sábado, 9 de março de 2013

Futebol 2.0: defeitos e virtudes dos finalistas apontam atalhos para título



Vasco e Botafogo têm movimentação ofensiva como arma, mas pecam atrás: cruz-maltinos dão espaço na direita, e alvinegros vão mal pelo alto

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Vasco e Botafogo foram times que oscilaram na Taça Guanabara. Entre um começo animador e um sufoco no fim para garantir a classificação no Grupo A, ambos deram motivos de sobra para suas torcidas se dividirem entre a animação e a preocupação. A empolgação fala mais alto depois das vitórias sobre seus rivais e a vaga na decisão do primeiro turno do Campeonato Carioca. Mas nem por isso os torcedores abandonaram o receio de perder o título por causa de uma, duas ou mais falhas de marcação. As duas equipes tentam corrigir os erros no setor defensivo para o duelo decisivo deste domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão.

Apesar de ainda não ter um lateral-esquerdo definido, já que o peruano recém-contratado Yoshimar Yotún não está regularizado e só deve estrear na Taça Rio, o Vasco sofre mais pelo lado direito do campo. Começou o ano improvisando Abuda, depois substituído por Nei, que não realizou pré-temporada. No meio-campo, a força de marcação é desigual: tem pela esquerda o volante Wendel e pela direita o meia Pedro Ken, com menos característica de perseguir o adversário. É por ali que o time oferece mais espaços e sobrecarrega os zagueiros.


O Botafogo também penou com esse defeito, só que pelo lado esquerdo, principalmente nas costas de Márcio Azevedo, vendido recentemente ao ucraniano Metalist. Julio Cesar herdou o posto e, além de marcar um gol, cuidou mais do sistema defensivo contra o Flamengo, fechando a avenida. O receio agora recai sobre a falha de posicionamento da defesa nas bolas aéreas. A desatenção na marcação dentro da grande área foi causa de muitos sustos e gols sofridos, gerando reclamação pública do treinador após o empate com o Boavista.

- Claro que preocupa (a jogada de bola aérea), vimos que o Vasco fez gol assim contra Flamengo e Fluminense. É uma preocupação e uma coisa que temos trabalhado bastante na nossa equipe - observou Oswaldo de Oliveira.
Se as defesas preocupam, os times se garantem lá na frente com os melhores ataques do Carioca: 21 gols do Vasco e 19 do Botafogo (assim como o Fluminense). Mas o sucesso se dá muito em função dos meias ofensivos. Pelo lado alvinegro, os atacantes vão mal das pernas: Bruno Mendes já fez um gol, mas não repete a fase do ano passado; Henrique, contratado para esta temporada, ainda não vingou; e Rafael Marques só agora vai ganhando espaço entre titulares, mas sem balançar a rede. A tarefa recai sobre Seedorf e Lodeiro. Além da criação de jogadas, a dupla acumula a função de atacante durante os jogos e se destaca flutuando entre as pontas e a intermediária.


A movimentação também é a arma cruz-maltina, mas com tática e esquema diferentes. Como Tenorio e o recém-contratado Leonardo habitam o departamento médico neste começo de ano, Gaúcho aposta numa escalação sem centroavante. Único atacante do time, Eder Luis forma um trio de ataque flutuante ao lado dos meias Bernardo e Carlos Alberto. Dos três, é o último quem joga mais centralizado. Na teoria. Na prática, os três se revezam, dão combate na marcação e aparecem na área para finalizar.

- Como o Vasco ainda é um time em formação, as armas estão surgindo. Temos pontos positivos que no início do ano não tínhamos. Agora, estamos encontrando uma maneira de jogar mais correta para esse grupo. Não posso falar das nossas armas para não levar um tiro antes (risos). Mas sabemos que existem virtudes e também defeitos. Hoje, no futebol do Rio todo mundo se conhece, e as informações vão e vêm de todos os lados. Então, a tentativa vai ser surpreender o adversário durante o jogo, nos 90 minutos - analisou o técnico Gaúcho.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2013/03/futebol-20-defeitos-e-virtudes-dos-finalistas-apontam-atalhos-para-titulo.html

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