Ponteiro lamenta não ter podido ajudar equipe do jeito que queria na final e diz que deverá virar dirigente esportivo quando deixar as quadras
Na foto que vai ilustrar a última página do álbum cheio de imagens de sua carreira na seleção, Giba
esperava se ver chorando, sim, mas com uma medalha de ouro no peito. A
lembrança da partida que marcou o fim do ciclo de 20 anos de bons
serviços prestados com a camisa do Brasil vai ser prateada e um pouco
amarga. O título escapou de uma forma que nem eles sabem explicar. De uma hora para outra, o que era alegria virou tristeza.
- Não foi da forma que esperava. Quando botei a cabeça no travesseiro ontem à noite, sonhava com esse momento. É difícil colocar na balança. Perder é sempre uma droga. Agora, é levantar a cabeça. Três Olimpíadas, três medalhas, três finais olímpicas. A geração de prata é lembrada como a "Geração de Prata". Nós somos ouro, prata e prata. Tenho muito orgulho disso - disse.
No roteiro da despedida, Bernardinho deixou o jogo estar sob controle
para chamar seu capitão à quadra. Até então, Giba assistia do banco ao
passeio dos companheiros com sorriso no rosto e doido para dar sua
contribuição. Tirou o casaco, foi chamado pelo técnico e entrou para
sacar quando o placar marcava 21/18 para o Brasil, quase no fim do
terceiro set. Teve seu nome gritado pela arquibancada.
Só que o pontinho esperado não veio, a vitória não veio, e a Rússia respirou. O capitão voltou no set seguinte, mas não teve muito como ajudar. Os adversários cresceram e tomaram as rédeas da partida. Não houve força nem tempo para mais nada.
- É outro pique. Já estive lá dentro, sei que é difícil entrar no meio
do jogo. Fiz meu melhor. Tentei fazer o máximo para ajudar a ganhar, mas
não foi suficiente. Minha grande medalha de diamante no vôlei são meus
filhos, minha esposa. E mais ainda é ter orgulho de saber que ajudei
muita gente. Gente que saiu do coma, gente com leucemia, ajudei as
pessoas a acreditar no sonho de viver.
Em meio às lágrimas, Giba parecia lembrar de todo esforço que tinha feito para estar ali mais uma vez e ainda consolava Bruninho. No último ano, uma fratura na tíbia esquerda deu trabalho. Aos 35 anos, ele decidiu passar pela primeira cirurgia da carreira para poder se despedir em Londres. Em fevereiro colocou uma placa de titânio e mirou-se no exemplo de Nalbert, que antes de Atenas-2004 teve de operar o ombro e voltou antes do prazo previsto. Queria, como ele, terminar com um ouro. O segundo em sua galeria. Não deu.
- Tenho mais dois anos de contrato. A escola das crianças já foi mudada para lá. Tenho vários patrocinadores, muitas coisas para fazer no Brasil e tenho que cumprir. Vou cumprir o primeiro ano de contrato na Argentina e depois, com a minha esposa, decidir o que fazer. Comecei a fazer vários cursos de manager esportivo. É o que gosto. Tem gente que fala que eu daria um bom técnico. Até poderia, mas não tenho vontade. Minha vontade é passar minha experiência dentro de quadra e fazer com que as coisas melhorem ainda mais.
FOMTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/giba-sobre-despedida-da-selecao-nao-foi-da-forma-que-eu-esperava.html
- Não foi da forma que esperava. Quando botei a cabeça no travesseiro ontem à noite, sonhava com esse momento. É difícil colocar na balança. Perder é sempre uma droga. Agora, é levantar a cabeça. Três Olimpíadas, três medalhas, três finais olímpicas. A geração de prata é lembrada como a "Geração de Prata". Nós somos ouro, prata e prata. Tenho muito orgulho disso - disse.
Giba consola Bruninho durante a cerimônia de premiação (Foto: Agência Reuters)
Só que o pontinho esperado não veio, a vitória não veio, e a Rússia respirou. O capitão voltou no set seguinte, mas não teve muito como ajudar. Os adversários cresceram e tomaram as rédeas da partida. Não houve força nem tempo para mais nada.
É outro pique. Já estive lá dentro, sei que é difícil entrar no meio do jogo"
Giba
Em meio às lágrimas, Giba parecia lembrar de todo esforço que tinha feito para estar ali mais uma vez e ainda consolava Bruninho. No último ano, uma fratura na tíbia esquerda deu trabalho. Aos 35 anos, ele decidiu passar pela primeira cirurgia da carreira para poder se despedir em Londres. Em fevereiro colocou uma placa de titânio e mirou-se no exemplo de Nalbert, que antes de Atenas-2004 teve de operar o ombro e voltou antes do prazo previsto. Queria, como ele, terminar com um ouro. O segundo em sua galeria. Não deu.
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Queria também corrigir o rumo. E isso Giba conseguiu. Refez contato com
Ricardinho, o amigo de longa data, de quem ficou afastado durante cinco
anos. Agora, o ponteiro tenta se acostumar com a ideia de virar um
espectador da seleção que defendeu com tanto amor. Nos próximos dois
anos vai morar na Argentina, onde defenderá o Drean Bolívar.- Tenho mais dois anos de contrato. A escola das crianças já foi mudada para lá. Tenho vários patrocinadores, muitas coisas para fazer no Brasil e tenho que cumprir. Vou cumprir o primeiro ano de contrato na Argentina e depois, com a minha esposa, decidir o que fazer. Comecei a fazer vários cursos de manager esportivo. É o que gosto. Tem gente que fala que eu daria um bom técnico. Até poderia, mas não tenho vontade. Minha vontade é passar minha experiência dentro de quadra e fazer com que as coisas melhorem ainda mais.
FOMTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/giba-sobre-despedida-da-selecao-nao-foi-da-forma-que-eu-esperava.html
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