quando ingressos estariam esgotados, e outras falhas
Mesmo com ingressos esgotados, quadra central
não ficou lotada um dia sequer do Rio Open
(Foto: Matheus Tibúrcio)
Logo no primeiro dia de venda online, os
ingressos para os três últimos dias do torneio se esgotaram. Um lote foi
disponibilizado no Jockey Club Brasileiro, sede do evento, em janeiro, e as
entradas para esses dias também acabaram rapidamente. Porém, quem não conseguiu
ingresso e teve que assistir o evento pela televisão viu cadeiras vazias nesses dias, até mesmo na final
entre Rafael Nadal e Alexandr Dolgopolov, e se irritou. Luiz Carvalho explica que
o motivo dos "buracos" nas arquibancadas se deveu a convidados e
pessoas ligadas direta ou indiretamente a patrocinadores que não compareceram.
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- Assim como qualquer evento, a gente tem uma entrega de ingressos para patrocinadores e parceiros. Não é uma garantia que essas pessoas que tiverem o ingresso vão vir. É muito mais garantido quando uma pessoa compra o ingresso. Isso acontece em todos os eventos, é natural. Mas isso é um ajuste que teremos que fazer em relação ao número de ingressos que a gente deve ceder para patrocinadores e o que é o correto para ceder para eles para que se tenha um estádio realmente cheio - explicou.
Daqueles que conseguiram ingresso, alguns
criticaram a estrutura montada para o evento. Falta de estacionamento no local
e filas para alimentação e banheiro eram os problemas mais indicados pelos
torcedores, sobretudo aqueles que foram ao Jockey somente no horário de pico,
quando Nadal estava em quadra. Na sexta-feira, quando Thomaz Bellucci foi derrotado por David Ferrer nas quartas de final,
muitos lamentaram também o fato de a partida ter ficado paralisada por
duas horas devido a uma queda de luz em refletores da quadra central.
Problemas nos refletores interrompeu partida
entre Bellucci e Ferrer pelas quartas de final
(Foto: Matheus Tiburcio)
Mais público do que o esperado
Tenista mais querido pelos fãs no Rio,
Nadal chegou a dizer que as bolas utilizadas no torneio, aprovadas pela
ATP para utilização em qualquer competição profissional do circuito,
eram ruins. Outros, como Ferrer, disseram que ela é muito "viva" em
quadra. O fundo das quadras também foi alvo de observações pelo volume
de terra que estavam acumulando nos primeiros dias.
Soares chamou quadra 1,onde cabiam 1.200 pessoas, de 'caldeirãozinho' (Foto: Editoria de arte)
Fora isso, Nadal foi só elogios à organização e aos
torcedores. Porém, se limitando o máximo possível a deslocamentos pela Zona Sul da
cidade, onde ficam o hotel em que estava hospedado e o Jockey, o tenista espanhol
criticou o trânsito do Rio para ao mesmo tempo enaltecer o povo latino, em que se enquadram os brasileiros.
- Toda cidade tem suas complicações. Tem
muito trânsito aqui. Evidentemente é uma cidade latina, e os latinos sempre têm
um caráter um pouco mais animado e desorganizado, o que faz com que tenham uma
vida sempre especial. O que esses países têm de trânsito, as pessoas o suprem com
carinho, com a energia positiva que transmitem - comentou Nadal.
De fato o público foi um dos grandes
destaques do Rio Open. Foram 58 mil pagantes, contando todos os dias de
evento. Mesmo que a maioria dos jogos da
manhã e aqueles debaixo do forte sol carioca tenham tido arquibancadas
com
pouca gente, quando essas condições não se faziam presentes os
torcedores
prestigiaram as partidas de Nadal e dos tenistas brasileiros, sobretudo
Bellucci, Teliana Pereira, Bruno Soares e Marcelo Melo. A quadra 1, que
tinha
capacidade para 1.200 pessoas - a central possuía 6.200 lugares -
inclusive foi apontada por Soares como um
"caldeirãozinho".
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2014/02/no-ano-de-estreia-rio-open-promete-ajustes-apos-final-ter-cadeiras-vazias.html
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