Ponteira de 18 anos chama responsabilidade, ajuda equipe a dar volta por cima e a vencer rival. De quebra, é maior pontuadora, com 19 acertos
A fisionomia serena contrastava com a das companheiras. Nem parecia que o Rio de Janeiro perdia. Nem parecia que estava ali uma menina de 18 anos, que ganhou o lugar no time titular depois que Logan Tom lesionou o tornozelo. Gabi teve tranquilidade de veterana, chamou a responsabilidade e foi peça fundamental na vitória de virada sobre o Sesi-SP no primeiro jogo da semifinal da Superliga, nesta sexta-feira, em São Paulo: 3 sets a 1, parciais de 23/25, 25/17, 25/20 e 25/16. A jovem foi a maior pontuadora do jogo, com 19 acertos.
A segunda partida da melhor de três será disputada no dia 16, no Maracanãzinho. Se vencer novamente, a equipe carioca garantirá seu lugar na final da competição.
O jogo
Dani Lins chamou, Elisângela disse "presente". Foi com os ataques perfeitos dela que o Sesi-SP começou a construir a vantagem no primeiro set. Não demorou para que Fabiana e Tandara pegassem carona e ajudassem a colocar uma ruga de preocupação na testa da equipe adversária. O Rio de Janeiro errava mais, não bloqueava como de costume, perdia oportunidades de contra-ataques e via as anfitriãs fugirem no marcador. A vantagem chegou a ser de quatro pontos (18/14). Bernardinho parava o jogo, orientava suas jogadoras. A líbero Fabi motivava as companheiras e pedia mais atenção. Gabi respondia. A jovem jogadora mostrava tranquilidade, apesar do momento difícil. Com ela, a equipe carioca encostou no marcador (23/22), levando preocupação ao técnico Talmo. As meninas mantiveram a calma e, com Tandara, saíram na frente: 25/23.
E queriam mais. Como o bloqueio do Rio de Janeiro não fechava a porta, o Sesi aproveitava para abrir 6/2. A facilidade foi se perdendo. Fofão & cia começavam a se ajustar na partida. O bloqueio passou a funcionar, as bolas de meio com velocidade também, e a virada veio: 10/9. O jogo do Rio de Janeiro passou a fluir, assim como o de Natália. Apesar de perder por 15/12, as donas da casa não perdiam o sorriso no rosto. Lutavam e conseguiam se aproximar novamente, ficando um ponto atrás. A boa passagem de Valeskinha pelo saque foi importante para fazer a vantagem crescer novamente (20/14). O set já tinha dono. E não era o mesmo do anterior: 25/17 para o Rio.
Gabi brilha e ajuda o Rio a vencer o Sesi, fora de casa (Foto: Miguel Schincariol/Adorofoto)
O Sesi ainda acreditava. Passou a vibrar mais, começava a gostar do jogo. Aproveitou um erro de Fofão para fazer 6/5. As rivais tratavam de frear logo a reação. Passaram a marcar melhor Tandara e, rapidinho, abriram 12/7. Com tranquilidade, o Rio de Janeiro administrou a frente e fechou, sem sustos, o set e a partida, com um ataque de Gabi.
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