quarta-feira, 6 de março de 2013

libertadores - Maestro Zé Roberto comanda líder Grêmio na goleada sobre Caracas

 - Meia de 38 anos ainda é artilheiro do jogo. Vargas e Barcos ajudam a garantir 1ª vitória de mandante na chave. Gramado da Arena melhora


 A CRÔNICA

por Hector Werlang

Foi uma noite perfeita para o Grêmio e Zé Roberto. Do alto de seus 38 anos, o veterano com fôlego de menino voltou a ser o maestro da equipe ao comandar a goleada por 4 a 1 sobre o Caracas, na noite desta terça-feira de reconciliação do time com a Arena. É bom lembrar que Zé teve a brilhante companhia dos gringos Vargas e Barcos, também destaques no triunfo de superação da ‘sina caseira’, que não permitia os mandantes vencerem no Grupo 8 da Libertadores. O resultado - que poderia ter sido mais elástico - conseguiu ainda ter representatividade maior: alçou o time de Vanderlei Luxemburgo à liderança da chave, com o término da terceira rodada.


Foi uma noite para o Caracas esquecer. Não viu a cor da bola, conheceu a segunda derrota em três jogos e amargou a lanterna da chave. Justo no dia em que Hugo Chávez, presidente da Venezuela, morreu vítima de câncer.

Neste contraste, as duas equipes encerram a terça-feira em Porto Alegre. E vão se preparar para o confronto seguinte em Caracas – não atuarão no fim de semana. A partida, terça que vem, é às 21h30m, no Olimpico de la UCV.


grêmio caracas arena libertadores gol werley (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Grêmio não dá chances ao Caracas na Arena (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

Pressão, gols
O Grêmio começou a partida arrasador. Decidido a apagar a má imagem da derrota para o Huachipato no novo estádio e ser o primeiro time do grupo a ganhar como local em seis jogos, partiu para cima. Avançou a marcação.
 Não permitiu que o rival tocasse a bola. Claro, empilhou chances de gol.

Fruto do melhor entrosamento da equipe, que passou 13 dias em pré-temporada fora de época – após a eliminação no Gauchão. Houve troca de passes, inversões de posições, cobertura aos laterais e destaques individuais:



 Barcos, Vargas e Zé Roberto. O time foi o mesmo da goleada sobre o Fluminense.

A primeira oportunidade foi aos seis minutos. Após linda jogada de Barcos, André Santos chutou por cima do gol. Pará, em rebote após escanteio, quase marcou de fora da área. Embora tivesse com maior volume de jogo, o gol só sairia após jogada de bola parada, fundamento para superar o sistema defensivo, um 4-1-4-1. Elano cobrou, a zaga afastou, Pará cruzou, e o goleio Baroja não segurou. Barcos, oportunista, só completou o gol: 1 a 0, aos 16, e o estádio todo imitando o Pirata.

Zé e Vargas, esses em grande jogada após driblar dois defensores, quase ampliaram. Porém, de novo, a bola parada desequilibrou. Zé cobrou escanteio no primeiro pau, e Werley desviou: 2 a 0, aos 37. O placar no intervalo só não foi maior porque Zé e Vargas, eles de novo, pararam nas mãos de Baroja.

Caracas melhora e assusta


grêmio caracas arena libertadores pirata barcos gol (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Jogadores fazem o famoso 'pirata' de Barcos  (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

O segundo tempo começou quase da mesma forma. A diferença foi que o Grêmio marcou cedo. Barcos, em lindo lançamento, descobriu Zé Roberto. Livre, driblou o goleiro e completou ao gol: 3 a 0, aos seis minutos.

A tranquilidade não foi maior porque o Caracas melhorou após a entrada de Lucas. Conseguiu trocar passes, segurar a bola e atacar, algo até então inédito. Descontaria com Sánchez, aos 14, de cabeça, após cobrança de falta da esquerda.

O gol animou o time venezuelano. Ameaçou reação. Cabezas obrigou Dida a fazer boa defesa. E o Grêmio passou a atuar no contragolpe. Vargas, em chute cruzado, Zé Roberto, da entrada da área, e Elano, em cobrança falta, quase ampliaram.

O quarto gol sairia de uma jogada coletiva. Elano reteve a bola. Trocou passes com os volantes. A bola chegou a Vargas, que descobriu Pará. Em alta velocidade, o lateral-direito ganhou de Quijada e cruzou rasteiro. Zé só completou, aos 27.

Com a vantagem, o Tricolor administrou a partida. Vargas, ao ser substituído por Welliton, foi aplaudido de pé. A torcida, aliás, se entusiasmou e fez uma bonita festa. O único ‘porém’ foi que não lotou o estádio, apesar do bom público de 32.561 almas. Haverá novas chances.



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