A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Quantos jogos o Coritiba ganhou graças ao pé esquerdo de Alex? Só
lembrar do título paranaense, no primeiro semestre, para se ter uma
ideia. Assim, o raciocínio lógico de quem enfrenta o Coxa é simples:
anular o camisa 10 = maior chance de vitória. A Ponte, mesmo com notas
baixas na matemática do Campeonato Brasileiro, aprendeu bem a equação.
Não só impediu que o maestro jogasse, como também atacou o rival com a
mesma moeda. Resultado final: bomba de Uendel, vitória simples da
Macaca, nesta quarta-feira, pela 29ª rodada.
A lição de casa bem executada garantiu uma motivação extra na reta final do Brasileiro. A Ponte Preta de Jorginho soma agora 29 pontos e, apesar de permanecer em penúltimo lugar (acima somente do Náutico), diminuiu a distância para o Coritiba - primeiro time fora da zona de rebaixamento - para cinco. Além disso, reabilitou-se da derrota por 2 a 1 para o Santos, no Pacaembu.
Por outro lado, o Coritiba conhece a quinta derrota nos seis últimos jogos. Segue como a pior equipe do segundo turno do Brasileiro e acompanhará com atenção incomum o complemento da rodada nesta quinta-feira. Isso porque o Vasco - 18º com 32 pontos - enfrenta o Goiás em São Januário. Se os cariocas vencerem, empurram o Coxa para a degola.
O caminho para se livrar da volta à Série B em 2014 tem mais uma batalha para os dois clubes no fim de semana. No Maracanã, a Ponte encara o Fluminense, mais um adversário que luta para escapar das últimas posições. Já a missão do Coritiba é bem mais ingrata. Encara, no domingo, o Cruzeiro, líder e provável campeão brasileiro.
Caminho livre pela esquerda
Nem todo canhoto é habilidoso, mas a maioria sabe bem tratar uma bola. Basta ver o primeiro tempo no Moisés Lucarelli para se ter certeza disso. Se Coritiba e Ponte Preta protagonizaram bons momentos para o pequeno número de torcedores, foram graças aos "esquerdas". Júlio César e Alex lideraram os avanços paranaenses, enquanto Adrianinho e, mais tarde, Uendel, comandaram a Macaca diante da torcida.
O ritmo alviverde, é verdade, teve mais efeito no início. Inspirado pelo maestro e o principal atacante em campo, o Coritiba levou perigo ao gol de Roberto. Finalizou por cima, criou jogadas pelo meio, confundiu a zaga pontepretana e teve várias chances para dar uma dificuldade extra aos donos da casa. Mas Geraldo, outro canhoto, bateu em cima do camisa 1 pontepretano e perdeu a melhor oportunidade do duelo até então.
Passado o susto, a equipe da casa teve que mostrar porque estava em campo. Adrianinho, readaptando-se a jogar desde o início, foi o mais lúcido criador de jogadas. Sua perna esquerda, no entanto, era alvo das faltas dos volantes adversários. Para que a Ponte saísse em vantagem, era preciso uma surpresa. E ela surgiu feito um raio pela esquerda. Uendel invadiu a área livre e, claro, de canhota, mandou no canto (adivinhe qual?) de Vanderlei. Vantagem da Macaca, que aproveitou aquilo que o Coxa não conseguiu.
Muda o lado, mas não o placar
Apesar do bom desempenho dos canhotos, Ponte e Coritiba buscaram alternativas para surpreender o rival no segundo tempo. Assim como nos 45 minutos iniciais, o Coxa começou melhor. Robinho e Júnior Urso tiveram possibilidade de empatar a partida logo no começo, mas pararam na falta de pontaria. O volante foi azarado, acima de tudo: o chute passou por Roberto, mas César, em cima da linha, evitou o gol.
Se um arrisca com a direita, o outro responde da mesma forma. Uendel, mais contido na marcação, deu espaço para Régis subir ao ataque e ajudar Rildo. Os dois criaram a principal oportunidade, mas erraram a mira. Jorginho, destro de muito sucesso no futebol, apenas lamentava cada chance jogada fora. Ele sabia que poderia fazer falta.
Felizmente para a parte alvinegra, não fez. O Coritiba mudou de estratégia com as entradas de Jânio e Lincoln e passou a depender de bolas curtas e tabelas pelo meio-campo, tática complicada diante do ferrolho armado pela Ponte em frente à área. Com dois volantes descansados (Alef e Fernando Bob) e um atacante de velocidade para contra-atacar (Rafael Ratão), a Macaca segurou o quanto pôde e garantiu o resultado, importante para a sua briga.
