A CRÔNICA
por
Carlos Augusto Ferrari
Com uma grande exibição de Paulo Henrique Ganso, o São Paulo cumpriu
nesta quarta-feira seu dever de bater o lanterna e respirar no
Campeonato Brasileiro. Um passe de calcanhar para iniciar a jogada que
Ademilson concluiu e um golaço coroaram a noite de gala do maestro. A
vitória por 3 a 0 deixa o Tricolor em situação mais confortável para
fugir do rebaixamento e coloca o Náutico bem perto da Série B.
Desde o início, Ganso assumiu a responsabilidade de organizar o time e
criar chances. Criou várias no primeiro tempo, mas o ataque só acordou
quando o toque de costas do camisa 8 encontrou Aloísio e depois
Ademilson. Na etapa final, ele garantiu a vitória ao passar por três
marcadores e tocar rasteiro no canto esquerdo de Ricardo Berna. Um
golaço. Welliton ainda entrou para fazer o terceiro.
Já os pernambucanos se afundam ainda mais e estão muito próximos da queda. O Alvirrubro segura a lanterna, com apenas 17, exatamente a metade do que tem o Coritiba, primeiro time fora da zona da degola. Faltam nove rodadas para o fim.
Na próxima rodada, o São Paulo enfrenta o Bahia, domingo, às 16h, na Fonte Nova, em Salvador. O Náutico recebe o Santos, sábado, às 18h30m, na Arena Pernambuco.
Ademilson desencanta
Foram 30 minutos de uma angústia rotineira em 2013. Não há jogo fácil para o São Paulo. Nem mesmo contra o lanterna e quase rebaixado Náutico. Sobraram espaços para criar e oportunidades de marcar. O gol parecia ser questão de tempo. E foi. Mas, além da chuva, a torcida presente ao Morumbi teve de suportar um time que tropeça nas próprias pernas e sofre demais para ficar em vantagem.
Todo recuado na defesa, o Náutico apostou na velocidade de Maikon Leite para surpreender, como fez nos últimos suspiros que deu no torneio. Por pouco, não deu certo, logo aos dois minutos, em um vacilo defensivo dos paulistas. Rogério Ceni, vilão do clássico contra o Corinthians, salvou com o pé direito o chute cruzado do ex-palmeirense - e depois viu Muricy dizer que faz campanha para que ele não se aposente.
No mais, só deu São Paulo. Apesar da postura defensiva do adversário, o Tricolor teve muita facilidade para tocar a bola e pressionar. Ganso se movimentou, assumiu a responsabilidade de organizar a equipe, mas poderia ter sido mais ambicioso. Exagerou nos passes e esqueceu de chutar. Ademilson, com desvio da zaga, tentou e parou em ótima defesa de Ricardo Berna.
O passar do tempo sem gols deixou os são-paulinos ansiosos. Talvez, esse não seja o termo para resumir Aloísio. O “Boi Bandido” segue sua rotina de trombadas nos zagueiros com a vontade de um guerreiro, mas esbarra qualidade técnica. A falta dela. Na primeira grande chance, driblou dois rivais e só chutou quando a marcação se recompôs. Depois, errou uma cabeçada livre na pequena área.
O gol, aliás, saiu graças à luta de Aloísio. Após passe de calcanhar de Paulo Henrique, o atacante tentou fugir de um zagueiro e acabou travado. A bola sobrou limpa para Ademilson, quase na pequena, bater no canto direito de Berna. Foi o primeiro dele no Brasileirão.
Ganso resolve
A necessidade de reagir fez o Náutico se abrir no segundo tempo. O técnico Marcelo Martelotte deixou o time mais exposto defensivamente, mas conseguiu ao menos incomodar os paulistas. Assim como na etapa inicial, o time perdeu uma chance clara de marcar nos primeiros minutos. Elicarlos, livre de marcação, errou a cabeçada de frente para Ceni.
Com ainda mais espaço, o São Paulo voltou a chegar facilmente ao ataque. No entanto, de novo, o time sofreu com o nervosismo para finalizar. A pressa em resolver a partida o quanto antes atrapalhou os planos e irritou a torcida. Aloísio, Wellington e Ademilson apareceram em condições claras dentro da área e...erraram.
Foi aí que Paulo Henrique Ganso decidiu o jogo, aos 20. Sem afobação, sem precisar correr em demasia, deixou para trás um, dois, três adversários e tocou com estilo no canto esquerdo do goleiro. A bola ainda tocou na trave e entrou. Um golaço que, por pouco, não é seguido de outro. Com um voleio de dentro da área, o meia quase fez o terceiro.
Com o Náutico sem mostrar reação, o São Paulo continuou em cima. Muricy trocou Aloísio por Welliton e obteve êxito logo de cara, aos 28. O atacante recebeu passe de Ademilson na área e bateu forte, cruzado, sem chances de defesa para Ricardo Berna. Fim de jogo bem antes do apito final.
