A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Nove jogos, 34 dias, 905 minutos. O longo e incômodo jejum de Barcos
acabou com uma matada no peito e um belo arremate de pé esquerdo, num
lance que deu a vitória ao Grêmio por 1 a 0 sobre um apático
Corinthians, na noite desta quarta-feira, na Arena Grêmio. O gol do
Pirata deixou o Tricolor na vice-liderança, cada vez mais perto da Taça
Libertadores, e afundou um pouco mais o rival, agora preocupado com a
zona de rebaixamento – Portuguesa e São Paulo, equipes que vêm lutando
apenas contra a degola, já ultrapassaram o Corinthians na tabela.
A vitória levou a equipe de Renato Gaúcho aos 52 pontos, a dez do líder
Cruzeiro, mas com a classificação para a Libertadores bem próxima – são
11 pontos de vantagem para o rival Inter, sexto colocado (atrás do
Atlético-MG, já garantido no torneio do ano que vem por ser o atual
campeão). Os destaques da vitória foram a boa mexida no segundo tempo,
com Maxi Rodríguez se destacando e dando assistência, e o fim do peso
nas costas de Barcos. O argentino não marcava desde o dia 11 de
setembro, contra o Náutico, e mostrou alívio na comemoração do gol, com
socos no ar e muita garra.
Sobre o Corinthians, paira a preocupação. Com 37 pontos, o time de Tite precisa se preocupar mais com a parte de baixo da tabela – está a cinco pontos do Criciúma, primeiro na zona da degola, mas esse número pode cair se o Vasco vencer o Goiás nesta quinta (neste caso, o Coritiba, com 34, passaria a ser o 17º). Com mais uma atuação em branco no ataque, o Timão está há quatro jogos sem fazer gols. Pouquíssimo para um time com cada vez menos alternativas.
O Grêmio volta a campo no próximo domingo, em clássico contra o Internacional, às 16h (de Brasília), em Caxias do Sul. O Timão enfrenta o Criciúma em duelo de quase desespero, sábado, às 21h, em Itu.
Mais do mesmo
Sete finalizações, apenas duas com perigo. Assim, os piores ataques do segundo turno do Brasileiro justificaram suas atuais condições e, claro, não tiraram o placar do zero na primeira etapa. Sem Kleber, suspenso, o Grêmio confiou em um Barcos muito isolado – frequentemente, teve de vencer a marcação de dois, até três jogadores. Do outro lado, o Corinthians continuou com seu bloqueio criativo.
A alteração promovida por Tite no início da semana até surtiu efeito. Aberto pelo lado direito, Diego Macedo avançou bastante e apareceu na área em duas oportunidades: primeiro, Dida fez grande defesa; depois, recebeu livre e chutou longe, nas arquibancadas da Arena. Na armação, Douglas sumiu. Apenas um bom passe em 45 minutos.
Os donos da casa também não andam muito interessados no gol. O esquema de Renato Gaúcho com três zagueiros e três volantes continua ali, mantendo o sistema defensivo bem protegido. No ataque, só Lucas Coelho se atreveu a tentar algo diferente: aos 40, fez fila, chutou de fora da área e exigiu a única defesa difícil de Cássio.
Esquema muda, e Pirata desencanta
Com um Corinthians preguiçoso no ataque, Renato Gaúcho viu que não havia necessidade de manter três zagueiros no time. Tirou Bressan, lançou Maxi Rodríguez e viu o reserva brilhar logo de cara. Aos quatro minutos, um lançamento perfeito do uruguaio encontrou o peito de Barcos, que matou com classe e chutou de pé esquerdo: 1 a 0 e fim do jejum do Pirata.
O Grêmio fez o que dele se esperava. Com a vantagem, procurou se fechar e diminuir os espaços no meio-campo, como sempre faz. O Corinthians e Tite não entenderam esse congestionamento todo. Os meias ficaram perdidos, tentavam passes infrutíferos e quase sempre encontravam pés de gremistas acabando com as jogadas. A única boa chance foi com Emerson, em chute bem defendido por Dida.
