Firme na vice-liderança da Série B, técnico do Papão também relembrou disparidade financeira com outros integrantes do G-4 da competição: "Nossa ambição é o acesso"
Dado Cavalcanti está feliz com momento do time (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Mesmo muito desfalcado, o Paysandu conseguiu ser eficiente
fora de casa. Foram oito ausências, sendo cinco titulares. Ao fim dos 90
minutos o Cobra Coral teve maior volume de jogo e mais finalizações, porém a
eficiência foi a marca bicolor. Em duas finalizações, dois gols marcados. Dado
explicou porque optou por uma estratégia defensiva.
– A proposta de jogo era essa. Nós sabíamos da força do
Santa Cruz no Arruda. O Santa possui, dentro da sua estratégia de jogo, uma
velocidade muito grande pelos lados do campo e o Grafite como homem de
referência. Então, é um time que joga espaçado. Nós usamos como estratégia compactar
um pouco mais a equipe sem a posse da bola, com uma marcação um pouco mais
atrás. Isso consequentemente atrai o adversário para o nosso campo. Mas, de
posse da bola, nós circulamos muito mais próximo do Ivan, nosso goleiro. Quando
a gente conseguia fazer isso bem, o Santa tentava roubar a bola e abria espaços
por trás da defesa deles. Foi por aí que nós conseguimos escapar por duas ou
três oportunidades no primeiro tempo.
Conseguimos a eficiência de fazer os gols
exatamente nessa proposta, além de termos tido a competência de não tomar. O
Santa Cruz teve mais volume de jogo, teve também as melhores chances, mas, pela
estratégia do jogo e pela entrega dos jogadores em campo, a gente saiu
merecedor dessa vitória – analisou o técnico do Papão.
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Dado aproveitou para elogiar os jogadores que entraram em campo nesta terça. O treinador afirma que passa a sentir mais confiança nas peças que possui no elenco e conseguem manter o mesmo nível técnico dos que saem.~
– Outro fator que me deixa muito feliz são as opções do
grupo. Com as várias ausências a gente perde muito entrosamento. O Gilson fez
uma função diferente do que ele está acostumado, mas foi extremamente eficaz na
contenção, na saída de bola. O Dão também fez uma baita de uma partida,
aguentou enquanto pôde o ritmo. Entrou o Lombardi, que não está totalmente
recuperado ainda, está retornando de lesão, e mais uma vez deu a sua contribuição.
É com felicidade que a gente visualiza o rendimento desses atletas em campo. A
sequência da competição vai fazer com que a gente perca jogadores. Hoje já temos
mais dois jogadores pendurados, acho que sete para o próximo jogo – explicou.
Dado Cavalcanti exaltou ainda mais o momento do time pela
disparidade financeira com os atuais concorrentes diretos pelo acesso à Série
A.
– Hoje o Paysandu faz parte de um G-4 em que as outras três equipes
foram as que caíram da Série A. O orçamento anual dessas três equipes é muito
maior do que o do Paysandu, que recebe R$ 3 milhões no início do campeonato,
enquanto Botafogo, Vitória e Bahia recebem R$ 23 milhões. E a campanha que nós
estamos fazendo é de deixar qualquer torcedor bicolor orgulhoso. Lógico que nós
temos ambição, não para por aqui. Vamos procurar, com humildade, conhecendo as
nossas limitações, fazer cada jogo como foi hoje: buscando cada ponto,
seja em casa ou fora, porque o nosso projeto, a nossa ambição, é de chegar lá
na frente com o acesso à Série A – frisou.
Gilson (esquerda) substituiu Fahel, poupado,
e foi muito elogiado por Dado (Foto: Aldo
Carneiro/Pernambuco Press)
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