A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Ser líder é mais do que ocupar a primeira posição. É saber a hora de
avançar, o momento de acalmar. Não se intimidar com gramado, estádio e
torcida adversários. E, especialmente, ser preciso quando não está em um
dia tão inspirado. Se desta vez não teve golaço ou grande atuação como
contra o Flamengo, o Cruzeiro foi simples. Mesmo jogando em Campinas,
envolveu a Ponte desde o início, fez 2 a 0 e não levou sustos. Atuação
suficiente para reassumir a ponta do Campeonato Brasileiro, ao menos por
algumas horas.
A equipe de Marcelo Oliveira volta para a Toca da Raposa com 31 pontos, a segunda vitória consecutiva no Brasileirão e uma vantagem rasa para o Botafogo - que, com 29, fecha a 16ª rodada no domingo contra o Atlético-PR, em Curitiba. O título de melhor ataque segue intacto, mas, nesta noite, coube a um zagueiro garantir o resultado: Dedé, de cabeça, superou a falha no meio de semana e marcou o primeiro pela Raposa.
Enquanto mineiros festejam, paulistas se preocupam ainda mais. Única equipe a entrar em campo neste sábado entre as ameaçadas pelo rebaixamento, a Ponte Preta estaciona nos 15 pontos graças à segunda derrota consecutiva no Moisés Lucarelli. Agora, Carpegiani e companhia precisam torcer contra Criciúma e Portuguesa - que enfrenta Coritiba e Atlético-MG - para não fechar o fim de semana no Z-4.
A missão de pontepretanos e cruzeirenses não acaba após o duelo direto desta noite. Os dois elencos ficam de olho no complemento da rodada - um para seguir na liderança, outro para escapar da degola. Caso não tenham sucesso na torcida, terão nova chance de alegrar a torcida no meio de semana, mas em outro torneio.
Terça-feira, a Ponte recebe o Criciúma e precisa de um empate simples para avançar à segunda fase da Copa Sul-Americana. Um dia depois e na mesma situação, o Cruzeiro visita o Flamengo no Maracanã para alcançar as quartas de final da Copa do Brasil. Pelo Brasileiro, os dois clubes jogam no fim de semana: a Macaca enfrenta o Grêmio, sábado, em Porto Alegre, enquanto a Raposa encara o Vasco, domingo, em Belo Horizonte.
Raposa adota postura de líder
Se quisesse recuperar a ponta, o Cruzeiro teria que agir como tal em Campinas. E assim fez, sem se incomodar com fatores externos. Desde o início, ditou o ritmo da partida, alternou passes curtos e longos e controlou a Ponte Preta, que, abalada pelo desfalque de última hora de William, não conseguiu repetir a boa atuação do meio de semana, em Criciúma.
Envolvida pelos passes cruzeirenses, a Macaca só se defendeu na primeira etapa. Roberto salvou duas vezes, em chutes de Ricardo Goulart e Souza. Só não evitou a finalização que veio do alto. Souza, ex-jogador da Ponte, cobrou escanteio aos 22 minutos e achou Dedé. Ele, que entregou um gol para o Flamengo na quarta-feira, acertou o canto direito e abriu o marcador para se reabilitar perante à torcida celeste.
Se já estava em casa com o placar empatado, o Cruzeiro ficou mais à vontade ainda no restante do primeiro tempo. A Ponte, que claramente sentiu falta de William no ataque, arriscou apenas finalizações de longe, mas Uendel e Chiquinho não acertaram o pé - Fábio foi um espectador de luxo em 45 minutos de duelo. Do outro lado, Everton Ribeiro, Willian e Ricardo Goulart tocavam a bola como se estivessem no Mineirão, sem se preocupar com quem era o dono do estádio.
Artilheiro bate, bate, bate... e fura
Carpegiani desaprovou tanto a apatia da Ponte que voltou para o segundo tempo com duas alterações. Ramírez foi a campo para melhorar o toque de bola, enquanto Rafinha era aposta de mais velocidade na frente. A Macaca esboçou uma melhora, ao ditar o ritmo por alguns minutos, mas logo abriu espaços para o Cruzeiro. Sem fazer força, os mineiros mostraram o quanto faz falta não ter um artilheiro.
Enquanto a Ponte se ressentia do desfalque de William, a Raposa soube usar bem Borges. O camisa 9 perdeu três boas oportunidades quase que consecutivas, mas recebeu uma quarta chance, que não poderia perder. Ao receber em profundidade na área, fuzilou Roberto e praticamente garantiu a liderança mineira fora de casa.
