segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Alexandre Pato faz de pênalti no fim e manda Flu para o Z-4: 1 a 0

Atacante bate bem depois de errar na Copa do Brasil, dá vitória ao Corinthians e faz Tricolor entrar na zona de rebaixamento

A CRÔNICA
 
por GLOBOESPORTE.COM

Era um jogo morto, chato, sem sal. Até que, aos 45 minutos do segundo tempo, aconteceu um dos momentos mais emblemáticos da rodada, talvez de todo o Brasileirão - e que pode definir muita coisa no bloco inferior do campeonato. Alexandre Pato, saído do banco, ainda vilão, sofreu pênalti. E pediu para bater. Ele, Pato, o mesmo que viveu o inferno depois de errar uma cavadinha e eliminar sua equipe da Copa do Brasil contra o Grêmio. Pois Pato cobrou. E fez. E colocou o Fluminense na zona de rebaixamento.


- Um dia eles (torcedores) me vaiam, hoje aplaudem - disse Pato após a partida.

O resultado é desastroso para o Tricolor. Mas também não é gratuito. Mais uma vez, o Fluminense jogou muito mal. Já são inacreditáveis nove rodadas sem uma vitória sequer. O time de Vanderlei Luxemburgo é o 18º colocado, com 36 pontos. Foi ultrapassado pelo Criciúma, que venceu o Náutico, e pelo Vasco, que empatou com o Santos.

Os jogadores tricolores cercaram o árbitro André Luiz de Freitas Castro (GO) após a marcação do pênalti, reclamando muito. O zagueiro Anderson foi expulso no lance.

- Com a arbitragem fica mais difícil. Estamos tentando sair dessa situação, mas com o erro fica mais difícil. Dez ou 15 minutos antes, o Sheik me acertou no rosto, e ele (o árbitro) não o expulsou. Se expulsa, muda totalmente o ritmo do jogo. Infelizmente é fácil dar o pênalti contra o Fluminense, mas expulsar o Sheik não pode - protestou Gum.

O Corinthians, com a vitória, foi a 45 pontos. Está praticamente livre dos riscos de rebaixamento.

Na próxima rodada, visita o Coritiba na quarta-feira, e o Flu recebe o Náutico na quinta - tem grande chance de deixar o Z-4.

Alexandre Pato comemora gol do Corinthians contra o Fluminense (Foto: Denny Cesare / Futura Press) 
Alexandre Pato tira a camisa para comemorar o gol 
de pênalti no fim (Foto: Denny Cesare / Futura Press)
 
Pobreza
Pobre bola. Corinthians e Fluminense fizeram um primeiro tempo de nível técnico abaixo do comum. Foram equipes parecidas na falta de perícia, mas com propostas de jogo diferentes: o Timão tentando ser mais racional, controlando a bola, buscando jogadas coletivas, e o Tricolor acelerando a partida, investindo na velocidade. O insucesso foi de ambos, mas o time paulista esteve mais perto de marcar, apesar de o Flu ter finalizado mais - seis a cinco.

Os três zagueiros escalados por Vanderlei Luxemburgo não amenizaram as falhas defensivas da equipe. Cedinho, com dois minutos, a zaga vazou. Douglas, sozinho, perdeu chance clara ao cabecear para fora. Mais tarde, outra jogada aérea só não resultou em gol porque Diego Cavalieri fez defesa de cair o queixo. Edenílson cruzou da direita, e Gum não alcançou a bola, que morreu na perna esquerda de Renato Augusto antes de ser emendada para o gol. O arqueiro tricolor agiu no reflexo e espalmou. Já o Flu arriscou mais com chutes de longe, invariavelmente tortos. Gum, livre na área, cabeceou por cima naquela seria a melhor oportunidade tricolor se a arbitragem já não tivesse marcado impedimento.

Pato. E de pênalti
O segundo tempo foi tão duro de engolir quanto o primeiro - talvez até mais. Os erros se sucederam de lado a lado, como se as duas equipes competissem para ver quem falharia mais. A superioridade do Corinthians sobre o Fluminense em posse de bola foi exponencializada, mas com efeito prático quase nulo. Foi o Tricolor, em rara trama de sucesso, quem quase alcançou o gol. Rafael Sobis encontrou Wagner pela direita, e o meia cruzou na área para Marcelinho, mas o goleiro Walter conseguiu cortar.

Com  17 minutos, Tite mandou Alexandre Pato a campo no lugar de Renato Augusto. A ideia era deixar o time mais agudo. Aos 40 minutos, o atacante cabeceou com muito perigo. Aos 44, tudo mudou com um pênalti a favor do Corinthians. A arbitragem viu falta de Anderson em Pato e expulsou o zagueiro. O próprio pegou a bola para bater. E fez.

 
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