segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Em boa estreia, Rio Open promete ajustes após final ter cadeiras vazias

Quase sem críticas de tenistas e com sucesso de público, torneio tem arquibancadas com 'buracos' nos últimos dias, quando ingressos estariam esgotados, e outras falhas

Por Rio de Janeiro

Estreando no calendário da ATP e da WTA neste ano com expectativa de público superada, o Rio Open cumpriu o papel de organizar o maior campeonato de tênis da América do Sul, mas ainda apresenta espaço para melhorar. É o que garante o diretor do torneio, Luiz Carvalho. De acordo com ele, o evento agradou os tenistas e os espectadores em geral. Porém, problemas de infraestrutura e cadeiras vazias até mesmo no dia das finais, no domingo, expuseram falhas que ele promete que serão estudadas para o próximo ano.

tênis rafael nadal rio open (Foto: Matheus Tibúrcio) 
Mesmo com ingressos esgotados, quadra central 
não ficou lotada um dia sequer do Rio Open 
(Foto: Matheus Tibúrcio)

Logo no primeiro dia de venda online, os ingressos para os três últimos dias do torneio se esgotaram. Um lote foi disponibilizado no Jockey Club Brasileiro, sede do evento, em janeiro, e as entradas para esses dias também acabaram rapidamente. Porém, quem não conseguiu ingresso e teve que assistir o evento pela televisão viu cadeiras vazias nesses dias, até mesmo na final entre Rafael Nadal e Alexandr Dolgopolov, e se irritou. Luiz Carvalho explica que o motivo dos "buracos" nas arquibancadas se deveu a convidados e pessoas ligadas direta ou indiretamente a patrocinadores que não compareceram.   


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- Assim como qualquer evento, a gente tem uma entrega de ingressos para patrocinadores e parceiros. Não é uma garantia que essas pessoas que tiverem o ingresso vão vir. É muito mais garantido quando uma pessoa compra o ingresso. Isso acontece em todos os eventos, é natural. Mas isso é um ajuste que teremos que fazer em relação ao número de ingressos que a gente deve ceder para patrocinadores e o que é o correto para ceder para eles para que se tenha um estádio realmente cheio - explicou.

Daqueles que conseguiram ingresso, alguns criticaram a estrutura montada para o evento. Falta de estacionamento no local e filas para alimentação e banheiro eram os problemas mais indicados pelos torcedores, sobretudo aqueles que foram ao Jockey somente no horário de pico, quando Nadal estava em quadra. Na sexta-feira, quando Thomaz Bellucci foi derrotado por David Ferrer nas quartas de final, muitos lamentaram também o fato de a partida ter ficado paralisada por duas horas devido a uma queda de luz em refletores da quadra central.

Tenis - Rio Open - refletor com problema (Foto: Matheus Tiburcio) 
Problemas nos refletores interrompeu partida 
entre Bellucci e Ferrer pelas quartas de final 
(Foto: Matheus Tiburcio)

Mais público do que o esperado  
Tenista mais querido pelos fãs no Rio, Nadal chegou a dizer que as bolas utilizadas no torneio, aprovadas pela ATP para utilização em qualquer competição profissional do circuito, eram ruins. Outros, como Ferrer, disseram que ela é muito "viva" em quadra. O fundo das quadras também foi alvo de observações pelo volume de terra que estavam acumulando nos primeiros dias.

publico tênis Bruno Soares no Rio Open (Foto: Editoria de arte)Soares chamou quadra 1,onde cabiam 1.200 pessoas, de 'caldeirãozinho' (Foto: Editoria de arte)
 
Fora isso, Nadal foi só elogios à organização e aos torcedores. Porém, se limitando o máximo possível a deslocamentos pela Zona Sul da cidade, onde ficam o hotel em que estava hospedado e o Jockey, o tenista espanhol criticou o trânsito do Rio para ao mesmo tempo enaltecer o povo latino, em que se enquadram os brasileiros.   

- Toda cidade tem suas complicações. Tem muito trânsito aqui. Evidentemente é uma cidade latina, e os latinos sempre têm um caráter um pouco mais animado e desorganizado, o que faz com que tenham uma vida sempre especial. O que esses países têm de trânsito, as pessoas o suprem com carinho, com a energia positiva que transmitem - comentou Nadal.  
 
De fato o público foi um dos grandes destaques do Rio Open. Foram 58 mil pagantes, contando todos os dias de evento. Mesmo que a maioria dos jogos da manhã e aqueles debaixo do forte sol carioca tenham tido arquibancadas com pouca gente, quando essas condições não se faziam presentes os torcedores prestigiaram as partidas de Nadal e dos tenistas brasileiros, sobretudo Bellucci, Teliana Pereira, Bruno Soares e Marcelo Melo. A quadra 1, que tinha capacidade para 1.200 pessoas - a central possuía 6.200 lugares - inclusive foi apontada por Soares como um "caldeirãozinho".

- O balanço é bem positivo. Tiveram mais de 50 mil pessoas passando pelas quadras do Jockey Club Brasileiro. A gente tinha previsto algo em torno de 45 mil, então superou nossas expectativas de público. E todos os tenistas gostaram de estar no Rio de Janeiro: o hotel onde ficaram, o serviço de transporte, a comida, as quadras, o público. A gente fica feliz quando isso acontece. Aumenta a nossa chance de trazer mais tenistas bons nos próximos anos - afirmou Luiz Carvalho.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2014/02/no-ano-de-estreia-rio-open-promete-ajustes-apos-final-ter-cadeiras-vazias.html

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