Fechada por obras para Copa, Arena da Baixada é estádio onde cariocas têm pior aproveitamento entre principais do país. No Durival Britto, time tem só uma derrota
Ainda assim, os rubro-negros cariocas têm o que comemorar. Afinal, poderia ser pior. Poderia ser na Arena da Baixada. As obras para Copa do Mundo de 2014 afastaram o Furacão de sua casa e, de quebra, impediram que o time do Rio de Janeiro começasse a decidir o título no palco onde tem pior aproveitamento entre os principais do Brasil.
Arena da Baixada passa por obras para ser palco da
Copa do Mundo de 2014 (Foto: Fernando Freire)
Desde que o estádio foi inaugurado, em junho de 1999, o Flamengo entrou em campo 13 vezes, e o aproveitamento é trágico: 15,3%. Para se ter ideia do baixo rendimento, no Beira-Rio e no Olímpico, que vêm em seguida no ranking, a equipe conquistou 24,6% e 27,6% dos pontos, respectivamente. Na Arena da Baixada, são nove derrotas, três empates e somente uma vitória, justamente na última vez em que o Rubro-Negro jogou por lá: 1 a 0, pela Copa Sul-Americana de 2011, gol de Ronaldinho Gaúcho.
Se levadas em conta partidas no antigo estádio Baixada da Água Verde, os cariocas ainda somam mais duas vitórias. Nenhuma delas, porém, diante do Atlético-PR: 7 a 1 sobre o Internacional do Paraná e 9 a 1 diante de uma seleção local, ambas no longínquo ano de 1914. Contra o Furacão, o único encontro antes da criação da Arena aconteceu em 1994, com derrota por 1 a 0. Para André Santos, porém, a troca de casa não diminui a força dos paranaenses em seus domínios.
- O Atlético-PR não vai estar jogando em casa, mas fez com que o Durival Britto fosse sua casa na maioria dos jogos esse ano. São detalhes que não vão pesar numa final, serão dois jogos difíceis. O Atlético está acostumado com a Vila Capanema, a torcida deles vai para lá incentivá-los. O Flamengo tem que se apegar em fazer o que vem fazendo, pregar humildade e fazer o melhor para buscar o resultado lá em Curitiba.
E o lateral-esquerdo do Flamengo tem razão. Na temporada atual, o Atlético-PR disputou 20 partidas no Durival Britto e o retrospecto é de respeito: 14 vitórias, cinco empates e somente uma derrota - 5 a 3 para o Vitória, pelo Brasileirão. Ao todo, são 32 gols marcados, 14 sofridos e um aproveitamento de 78,3% dos pontos. O diferencial em relação a arena, porém, está nos números do Flamengo. Freguês na Baixada, o time carioca costuma aprontar para cima de times do Paraná na Vila Capanema.
Nos últimos 60 anos, o Fla entrou em campo no estádio em 16 oportunidades - mesmo número se somadas as duas construções na Baixada - e o rendimento é digno de mandante: nove vitórias, seis empates e somente uma derrota. O revés, por sua vez, aconteceu justamente para o Furacão: 3 a 2 em amistoso realizado em 1962. De lá para cá, a invencibilidade é de 10 partidas, com quatro vitórias nas últimas visitas - todas sobre o Paraná.
As estatísticas, favoráveis ou não, são ignoradas por André Santos. Em sua quarta decisão de Copa do Brasil como titular (disputou uma pelo Figueirense e duas pelo Corinthians), o lateral sabe que o retrospecto não entra em campo e prefere se apegar a somente um número: 1.700, quantidade de torcedores do Flamengo prevista para decisão em Curitiba.
- É sempre difícil jogar fora de casa, longe do torcedor, mas o Flamengo tem torcedores em todos os lugares. Tenho certeza que a área destinada para a torcida do Flamengo vai estar cheia. O campo realmente é pequeno, mas trata-se de uma final. Não podemos nos deixar levar por nenhum detalhe. Estamos totalmente focados em ir para lá e fazer o nosso melhor.
Flamengo e Atlético-PR começam a decidir a Copa do Brasil às 21h50m (de Brasília), desta quarta-feira, no Durival Britto, em Curitiba. E se a previsão é de equilíbrio, os cariocas, supersticiosos ou não, entram em campo com uma boa notícia: pelo menos, não é na Baixada.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/11/local-na-vila-capanema-fla-se-livra-de-palco-onde-e-fregues-historico.html
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