sábado, 9 de março de 2013

Para combater doping, Federação de Tênis anuncia o passaporte biológico


Esportes como natação, atletismo e ciclismo já adotaram medida para evitar
o uso de substâncias proibidas. Escândalo de Armstrong motivou a decisão

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

tênis roger federer australian open (Foto: Agência Reuters)Roger Federer pediu maior controle e defendeu uso do passaporte biológico (Foto:Agência Reuters)

A Federação Internacional de Tênis (ITF) anunciou nesta quinta-feira a implantação do "Programa Passaporte Biológico para Atletas" ainda em 2013 como forma de combate ao doping. A reunião contou com a presença de representantes da ITF, da ATP (masculino), WTA (feminino) e dos organizadores dos Grand Slams. A decisão sobre a introdução da medida, que registra as variações biológicas de um atleta, foi unânime. O modelo já foi adotado por outras modalidades, como a natação, o ciclismo e o atletismo.

Incomodado por não ter sido testado para doping após o Aberto da Austrália, o tenista Roger Federer pediu um maior controle e defendeu o uso do passaporte biológico. O britânico Andy Murray também mostrou-se insatisfeito com a falta de cuidado a fim de evitar o uso de substâncias proibidas.

A principal motivação para a introdução do programa no tênis foi o escândalo envolvendo o ex-ciclista americano Lance Armstrong.
Em maio do ano passado, o fundista português Hélder Ornelas se tornou o primeiro atleta punido por doping após a análise de seu passaporte biológico. O perfil sanguíneo do fundista apresentou uma alteração considerada anormal em maio de 2011, e a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) encaminhou o processo à Federação Portuguesa. Na ocasião, a entidade confirmou a punição de quatro anos ao corredor,  que não recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).
Como funciona o passaporte biológico

O passaporte biológico é um perfil genético do atleta. Uma vez realizado um teste-base de sangue, essa amostra servirá como referência para outros exames. Ou seja, caso haja alguma variável de substâncias em coletas posteriores, o esportista será investigado para justificar a alteração. Caso contrário, será julgado como usuário de doping.

A Agência Mundial Antidoping (Wada) aprovou o método em 2009, após mais de sete anos de pesquisas. Chamado de “método inteligente”, o sistema somou eficiência ao já utilizado teste de urina e pode detectar o uso de substâncias proibidas mesmo que elas já tenham sido excretadas do organismo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2013/03/para-combater-doping-federacao-de-tenis-anuncia-o-passaporte-biologico.html

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