segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Brasil Open começa com melhor estrutura, mas sem tops em São Paulo

Organização assegura ter corrigido erros de 2013. Porém, torneio sofre com ausência de melhores ranqueados por conta da disputa de dois ATPs com premiações melhores

Por São Paulo

Um ano depois de receber uma quantidade enorme de críticas dos jogadores, o Brasil Open de 2014 começou nesta segunda-feira tentando recuperar o seu prestígio. Na edição passada, o torneio da série ATP 250 disputado em São Paulo foi duramente criticado pelo seu piso irregular, o forte calor do Ginásio do Ibirapuera, a baixa qualidade das bolas e a péssima estrutura das quadras secundárias, que tinham até goteiras. Aparentemente, tais problemas não existem mais. 

O saibro oferece boas condições, foram instalados 25 climatizadores de ar no local para controlar a temperatura, um mini-estádio coberto e climatizado foi construído para abrigar uma quadra com capacidade para 500 pessoas e o fornecedor de bolas foi trocado.

Brasil Open (Foto: David Abramvezt) 
Brasil Open recebeu pouco público na tarde 
desta segunda-feira, no Ibirapuera 
(Foto: David Abramvezt)
 
Presidente da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), Chris Kermode veio até São Paulo conferir de perto as mudanças no Brasil Open.

– Desde que cheguei o Gayle Bradshaw (vice-presidente executivo de regras e competição da ATP) me contou que todos os problemas tinham sido resolvidos, que haviam feito um trabalho incrível e me falou de uma maneira muito positiva. E eu fiquei impressionado pela disposição que todos têm mostrado, muito proativos. Os jogadores estão incrivelmente felizes - disse o britânico Chris Kermode.

Apesar das melhorias, contra o Brasil Open pesou o fato de que, apesar de ter sido disputado na semana seguinte ao Rio Open, evento conquistado pelo número 1 do mundo, Rafael Nadal, no último domingo, dois torneios mais vantajosos financeiramente estão sendo disputados e levaram os melhores do ranking. A disputa em São Paulo tem premiação total de US$ 474 mil (R$ 1,1 milhão), contra US$ 1,93 milhão (R$ 4,5 milhões) do ATP 500 de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e US$ 1,3 milhão (R$ 3 milhões), do ATP 500 de Acapulco, no México.

Tamanha diferença financeira fez com que, ao contrário do ano passado quando o próprio Rafael Nadal foi a grande atração e acabou sendo campeão, a edição deste ano não terá nenhum jogador top 5. São apenas dois tops 20: o veterano alemão Tommy Haas, número 12, e o espanhol Nicolás Almagro (17º), que vai buscar o tetracampeonato no Brasil Open, após levantar o caneco em 2008, 2011 e 2012. Os outros seis cabeças de chave ocupam posições variando entre a 36ª colocação no ranking do espanhol Marcel Granollers e o colombiano Santiago Giraldo (60º).

– A realização de dois ATPs 500 na mesma semana prejudicou a vinda de tops. Isso acontece no circuito. Mas posso garantir que a competitividade vai ser alta e o público vai ver um grande evento – comentou Paulo Pereira, diretor executivo do Brasil Open.


Bellucci (Foto: William Lucas/Inovafoto) 
Bellucci voltou, nesta segunda-feira, a ser o 
número 1 do país e já treina em São Paulo 
(Foto: William Lucas/Inovafoto)

Quatro brasileiros vão tentar acabar com o jejum de dez anos sem títulos na chave de simples do Brasil Open, disputado desde 2001. O último campeão foi Gustavo Kuerten, em 2004, quando a disputa ainda ocorria na Costa do Sauípe, na Bahia. Três dos representantes nacionais foram convidados pela organização: Thomaz Bellucci, que nesta segunda-feira subiu 22 posições no ranking e voltou a ser o número 1 do Brasil ao assumir o 108º posto, João Souza, o Feijão (número 129) e Guilherme Clezar (166º). O outro é Rogério Dutra Silva (147º), que entrou na chave principal após superar o qualifying.

O primeiro brasileiro a estrear na competição vai ser Feijão, que vai encarar o holandês Robin Haase (45º do mundo) não antes das 19h (horário de Brasília). Quadrifinalista no Rio Open e principal esperança nacional, Bellucci vai fazer a sua estreia nesta terça-feira, quando enfrentará o colombiano Santiago Giraldo. O paulista de Tietê foi finalista do Brasil Open em 2009, quando acabou derrotado pelo espanhol Tommy Robredo. No mesmo dia, Clezar vai encarar o eslovaco Martin Klizan (97º). Já Rogério Dutra ainda não sabe o seu adversário.





FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2014/02/brasil-open-comeca-com-melhor-estrutura-mas-sem-tops-em-sao-paulo.html

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