Com cinco títulos e apenas uma derrota no ano, equipe festeja temporada, mas o técnico Zé Roberto pede calma e evolução: 'Não podemos achar que está tudo bem'
José Roberto Guimarães comemora todas as conquistas de 2013 (Foto: João Gabriel Rodrigues)
O
rótulo é justificável. Se o esperado era um ano instável, cinco
títulos, 35 vitórias e apenas uma derrota fizeram a seleção brasileira
ganhar ares de imbatível. No início da manhã desta terça-feira, as
meninas desembarcaram em São Paulo com o título da Copa dos Campeões e a
sensação de uma temporada perfeita. Mas, no início de um novo ciclo
olímpico, a equipe de José Roberto Guimarães afasta a soberba e diz que
ainda há muito a ser feito rumo a 2016.
- Foi um ano
maravilhoso, precisamos agradecer a Deus por tudo o que conseguimos
fazer esse ano, como resultado, poucas contusões... Vai ser um ano
inesquecível, que devemos guardar para sempre como parâmetro. Em todas
as competições, nos apresentamos muito bem. O time foi se ajustando
diante das dificuldades. Isso foi uma característica muito forte,
jogando contra as melhores seleções do mundo. Foi um time comprometido.
Mas não nos sentimos imbatíveis. Nós encerramos o ano como a melhor
seleção de 2013, mas passamos apertados. Passamos apuros em alguns
jogos. Não podemos achar que está tudo bem, precisamos continuar
evoluindo – afirmou o treinador, que ainda espera a evolução de algumas
jogadoras.
Fabiana foi eleita a melhor jogadora da competição (Foto: João Gabriel Rodrigues)
Capitã
da seleção, Fabiana saiu da Copa dos Campeões como a melhor jogadora da
competição. A central também afirma que, apesar dos títulos, a equipe
ainda pode evoluir.
- O povo fala que foi um ano
quase perfeito, mas, para mim, foi perfeito. Sabemos a dificuldade, a
luta no dia a dia. A equipe tá de parabéns. A gente não se acomoda,
sempre tenta evoluir. Todas as seleções estão testando. Temos o pé no
chão, sabemos que ainda temos de correr muito. No ano que vem, vamos ter
Mundial. Vai ser complicado.
Uma das mais
experientes da seleção, Fabi afirma que as conquistas em 2013 valem como
gás para o início de um novo ciclo olímpico. Para a líbero, o maior
feito da equipe foi ter se mantido constante.
Fabi exalta o equilíbrio da equipe brasileira no torneio (Foto: João Gabriel Rodrigues)
-
Começamos o ano de uma maneira e terminamos da mesma maneira. O ano
pós-olímpico é um ano que se testa muito, nunca sabemos o que pode
acontecer por conta do desgaste do ano anterior. O que se espera, de
repente, é de um ano não muito constante. Mas o que aconteceu foi o
contrário. Foi mais ou menos parecido com o que aconteceu nos últimos
dois ciclos olímpicos.
Perdemos algumas jogadoras, mas conseguimos
manter o nível e seguir vencendo. É importante para iniciar uma
caminhada que vai ser árdua até 2016.
Natália
concorda. A ponteira acredita que o Brasil soube lidar com a pressão de
ser o time a ser batido após a conquista do ouro nos Jogos Olímpicos de
Londres, no ano passado.
- Foi um ano muito
importante depois de um ano que conquistamos o bi olímpico. Sempre temos
essa pressão de ser o time a ser batido. Acho que foi um ano de muito
comprometimento.
Brasileiras vibram com a conquista da Copa dos Campeões,
no último fim de semana (Foto: Reuters)
Titular
da equipe na Copa dos Campeões, Fabíola ressalta a dificuldade
encontrada pela equipe em alguns jogos. A levantadora, no entanto,
ressalta a concentração da seleção.
- A seleção foi
impecável. Fazer 36 jogos e perder só um não é para qualquer seleção.
Sempre esperamos uma dificuldade, todas as seleções querem ganhar do
Brasil. Mas não nos sentimos imbatíveis. Tivemos alguns jogos muito
difíceis. Não nos vemos assim, temos de entrar muito concentradas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/11/campeas-de-tudo-meninas-do-brasil-afastam-rotulo-de-selecao-imbativel.html
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