A lição de casa bem executada garantiu uma motivação extra na reta final do Brasileiro. A Ponte Preta de Jorginho soma agora 29 pontos e, apesar de permanecer em penúltimo lugar (acima somente do Náutico), diminuiu a distância para o Coritiba - primeiro time fora da zona de rebaixamento - para cinco. Além disso, reabilitou-se da derrota por 2 a 1 para o Santos, no Pacaembu.
Por outro lado, o Coritiba conhece a quinta derrota nos seis últimos jogos. Segue como a pior equipe do segundo turno do Brasileiro e acompanhará com atenção incomum o complemento da rodada nesta quinta-feira. Isso porque o Vasco - 18º com 32 pontos - enfrenta o Goiás em São Januário. Se os cariocas vencerem, empurram o Coxa para a degola.
O caminho para se livrar da volta à Série B em 2014 tem mais uma batalha para os dois clubes no fim de semana. No Maracanã, a Ponte encara o Fluminense, mais um adversário que luta para escapar das últimas posições. Já a missão do Coritiba é bem mais ingrata. Encara, no domingo, o Cruzeiro, líder e provável campeão brasileiro.
Uendel comemora vitória da Ponte contra rival direto:
alívio na tabela (Foto: Rodrigo Villalba / Agência Estado)
Nem todo canhoto é habilidoso, mas a maioria sabe bem tratar uma bola. Basta ver o primeiro tempo no Moisés Lucarelli para se ter certeza disso. Se Coritiba e Ponte Preta protagonizaram bons momentos para o pequeno número de torcedores, foram graças aos "esquerdas". Júlio César e Alex lideraram os avanços paranaenses, enquanto Adrianinho e, mais tarde, Uendel, comandaram a Macaca diante da torcida.
O ritmo alviverde, é verdade, teve mais efeito no início. Inspirado pelo maestro e o principal atacante em campo, o Coritiba levou perigo ao gol de Roberto. Finalizou por cima, criou jogadas pelo meio, confundiu a zaga pontepretana e teve várias chances para dar uma dificuldade extra aos donos da casa. Mas Geraldo, outro canhoto, bateu em cima do camisa 1 pontepretano e perdeu a melhor oportunidade do duelo até então.
Passado o susto, a equipe da casa teve que mostrar porque estava em campo. Adrianinho, readaptando-se a jogar desde o início, foi o mais lúcido criador de jogadas. Sua perna esquerda, no entanto, era alvo das faltas dos volantes adversários. Para que a Ponte saísse em vantagem, era preciso uma surpresa. E ela surgiu feito um raio pela esquerda. Uendel invadiu a área livre e, claro, de canhota, mandou no canto (adivinhe qual?) de Vanderlei. Vantagem da Macaca, que aproveitou aquilo que o Coxa não conseguiu.
Alex é anulado pela marcação e tem noite apagada em campo
(Foto: Gustavo Magnusson / Agência Estado)
Apesar do bom desempenho dos canhotos, Ponte e Coritiba buscaram alternativas para surpreender o rival no segundo tempo. Assim como nos 45 minutos iniciais, o Coxa começou melhor. Robinho e Júnior Urso tiveram possibilidade de empatar a partida logo no começo, mas pararam na falta de pontaria. O volante foi azarado, acima de tudo: o chute passou por Roberto, mas César, em cima da linha, evitou o gol.
Se um arrisca com a direita, o outro responde da mesma forma. Uendel, mais contido na marcação, deu espaço para Régis subir ao ataque e ajudar Rildo. Os dois criaram a principal oportunidade, mas erraram a mira. Jorginho, destro de muito sucesso no futebol, apenas lamentava cada chance jogada fora. Ele sabia que poderia fazer falta.
Felizmente para a parte alvinegra, não fez. O Coritiba mudou de estratégia com as entradas de Jânio e Lincoln e passou a depender de bolas curtas e tabelas pelo meio-campo, tática complicada diante do ferrolho armado pela Ponte em frente à área. Com dois volantes descansados (Alef e Fernando Bob) e um atacante de velocidade para contra-atacar (Rafael Ratão), a Macaca segurou o quanto pôde e garantiu o resultado, importante para a sua briga.
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