Natural de Porto Alegre, Edenílson aproveita comida da cidade italiana, comemora adaptação ao futebol europeu após início complicado e projeta futuro no continente
Gaúcho Edenílson aproveita churrascaria ao lado de casa, em Genoa (Foto: Arquivo Pessoal)
- A primeira coisa que os brasileiros fazem é procurar um lugar parecido com o que estavam no Brasil. Aqui não é igual a São Paulo, são 600 mil habitantes. Mas perto de Udine a diferença é grande, lá são cerca de 100 mil. Ainda tem uma churrascaria aqui pertinho de casa. Sou gaúcho, então no mínimo uma vez na semana estou lá. Eu ainda não tive problema de peso, então está tranquilo (risos) - afirmou com muito bom-humor, em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com.
Mas para quem acha que a vida na Itália foi tranquila desde a chegada no início de 2014, a história é bem diferente. Ao sair do Corinthians e acertar com o Udinese, o jogador de 25 anos ficou fora de partidas oficiais até a abertura da janela de transferências. A dificuldade encontrada chegou a fazer o meia se arrepender da escolha de deixar o Brasil, mas o empréstimo e a sequência com a camisa do Genoa resgataram a confiança e a alegria de Edenílson.
Edenílson em ação pelo Genoa contra a
Fiorentina (Foto: Getty Images)
- Passou pela minha cabeça muita coisa. Cheguei a me perguntar
se tinha sido um bom negócio, a ponto de me arrepender, não sabia se tinha
feito a coisa certa. A maioria dos jogadores tem o sonho de vir para a Europa, comigo não era
diferente. Mas eu pensei ter feito uma escolha errada quando fiquei naquele
período de treinamento, sem jogar, talvez teria sido melhor ficar no
Corinthians. Mas agora vai tudo se encaixando. Até foi bom o meu período de treinamento. O Udinese, como é
um clube empresa, tem muitos jogadores de base, muitos estrangeiros, tem um
professor de italiano. Isso fez com que eu estudasse três meses de italiano.
Quando cheguei por aqui também não tive tanto problema com a língua.
E
na cabeça do brasileiro o próximo desafio já está definido. Após dar o
primeiro passo e jogar em clube europeu, o sonho é defender uma grande
camisa e brigar pelos principais títulos do continente, como a Liga dos
Campeões.
- Meu próximo passo é ir para um time grande. O Genoa tem
muita história, mas não é um time que briga por Liga dos Campeões, Campeonato
Italiano. Todos por aqui sabem que a gente vem para clubes menores pensando em
um trampolim, buscando fazer o trabalho bem feito e no aguardo de um espaço em
um clube maior. Eu optei pelo Udinese que, assim como o Genoa, é um trampolim.
*Por Igor Rodrigues, estagiário
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