domingo, 14 de julho de 2013

Reação de líder: Joinville abre 2 a 0, mas leva empate da Chapecoense

Jogando em casa, Coelho consegue boa vantagem no primeiro tempo, mas Chape aproveita expulsão no rival e garante igualdade no placar: 2 a 2
 
A CRÔNICA 
 
por GLOBOESPORTE.COM
 
O Joinville tentou mostrar aos adversários da Série B que a Chapecoense é formada por homens, falíveis e imperfeitos. Provou e também experimentou outra virtude de líder: a força em reverter o prejuízo. O JEC saiu na frente na Arena Joinville. Abriu dois de vantagem no primeiro tempo. No segundo, começou a tomar o empate após a expulsão de Eduardo. O prejuízo causado foi pago na mesma moeda. O Verdão de Santa Catarina mostrou persistência e frieza, simbolizada pelo gol do empate de Soares. Devolveu os dois gols e fechou o placar em 2 a 2, na tarde-noite deste sábado, pela oitava rodada da Segundona.

Sofrer o empate com cara de virada não foi tão ruim ao Joinville, pelo menos se apenas a tabela de classificação for observada. O time no Norte catarinense entrou no G-4. Está na terceira colocação com os 16 pontos que soma. A Chapecoense viu diminuída sua diferença para o Palmeiras, segundo colocado. Agora, dois pontos separam os ‘verdões’.


Wellington Bruno Chapecoense Joinville (Foto: Leo Munhoz / Agência RBS) 
Chape sofre e não se abala, empata o jogo após dois do Joinville (Foto: Leo Munhoz / Agência RBS)
 
Com a força extra proporcionada pela maioria dos 10.177 torcedores na Arena Joinville, o JEC desafiou a solidez de Verde. Até rachar, virar buraco e escancarar o caminho para fazer a bola passar. Pela direita, abriu passagem para o gol inicial, aos 24, de Ricardinho. Mesma rota em que saiu o segundo, aos 36, de letra e de Lima. No segundo tempo, foi a Chapecoense que partiu para jogar no campo de ataque. Acendeu a chama, mas só colocaria fogo aos 20, no décimo gol de Bruno Rangel na Série B. Mas nada esquentou mais que a expulsão de Eduardo, do Coelho. Calor contrastante com a frieza da Chapecoense. O atacante Soares teve requintes de crueldade no gol do empate, aos 34.

Na nona rodada da Série B, os dois times voltam a campo no próximo sábado, dia 20. O Joinville vai ao Rio Grande do Norte para enfrentar o ABC, no Frasqueirão, às 21h. A Chapecoense volta para casa. Na Arena Condá recebe o América-MG, às 16h20m.

Racha, abre e passa
A paciente Chapecoense pareceu ter fugido de sua característica no nascente da partida, porque pagou na mesma moeda o atentado que obrigou Nivaldo trabalhar. No quinto minuto, Rafinha cruzou certinho para Ronaldo cabecear e o goleiro defender. A Chape esqueceu do costume, de suportar o tranco e seguir de pé. Foi ao revide. No minuto seguinte, Fabinho Alves mandou fogo quente que esquentou a mão de Ivan. A defesa do JEC completou para afastar. Armas apresentadas, os times se mexeram no campo formando o desenho que deles se esperava. O Joinville tentava jogar em cima e fazer de uma mínima rachadura um buraco na defesa de verde. Acostumado a suportar, o Verdão do Oeste de SC buscava o contra-ataque ou a bola parada para chegar até o gol. Das pretensões, as tricolores foram melhores no primeiro tempo.

Dois espaços abertos por Eduardo e Lima se transformaram na brecha para o gol escancarado que Ricardinho só teve o trabalho de fazer a bola se arrastar até a rede. O lateral-foguete do JEC disparou até o fundo e mandou para Lima. Mas o homem de 131 gols com a camisa vermelha e preta abdicou de mais um. Abriu as pernas e enganou a defesa verde para colocar a baliza inteira na frente do amigo de longa data e clube. Ricardinho botou a bola para dentro e a mão no rosto logo depois. Chorou emocionado pelo tento que diminuiriria a carga da cobrança sobre ele. O Joinville estava na frentE: 1 a 0. Eram decorridos apenas 24 minutos.


O lado esquerdo da defesa seguiu aberto após o gol. Por ali passou o segundo, novamente brotando dos pés de Eduardo. O ala parou na frente dos defensores e rolou para Ronaldo fazer o cruzamento rasteiro para o meio, tal qual poderia ter feito o companheiro que fez o passe. Lima nem tinha como servir alguém ao aparecer para receber. Foi de letra e foi no gol. O segundo do JEC no jogo, o sétimo do camisa 9 joinvilense na Série B. Aos 41, Athos cometeu ato impaciente. Chegou na frente da área e soltou o chute desesperado. Não passou de susto a Ivan, por passar perto do travessão. O Joinville estava na frente. Foi tranquilo ao vestiário. Parecia que tinha o controle. Só parecia.

‘Chapequente’ põe fogo

Com Anderson Pico no lugar de Tiago Saletti na lateral-esquerda, a Chapecoense voltou para o jogo e a fazer o seu jogo mais na faixa do campo de ataque. Trocava passes e empurrava o Joinville para trás. No entanto, não conseguia passar disso. Tanto que o técnico Gilmar Dal Pozzo tirou o volante Augusto para colocar o atacante Tiago Luís. Os donos da casa acreditavam que a partida poder estar definida. Para garantir, o volante Somália entrou para formar o meio com três volantes. Ledo engano de Arturzinho.

Com três atacantes, a ‘Chapequente’ botou fogo no jogo. Aos 20, Paulinho Dias fez a bola ir da ponta esquerda para o meio da área. No alto e em cima. Na medida para um atacante que se agiganta com a camisa verde. Bruno Rangel subiu e colocou a cabeça na bola e a Chapecoense com esperanças. Foi o gol do desconto e era só o início do calor. É que aos 28 minutos Eduardo deixou o cotovelo no rosto de Paulinho Dias. Como o lateral já tinha cartão amarelo, Rodrigo D’Alonso Ferreira mostrou o vermelho. O cenário para a Chapecoense reverter estava formado.

Ganhou forma aos 34, num gol que simboliza a frieza que a Chape tem - um contraste à temperatura que imprimia ao confronto. Novamente Paulinho Dias cruzou para dentro da área. Mas desta vez foi no segundo pau. No pé de Soares, que acabara de entrar para formar a ofensiva de quatro homens de camisa verde. Ele dominou no bico da pequena área, ainda cortou o marcador antes de mandar bala na bola cruzada e certeira. Dentro do gol. Empate com cara de virada: 2 a 2. Gelou a Arena Joinville, que vaiou os jogadores do JEC após o segundo tropeço seguido em casa.

 
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