A
CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Foi uma noite para inverter a lógica. A temperatura ferveu em campo na
fria serra gaúcha. O time antes desprovido de pontaria marcou dois belos
gols, e quem não tinha perdido em casa na temporada e tampouco para o
rival no Brasileirão desde 1990 precisou conviver com os dissabores.
Assim, num domingo de reviravoltas, o Bahia surpreendeu e aplicou 2 a 1
no Internacional, que, em oito jogos, só havia tropeçado em um empate no
estádio Centenário, em Caxias do Sul, sua morada provisória até o
Beira-Rio se aprontar para a Copa de 2014.
Nada se deu, no entanto, sem muita pressão, chances perdidas e nervos aflorados. Segurar o ímpeto colorado no Rio Grande do Sul é desafio para poucos, mas valeu mais três pontos ao baianos, que, com os gols de Ryder e Fernandão (Forlán descontou) se afastam da zona de rebaixamento após a terceira rodada do Brasileirão - ficam em décimo, com quatro pontos e, na quarta-feira, recebem o Botafogo.
- Só nós acreditávamos. Fomos subestimados. Agora, é continuar com a mesma humildade - desabafou um quase emocionado Fahel.
Já o Inter perdeu mais do que o jogo e a invencibilidade. Deixou escapar a chance de permanecer no G-4. É o nono, com quatro pontos e, também na quarta, pode se recuperar fora de casa, diante da Portuguesa.
- Tomamos o gol cedo demais - lamentou Rafael Moura, que novamente passou em branco.
Inter nervoso, Bahia competente
O Bahia repetiu o time do empate sem gols contra o Coritiba, mas não poderia reprisar a atuação. Com apenas um ponto e um gol em duas partidas, era hora de reagir. Mesmo que fosse bem longe de casa, no canto oposto do mapa, num frio pouco comum aos nordestinos: gélidos 12ºC. Ficou menos difícil a tarefa ao deparar com um Inter, embora em boa fase, surpreendentemente nervoso, cometendo faltas desnecessárias e errando passes em escala industrial. Com nove minutos, Gabriel já era amarelado. Logo depois, Ryder se aproveita da inércia vermelha e arrisca de fora da área. Golaço: 1 a 0.
Gols, pressão e surpresa na Serra
O roteiro do segundo tempo começou fiel à etapa inicial. O Centenário era testemunha de um Inter robusto, forte no ataque, mas sem finalizações. Já o Bahia... Aos 10, Jussandro cruzou para Fernandão, que cabeceou para milagre de Muriel. Que não conseguiu repetir a façanha cinco minutos depois. Em sobra de escanteio, Fernandão fuzilou e decretou o antes impensável 2 a 0. Assim como ocorrera no primeiro tempo, a torcida colorada não esmoreceu. Ao menos, desta vez, o time correspondeu.
Aos 19, a zaga do Bahia parou e permitiu o ingresso livre de Forlán, que descontou, numa justa recompensa ao - de longe - jogador mais esforçado do time gaúcho. Era sua "despedida", antes de ir ao Uruguai para a Copa das Confederações. O gol esquentou a noite fria na Serra e acirrou ainda mais o ânimo de uma partida tensa, repleta de reclamações de muito trabalho para o árbitro paranaense Edivaldo Elias da Silva. A pressão virou massacre, quase 70% de posse de bola aos mandantes. Mas o que conta não é posse, é gol. E, nesse quesito, o antes ineficiente Bahia inverteu a lógica das rodadas iniciais e foi superior. O Brasileirão mal começou, mas já tratou de pregar suas peças.
Nada se deu, no entanto, sem muita pressão, chances perdidas e nervos aflorados. Segurar o ímpeto colorado no Rio Grande do Sul é desafio para poucos, mas valeu mais três pontos ao baianos, que, com os gols de Ryder e Fernandão (Forlán descontou) se afastam da zona de rebaixamento após a terceira rodada do Brasileirão - ficam em décimo, com quatro pontos e, na quarta-feira, recebem o Botafogo.
- Só nós acreditávamos. Fomos subestimados. Agora, é continuar com a mesma humildade - desabafou um quase emocionado Fahel.
Já o Inter perdeu mais do que o jogo e a invencibilidade. Deixou escapar a chance de permanecer no G-4. É o nono, com quatro pontos e, também na quarta, pode se recuperar fora de casa, diante da Portuguesa.
- Tomamos o gol cedo demais - lamentou Rafael Moura, que novamente passou em branco.
Moledo esteve em noite infeliz, e Fernandão balançou as redes (Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)
O Bahia repetiu o time do empate sem gols contra o Coritiba, mas não poderia reprisar a atuação. Com apenas um ponto e um gol em duas partidas, era hora de reagir. Mesmo que fosse bem longe de casa, no canto oposto do mapa, num frio pouco comum aos nordestinos: gélidos 12ºC. Ficou menos difícil a tarefa ao deparar com um Inter, embora em boa fase, surpreendentemente nervoso, cometendo faltas desnecessárias e errando passes em escala industrial. Com nove minutos, Gabriel já era amarelado. Logo depois, Ryder se aproveita da inércia vermelha e arrisca de fora da área. Golaço: 1 a 0.
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Os quase 6 mil valentes colorados que enfrentaram a baixa temperatura
no duro cimento do Centenário transformaram o gol sofrido em
combustível. O apoio, no entanto, pouco surtiu efeito em campo. Apesar
da pressão, a grande chance não surgiu. Rafael Moura chutou com relativo
perigo, aos 25. E Forlán, em mais uma de suas tantas tentativas de
marcar um gol olímpico, chegou a enganar parte dos fãs que viram a bola
roçar a rede, mas por fora. Perigoso mesmo foi o Bahia, que só não
aumentou nos contragolpes por pura imperícia de seus avantes, vacilantes
no momento do último passe.Gols, pressão e surpresa na Serra
O roteiro do segundo tempo começou fiel à etapa inicial. O Centenário era testemunha de um Inter robusto, forte no ataque, mas sem finalizações. Já o Bahia... Aos 10, Jussandro cruzou para Fernandão, que cabeceou para milagre de Muriel. Que não conseguiu repetir a façanha cinco minutos depois. Em sobra de escanteio, Fernandão fuzilou e decretou o antes impensável 2 a 0. Assim como ocorrera no primeiro tempo, a torcida colorada não esmoreceu. Ao menos, desta vez, o time correspondeu.
Aos 19, a zaga do Bahia parou e permitiu o ingresso livre de Forlán, que descontou, numa justa recompensa ao - de longe - jogador mais esforçado do time gaúcho. Era sua "despedida", antes de ir ao Uruguai para a Copa das Confederações. O gol esquentou a noite fria na Serra e acirrou ainda mais o ânimo de uma partida tensa, repleta de reclamações de muito trabalho para o árbitro paranaense Edivaldo Elias da Silva. A pressão virou massacre, quase 70% de posse de bola aos mandantes. Mas o que conta não é posse, é gol. E, nesse quesito, o antes ineficiente Bahia inverteu a lógica das rodadas iniciais e foi superior. O Brasileirão mal começou, mas já tratou de pregar suas peças.
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