O placar quase garantido - pela postura dos dois times - deu a chance de poupar jogadores. Ricardo Goulart, um dos que mais sentiram o desgaste dos últimos jogos, deu lugar a Henrique, que trancou o meio-campo do Cruzeiro. A Ponte tentou abrir o jogo com Giovanni, mas sequer sujou o uniforme de Fábio.
A equipe de Marcelo Oliveira volta para a Toca da Raposa com 31 pontos, a segunda vitória consecutiva no Brasileirão e uma vantagem rasa para o Botafogo - que, com 29, fecha a 16ª rodada no domingo contra o Atlético-PR, em Curitiba. O título de melhor ataque segue intacto, mas, nesta noite, coube a um zagueiro garantir o resultado: Dedé, de cabeça, superou a falha no meio de semana e marcou o primeiro pela Raposa.
Enquanto mineiros festejam, paulistas se preocupam ainda mais. Única equipe a entrar em campo neste sábado entre as ameaçadas pelo rebaixamento, a Ponte Preta estaciona nos 15 pontos graças à segunda derrota consecutiva no Moisés Lucarelli. Agora, Carpegiani e companhia precisam torcer contra Criciúma e Portuguesa - que enfrenta Coritiba e Atlético-MG - para não fechar o fim de semana no Z-4.
A missão de pontepretanos e cruzeirenses não acaba após o duelo direto desta noite. Os dois elencos ficam de olho no complemento da rodada - um para seguir na liderança, outro para escapar da degola. Caso não tenham sucesso na torcida, terão nova chance de alegrar a torcida no meio de semana, mas em outro torneio.
Terça-feira, a Ponte recebe o Criciúma e precisa de um empate simples para avançar à segunda fase da Copa Sul-Americana. Um dia depois e na mesma situação, o Cruzeiro visita o Flamengo no Maracanã para alcançar as quartas de final da Copa do Brasil. Pelo Brasileiro, os dois clubes jogam no fim de semana: a Macaca enfrenta o Grêmio, sábado, em Porto Alegre, enquanto a Raposa encara o Vasco, domingo, em Belo Horizonte.
Willian passa por Chiquinho: atacante se destaca em nova vitória (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)
Se quisesse recuperar a ponta, o Cruzeiro teria que agir como tal em Campinas. E assim fez, sem se incomodar com fatores externos. Desde o início, ditou o ritmo da partida, alternou passes curtos e longos e controlou a Ponte Preta, que, abalada pelo desfalque de última hora de William, não conseguiu repetir a boa atuação do meio de semana, em Criciúma.
Envolvida pelos passes cruzeirenses, a Macaca só se defendeu na primeira etapa. Roberto salvou duas vezes, em chutes de Ricardo Goulart e Souza. Só não evitou a finalização que veio do alto. Souza, ex-jogador da Ponte, cobrou escanteio aos 22 minutos e achou Dedé. Ele, que entregou um gol para o Flamengo na quarta-feira, acertou o canto direito e abriu o marcador para se reabilitar perante à torcida celeste.
Se já estava em casa com o placar empatado, o Cruzeiro ficou mais à vontade ainda no restante do primeiro tempo. A Ponte, que claramente sentiu falta de William no ataque, arriscou apenas finalizações de longe, mas Uendel e Chiquinho não acertaram o pé - Fábio foi um espectador de luxo em 45 minutos de duelo. Do outro lado, Everton Ribeiro, Willian e Ricardo Goulart tocavam a bola como se estivessem no Mineirão, sem se preocupar com quem era o dono do estádio.
Souza deixa a partida com lesão no final do primeiro tempo: preocupação (Foto: Marco Antônio Astoni)
Carpegiani desaprovou tanto a apatia da Ponte que voltou para o segundo tempo com duas alterações. Ramírez foi a campo para melhorar o toque de bola, enquanto Rafinha era aposta de mais velocidade na frente. A Macaca esboçou uma melhora, ao ditar o ritmo por alguns minutos, mas logo abriu espaços para o Cruzeiro. Sem fazer força, os mineiros mostraram o quanto faz falta não ter um artilheiro.
Enquanto a Ponte se ressentia do desfalque de William, a Raposa soube usar bem Borges. O camisa 9 perdeu três boas oportunidades quase que consecutivas, mas recebeu uma quarta chance, que não poderia perder. Ao receber em profundidade na área, fuzilou Roberto e praticamente garantiu a liderança mineira fora de casa.
O placar quase garantido - pela postura dos dois times - deu a chance de poupar jogadores. Ricardo Goulart, um dos que mais sentiram o desgaste dos últimos jogos, deu lugar a Henrique, que trancou o meio-campo do Cruzeiro. A Ponte tentou abrir o jogo com Giovanni, mas sequer sujou o uniforme de Fábio.
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