Há seis meses em São Luís, 13 das 16 jogadoras do clube vivem em hotel na beira do mar, em São Luís (MA). Nesta terça, às 20h, buscam a reabilitação na Superliga
Nikolle, Liz e Amanda na área externa de hotel onde vivem, em praia de São Luís (Foto: Arquivo Pessoal)
O elenco tem apenas três atletas locais, Nyeme, Rayssa e Tulia, que vivem em casa com suas famílias. Na lanterna, com apenas duas vitórias em 14 jogos, elas buscam a reabilitação diante o Rio de Janeiro, nesta terça-feira, às 20h (de Brasília), no Castelinho, na capital maranhense.
- Há dois anos recebo propostas de times brasileiros, mas tinha outros compromissos. Aceitei o convite de defender o Maranhão porque o time iria disputar a Superliga, uma das três ligas mais fortes do mundo, ao lado da Turquia e do Azerbaijão. Sou a terceira argentina na história do país a jogar na Superliga. Passo oito meses no Brasil e quatro viajando com a seleção. Eu adoro o Maranhão, só morava no inverno e sonhava em viver em um lugar de praia. Estou no paraíso. Não temos muita privacidade, mas é muito gostoso. A alegria e a energia das pessoas torna tudo mais fácil - disse a atleta de 28 anos, apontada como uma das mais bonitas da equipe.
Dani Suco "segura" o Sol em passeio nos Lençóis Maranhenses (Foto: Arquivo Pessoal)
- Esta é a primeira vez que eu moro com várias meninas e dentro de um hotel. Temos o privilégio de não nos preocupar com nada. Não precisamos cozinhar ou limpar, a gente come, deita e dorme. No dia seguinte, está tudo em ordem, roupinha lavada, quarto arrumado... O que falta é a privacidade. A nossa vida social fica muito exposta, todas acabam sabendo com quem a outra saiu, a que horas voltou... No início, era tudo flores. Agora, fica tudo mais estressante. Já imaginou três mulheres de TPM ao mesmo tempo? - perguntou, em tom de brincadeira.
Casa das 13 mulheres: atletas do Maranhão
vivem há seis meses em um hotel em São
Luís (Foto: Carol Fontes)
- O que eu mais aprendi na experiência de dividir o mesmo espaço com outras meninas foi ter mais paciência e jogo de cintura. Você divide desde roupas a comida. Sempre me virei sozinha, mas, geralmente, há sempre alguém para limpar e cozinhar. Em cada lugar que eu morei, conheci uma nova cultura de hábitos alimentares. No Maranhão, por exemplo, passei a comer cominho, um tempero usado para quase tudo aqui. Mas o melhor de tudo foi ter conhecido a Adriani, viramos irmãs e temos muita sintonia. Dificilmente, ficamos tristes, as duas têm mania de fazer palhaçada. Éramos vizinhas em Santa Catarina e nem nos conhecíamos. Ela é de Floripa. Não vamos nos separar nunca mais - contou a bela Fran, que já recebeu propostas para desfilar nas passarelas como modelo, mas a paixão pelo vôlei falou mais alto.
Nas folgas, jogadores trocam os uniformes pelos biquínis na "Ilha do Amor" (Foto: Arquivo Pessoal)
- Estamos bem adaptadas e algumas até namoram, por isso, brincamos que essa é a ilha do amor mesmo (risos). Gosto desse clima de cidade grande com ar de pequena. As pessoas são muito receptivas. Quando não estamos treinando, gostamos de ir à praia. Tem lugares lindos, como a Ponte São Francisco e os Lençóis Maranhenses, outro passeio inesquecível. Fui até de helicóptero com uns amigos. O pôr do sol mais bonito é esse (apontando para a varanda do quarto, que termina na areia da praia). Gostaria muito de continuar, o projeto de vôlei é bacana e estamos evoluindo. Não fizemos amistosos antes da Superliga e, aos poucos, fomos nos entrosando. A maioria das jogadoras quer ficar - contou a ponteira Nikolle, de Sabará (MG).
Liz, que está aprendendo a surfar, aparece em
frente ao seu quarto, na beira do mar
(Foto: Carol Fontes)
Quando não estão treinando no Castelinho, as
meninas gostam de frequentar as praias da
região (Foto: Arquivo Pessoal)
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