Após intercâmbio na terra das 'Leonas', meninas da seleção brasileira buscam bons resultados na Liga Mundial, que está sendo disputada no Rio de Janeiro
Elas são bicampeãs mundiais, donas de seis títulos nos Jogos
Pan-Americanos e já subiram ao pódio nas últimas quatro Olimpíadas no
hóquei sobre grama. Além das medalhas de prata nas em Londres 2012 e
Sidney 2000, as argentinas conquistaram o bronze em Pequim 2008 e Atenas
2004. Referência mundial, as "Leonas" - apelido das hermanas nos
gramados - ocupam a vice-liderança do ranking (atrás apenas da Holanda) e
têm como trunfos o espírito de luta, a técnica e a velocidade. Foi o
estilo de jogo da Argentina que levou um grupo de amigas brasileiras a
tentar a sorte em clubes de Buenos Aires. Destaques da seleção, Lisandra
de Souza, Thalita Cabral, Raquel Lemos e Bruna Ferraro fizeram um
intercâmbio de quatro meses no país vizinho, dividindo o quarto, as
tarefas e até a maquiagem. A viagem foi mais um passo na jornada rumo
aos Jogos do Rio 2016.
- Fiquei sabendo que iria viajar com uma semana de antecedência. Jogar
lá sempre foi o meu sonho. Falo espanhol desde pequenininha e tenho um
carinho enorme pelo país. O hóquei sobre grama na Argentina é muito
popular e desenvolvido. Os campeonatos são equilibrados e existem uma
série de categorias que ajudam a nivelar ainda mais. Eles começam a
jogar cedo, e os clubes separam os que querem se profissionalizar dos
que praticam o esporte por hobby - contou Bruna, que não descarta a
possibilidade de voltar.
Fã de Luciana Aymar, eleita seis vezes a melhor do mundo e considerada a "Maradona de saias", a paranaense de Cascavel atuou pelo tradicional Club Atlético de San Isidro (CASI), ao lado da carioca Raquel.
- O primeiro mês de viagem foi terrível, não dominava o idioma, não entendia nada do que as meninas diziam, sentia falta da família, dos amigos... Pensei até em voltar para casa, mas acabei me adaptando e amei a experiência. Queria aproveitar todos os momentos, pedia até para treinar com as crianças de 12 anos - disse Raquel, ex-jogadora de futsal.
A paulista Thalita e a catarinense Lisandra vestiram a camisa do San
Fernando, time que ainda conta com basquete, vôlei, canoagem, ginástica,
judô, natação e tênis.
- Consegui pegar ritmo e velocidade. As hermanas têm mais qualidade técnica, controle de bola e as batidas para o gol são mais difíceis de defender. Eu me adaptei muito rápido, conseguia entender a dinâmica de jogo e orientava as minhas companheiras. Além da evolução profissional, cresci como pessoa, aprendi a respeitar mais o espaço dos outros. Imagina, nós dividíamos um dormitório e tínhamos só um frigobar para quatro pessoas - analisou a goleira Lisandra.
Além da qualidade técnica, as brasileiras experimentaram uma rotina de treinos e jogos bem mais intensa do que no Brasil, onde o calendário ainda é irregular e as partidas oficiais pela seleção brasileira são escassas.
- É uma realidade totalmente diferente. A minha vivência no esporte em quatro meses foi muito maior do que um ano inteiro no Brasil. As "Leonas" têm muita raça, não desistem nunca. E treinam muito. No San Fernando, treinávamos três vezes na semana e jogávamos todos os sábados. Voltei outra pessoa - afirmou Thalita.
Nesta quinta-feira, as amigas vão colocar à prova o que aprenderam no segundo jogo da equipe na Liga Mundial, às 15h30m, diante da Escócía, na Vila Militar de Deodoro, no Rio de Janeiro. Na estreia no torneio, a seleção brasileira feminina foi goleada pelos Estados Unidos.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/outros-esportes/noticia/2013/03/de-olho-em-2016-amigas-do-hoquei-aprimoram-tecnica-na-argentina.html
Lisandra, Raquel, Thalita e Bruna fizeram intercâmbio na Argentina (Foto: Ana Carolina Fontes)
Fã de Luciana Aymar, eleita seis vezes a melhor do mundo e considerada a "Maradona de saias", a paranaense de Cascavel atuou pelo tradicional Club Atlético de San Isidro (CASI), ao lado da carioca Raquel.
- O primeiro mês de viagem foi terrível, não dominava o idioma, não entendia nada do que as meninas diziam, sentia falta da família, dos amigos... Pensei até em voltar para casa, mas acabei me adaptando e amei a experiência. Queria aproveitar todos os momentos, pedia até para treinar com as crianças de 12 anos - disse Raquel, ex-jogadora de futsal.
Bruna Ferraro marca americana na Liga Mundial de hóquei sobre grama (Foto: Caio Ely/CBHG)
- Consegui pegar ritmo e velocidade. As hermanas têm mais qualidade técnica, controle de bola e as batidas para o gol são mais difíceis de defender. Eu me adaptei muito rápido, conseguia entender a dinâmica de jogo e orientava as minhas companheiras. Além da evolução profissional, cresci como pessoa, aprendi a respeitar mais o espaço dos outros. Imagina, nós dividíamos um dormitório e tínhamos só um frigobar para quatro pessoas - analisou a goleira Lisandra.
Além da qualidade técnica, as brasileiras experimentaram uma rotina de treinos e jogos bem mais intensa do que no Brasil, onde o calendário ainda é irregular e as partidas oficiais pela seleção brasileira são escassas.
- É uma realidade totalmente diferente. A minha vivência no esporte em quatro meses foi muito maior do que um ano inteiro no Brasil. As "Leonas" têm muita raça, não desistem nunca. E treinam muito. No San Fernando, treinávamos três vezes na semana e jogávamos todos os sábados. Voltei outra pessoa - afirmou Thalita.
Nesta quinta-feira, as amigas vão colocar à prova o que aprenderam no segundo jogo da equipe na Liga Mundial, às 15h30m, diante da Escócía, na Vila Militar de Deodoro, no Rio de Janeiro. Na estreia no torneio, a seleção brasileira feminina foi goleada pelos Estados Unidos.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/outros-esportes/noticia/2013/03/de-olho-em-2016-amigas-do-hoquei-aprimoram-tecnica-na-argentina.html
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