Satisfeito, Renato tirou Barcos e lançou Saimon, retomando os três zagueiros. Se o Corinthians já não criava, a situação só piorou. Rodriguinho, Ibson, Jocinei... Emerson ainda quase empatou nos acréscimos, exigindo milagre de Dida. O último lance, com o goleiro Cássio na área adversária, diz tudo. O Timão já é uma equipe quase em desespero. Enquanto isso, o Grêmio caminha tranquilo rumo à Libertadores.
Barcos comemora o gol do Grêmio contra o Corinthians
(Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)
Sobre o Corinthians, paira a preocupação. Com 37 pontos, o time de Tite precisa se preocupar mais com a parte de baixo da tabela – está a cinco pontos do Criciúma, primeiro na zona da degola, mas esse número pode cair se o Vasco vencer o Goiás nesta quinta (neste caso, o Coritiba, com 34, passaria a ser o 17º). Com mais uma atuação em branco no ataque, o Timão está há quatro jogos sem fazer gols. Pouquíssimo para um time com cada vez menos alternativas.
O Grêmio volta a campo no próximo domingo, em clássico contra o Internacional, às 16h (de Brasília), em Caxias do Sul. O Timão enfrenta o Criciúma em duelo de quase desespero, sábado, às 21h, em Itu.
Pará encara a marcação de Igor
(Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)
Sete finalizações, apenas duas com perigo. Assim, os piores ataques do segundo turno do Brasileiro justificaram suas atuais condições e, claro, não tiraram o placar do zero na primeira etapa. Sem Kleber, suspenso, o Grêmio confiou em um Barcos muito isolado – frequentemente, teve de vencer a marcação de dois, até três jogadores. Do outro lado, o Corinthians continuou com seu bloqueio criativo.
A alteração promovida por Tite no início da semana até surtiu efeito. Aberto pelo lado direito, Diego Macedo avançou bastante e apareceu na área em duas oportunidades: primeiro, Dida fez grande defesa; depois, recebeu livre e chutou longe, nas arquibancadas da Arena. Na armação, Douglas sumiu. Apenas um bom passe em 45 minutos.
Os donos da casa também não andam muito interessados no gol. O esquema de Renato Gaúcho com três zagueiros e três volantes continua ali, mantendo o sistema defensivo bem protegido. No ataque, só Lucas Coelho se atreveu a tentar algo diferente: aos 40, fez fila, chutou de fora da área e exigiu a única defesa difícil de Cássio.
Esquema muda, e Pirata desencanta
Com um Corinthians preguiçoso no ataque, Renato Gaúcho viu que não havia necessidade de manter três zagueiros no time. Tirou Bressan, lançou Maxi Rodríguez e viu o reserva brilhar logo de cara. Aos quatro minutos, um lançamento perfeito do uruguaio encontrou o peito de Barcos, que matou com classe e chutou de pé esquerdo: 1 a 0 e fim do jejum do Pirata.
O Grêmio fez o que dele se esperava. Com a vantagem, procurou se fechar e diminuir os espaços no meio-campo, como sempre faz. O Corinthians e Tite não entenderam esse congestionamento todo. Os meias ficaram perdidos, tentavam passes infrutíferos e quase sempre encontravam pés de gremistas acabando com as jogadas. A única boa chance foi com Emerson, em chute bem defendido por Dida.
Satisfeito, Renato tirou Barcos e lançou Saimon, retomando os três zagueiros. Se o Corinthians já não criava, a situação só piorou. Rodriguinho, Ibson, Jocinei... Emerson ainda quase empatou nos acréscimos, exigindo milagre de Dida. O último lance, com o goleiro Cássio na área adversária, diz tudo. O Timão já é uma equipe quase em desespero. Enquanto isso, o Grêmio caminha tranquilo rumo à Libertadores.
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