Clube de polícia também foi alvo de torcida do Al-Ahly no Cairo.
Ataque ocorreu após pena de morte para envolvidos em tragédia de 2012
A sede da Federação Egípcia de Futebol e parte de um clube da polícia
foram incendiados por torcedores do clube Al-Ahly na manhã deste sábado
no Cairo, logo após a confirmação da sentença de morte para 21 acusados
de uma tragédia que deixou 74 pessoas mortas em 1º de fevereiro do ano
passado.
Os bombeiros tentaram apagar as chamas que se propagavam pelo edifício
da federação de futebol, localizado no mesmo bairro que o clube da
polícia. Dois helicópteros do Exército também foram usados para
combater o fogo.
Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas nos protestos, segundo informou um funcionário do Ministério da Saúde egípcio à agência estatal de notícias Mena.
Mais cedo, o juiz Abdel-Maguid Sobhi da Corte egípcia anunciou, ao vivo
pela televisão, o veredito para 52 réus acusados no processo – ao todo,
73 pessoas foram julgadas, e 21 foram condenadas à morte em janeiro.
Agora, cinco réus pegaram prisão perpétua, nove (incluindo um
major-general e um coronel) ficarão 15 anos reclusos, seis pegaram 10
anos, dois foram condenados a 5 anos e um a 12 meses. Entre os
absolvidos, estão sete oficiais da polícia suspeitos de atos violentos.
Os advogados dos acusados poderão recorrer da decisão judicial.
Em janeiro, o anúncio da setença dos 21 torcedores pela Justiça egípcia gerou uma onda de protestos e outros óbitos. Cerca de 40 pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança do país, a maioria baleada.
Como esperado, a decisão do tribunal não conseguiu acalmar as tensões sobre o caso, que assumiu características políticas em um momento em que todo o Egito está mergulhado em uma turbulência política, com piora da economia e crescente oposição às regras do presidente islâmico Mohammed Morsi.
Na expectativa de novas ondas de violência, as autoridades do país reforçaram a segurança próximo ao Ministério do Interior, que está no comando das forças policiais. A polícia foi enviada às ruas ao redor do complexo, no centro do Cairo.
Em Port Said, cidade localizada no Mediterrâneo, ao fim do Canal de Suez, e foi alvo da tragédia em 2012, esteve em rebelião aberta durante semanas contra o presidente islâmico. Centenas de pessoas, muitas delas parentes dos réus, se reuniram em frente aos escritórios do governo local para desabafar a raiva. Elas gritavam palavras de ordem contra o governo Morsi e os vereditos aos torcedores.
O tumulto na cidade começou em 25 de janeiro, quando centenas de milhares de pessoas em todo o país lembraram o segundo ano do início da revolta que derrubou o regime do ex-presidente Hosni Mubarak.
Durante os confrontos entre a polícia e manifestantes na semana passada, que incluiu bombas de gás lacrimogêneo, oito pessoas foram mortas em Port Said. Na sexta-feira (8), a polícia local entregou o controle de segurança da cidade ao Exército.
Federação Egípcia de Futebol é incendiada por torcedores (Foto: AP)
Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas nos protestos, segundo informou um funcionário do Ministério da Saúde egípcio à agência estatal de notícias Mena.
Torcedores ficaram revoltados com a sentença dada aos torcedores egípcios (Foto: AFP)
Em janeiro, o anúncio da setença dos 21 torcedores pela Justiça egípcia gerou uma onda de protestos e outros óbitos. Cerca de 40 pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança do país, a maioria baleada.
Como esperado, a decisão do tribunal não conseguiu acalmar as tensões sobre o caso, que assumiu características políticas em um momento em que todo o Egito está mergulhado em uma turbulência política, com piora da economia e crescente oposição às regras do presidente islâmico Mohammed Morsi.
Na expectativa de novas ondas de violência, as autoridades do país reforçaram a segurança próximo ao Ministério do Interior, que está no comando das forças policiais. A polícia foi enviada às ruas ao redor do complexo, no centro do Cairo.
Em Port Said, cidade localizada no Mediterrâneo, ao fim do Canal de Suez, e foi alvo da tragédia em 2012, esteve em rebelião aberta durante semanas contra o presidente islâmico. Centenas de pessoas, muitas delas parentes dos réus, se reuniram em frente aos escritórios do governo local para desabafar a raiva. Elas gritavam palavras de ordem contra o governo Morsi e os vereditos aos torcedores.
O tumulto na cidade começou em 25 de janeiro, quando centenas de milhares de pessoas em todo o país lembraram o segundo ano do início da revolta que derrubou o regime do ex-presidente Hosni Mubarak.
Durante os confrontos entre a polícia e manifestantes na semana passada, que incluiu bombas de gás lacrimogêneo, oito pessoas foram mortas em Port Said. Na sexta-feira (8), a polícia local entregou o controle de segurança da cidade ao Exército.
Prédio da Federação Egípcia em chamas (Foto: AP)
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