Ganso é carregado por Wellington e Aloísio após golaço
(Foto: Marcos Bezerra / Ag. Estado)
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O resultado faz a equipe de Muricy Ramalho subir para o 12º lugar,
agora com 37 pontos, cinco acima do grupo dos quatro últimos (distância
que ainda pode cair para três, já que o Vasco joga nesta quinta-feira).
De quebra, o Tricolor ultrapassou o Corinthians, seu maior rival, que
perdeu para o Grêmio, por 1 a 0, e se manteve com 37, mas fica em 13º
porque tem duas vitórias a menos - até o técnico Muricy chegou a brincar com a derrota corintiana, passando como gremista por um dia.Já os pernambucanos se afundam ainda mais e estão muito próximos da queda. O Alvirrubro segura a lanterna, com apenas 17, exatamente a metade do que tem o Coritiba, primeiro time fora da zona da degola. Faltam nove rodadas para o fim.
Na próxima rodada, o São Paulo enfrenta o Bahia, domingo, às 16h, na Fonte Nova, em Salvador. O Náutico recebe o Santos, sábado, às 18h30m, na Arena Pernambuco.
Ganso, do São Paulo, disputa com Martinez, do Náutico
(Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Foram 30 minutos de uma angústia rotineira em 2013. Não há jogo fácil para o São Paulo. Nem mesmo contra o lanterna e quase rebaixado Náutico. Sobraram espaços para criar e oportunidades de marcar. O gol parecia ser questão de tempo. E foi. Mas, além da chuva, a torcida presente ao Morumbi teve de suportar um time que tropeça nas próprias pernas e sofre demais para ficar em vantagem.
Todo recuado na defesa, o Náutico apostou na velocidade de Maikon Leite para surpreender, como fez nos últimos suspiros que deu no torneio. Por pouco, não deu certo, logo aos dois minutos, em um vacilo defensivo dos paulistas. Rogério Ceni, vilão do clássico contra o Corinthians, salvou com o pé direito o chute cruzado do ex-palmeirense - e depois viu Muricy dizer que faz campanha para que ele não se aposente.
No mais, só deu São Paulo. Apesar da postura defensiva do adversário, o Tricolor teve muita facilidade para tocar a bola e pressionar. Ganso se movimentou, assumiu a responsabilidade de organizar a equipe, mas poderia ter sido mais ambicioso. Exagerou nos passes e esqueceu de chutar. Ademilson, com desvio da zaga, tentou e parou em ótima defesa de Ricardo Berna.
O passar do tempo sem gols deixou os são-paulinos ansiosos. Talvez, esse não seja o termo para resumir Aloísio. O “Boi Bandido” segue sua rotina de trombadas nos zagueiros com a vontade de um guerreiro, mas esbarra qualidade técnica. A falta dela. Na primeira grande chance, driblou dois rivais e só chutou quando a marcação se recompôs. Depois, errou uma cabeçada livre na pequena área.
O gol, aliás, saiu graças à luta de Aloísio. Após passe de calcanhar de Paulo Henrique, o atacante tentou fugir de um zagueiro e acabou travado. A bola sobrou limpa para Ademilson, quase na pequena, bater no canto direito de Berna. Foi o primeiro dele no Brasileirão.
Ademilson comemora o primeiro gol do São Paulo sobre o Náutico (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
A necessidade de reagir fez o Náutico se abrir no segundo tempo. O técnico Marcelo Martelotte deixou o time mais exposto defensivamente, mas conseguiu ao menos incomodar os paulistas. Assim como na etapa inicial, o time perdeu uma chance clara de marcar nos primeiros minutos. Elicarlos, livre de marcação, errou a cabeçada de frente para Ceni.
Com ainda mais espaço, o São Paulo voltou a chegar facilmente ao ataque. No entanto, de novo, o time sofreu com o nervosismo para finalizar. A pressa em resolver a partida o quanto antes atrapalhou os planos e irritou a torcida. Aloísio, Wellington e Ademilson apareceram em condições claras dentro da área e...erraram.
Foi aí que Paulo Henrique Ganso decidiu o jogo, aos 20. Sem afobação, sem precisar correr em demasia, deixou para trás um, dois, três adversários e tocou com estilo no canto esquerdo do goleiro. A bola ainda tocou na trave e entrou. Um golaço que, por pouco, não é seguido de outro. Com um voleio de dentro da área, o meia quase fez o terceiro.
Com o Náutico sem mostrar reação, o São Paulo continuou em cima. Muricy trocou Aloísio por Welliton e obteve êxito logo de cara, aos 28. O atacante recebeu passe de Ademilson na área e bateu forte, cruzado, sem chances de defesa para Ricardo Berna. Fim de jogo bem antes do apito final.
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