domingo, 6 de setembro de 2015

Orgulhoso pela superação do JEC, PC Gusmão elogia equipe: “Heróica”

Ainda que o empate em 0 a 0 com o Atlético-PR não seja bom por causa da situação na classificação, treinador aplaude atletas por segurar placar com três expulsos



Por
Curitiba



A dancinha do quarentão Marcelino Paraíba ao final da partida denunciava: o Joinville tinha o sentimento do triunfo no peito, embora o placar tenha sido de 0 a 0 com o Atlético-PR, na Arena da Baixada. É que o ponto conquistado em Curitiba teve sabor de triunfo. Desde o 28º minuto de jogo o JEC atuou com um a menos (o lateral Diego foi expulso), segurou uma enorme pressão dos mandantes e ainda teria mais dois atletas que receberam o cartão vermelho. Tão feliz quando o experiente jogador – e sem dancinha, obviamente – estava o técnico PC Gusmão.

Para ele, o Joinville se superou pela inferioridade número no gramado e também pelos quatro desfalques que tinha para o confronto da 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Além de felicidade tinha outro sentimento no peito: orgulho.

Atlético-PR Joinville  (Foto: Gustavo Oliveira/ Atlético-PR)
Técnico PC Gusmão elogia garra dos jogadores 
do Joinville ao conter o Atlético-PR (Foto: 
Gustavo Oliveira/ Atlético-PR)


- A equipe foi heroica pela forma que foi o jogo, pelo se desenhou e ocorreu. Meu grupo sentiu muito a lesão no Lucas Crispim. Este é um grupo fantástico, que lutou o tempo todo. No intervalo falei para suprirem a falta do Diego e depois eles lutaram pelo Crispim. Tenho um orgulho grande de estar a frente da equipe. Infelizmente, a posição na tabela não condiz com que temos feito. Mas cada demonstração em campo mostra que teremos uma caminhada muito melhor – disse, animado, o comandante do JEC na entrevista coletiva que atrasou em decorrência da situação do meia Lucas Crispim, levado de ambulância a um hospital depois de choque e ficar desacordado no gramado.

Jogadores e comissão técnica têm folga neste domingo e se reapresentam aos trabalhos na manhã de segunda-feira, quando inicia a preparação ao próximo compromisso. Na quarta-feira, às 21h, o JEC recebe a Chapecoense na Arena Joinville.


Confira a íntegra da entrevista coletiva. 

Substituições
- A entrada do Viana foi positiva, uma contratação que acertamos no último domingo. Depois entrou o Juninho e jogamos com dois juniores uma partida difícil. O Atlético-PR faz um campeonato espetacular. Sabíamos que seria difícil, foi na luta, na superação e todos estão de parabéns pela entrega. Não foi da forma que imaginamos, mas eles foram brilhantes, uma luta excepcional.  

Expulsão aos 28 do primeiro tempo
- Tentamos corrigir a posição do Diego no começo do jogo ainda, e ocorreu o segundo amarelo. Foi um jogo muito conturbado em campo, com muitos falando no ouvido da arbitragem. O Diego é um menino e temos que ensina-lo. Dentro da posição sabemos que temos carências, tanto que na partida tive que deslocar o Alef para a lateral-esquerda. O Diego tem que aprender a conviver com a dificuldade. É menino, tem boa vontade e tem coração aberto as informações que passamos a ele. Vai aprender. Não tem que punir, mas ensinar porque vai nos ajudar.
Eles foram brilhantes, uma luta excepcional
PC Gusmão

Marcelinho Paraíba
- Ele é importante, um líder. Tenho outros jogadores com este perfil, como o Fabrício, o Marcelo Costa, o Rogério... Jogamos a cima dos 30 são importantes fora de campo, já que a gente tem uma equipe muito jovem e que precisa de grandes exemplos. Eles ajudam bastante e é um privilégio trabalhar com eles, passar aos meninos, que têm espelho. Temos um jogador que foi eleito três vezes o melhor da Bundesliga, a liga alemã, é reverenciado aonde vamos. Dentro do treino temos que segura-lo para não passar do limite. Havia preocupação com ele neste jogo pela sequência de partidas. Combinamos de tirar para não termos perda por lesão ou cartão, e para tê-lo inteiro. Falamos e ele disse que ia até enquanto aguentasse. Vimos no segundo tempo que  tentou arrancar e não conseguiu, era hora de colocar um jogador mais rápido. Botamos o Viana e equilibramos. Hoje conseguimos o equilíbrio no grupo para que ausência e troca durante o jogo não fosse tão sentida ou causasse perda.

Edson Ratinho, outro expulso
- Tinha duas bolas em campo e parece que ele chutou uma delas. Com duas bolas, pelo meu conhecimento de leigo, o jogo tem que ser paralisado. O árbitro achou que foi antijogo, e deu o segundo amarelo. Tem que relevar e temos que corrigir nossos erros, o que temos feito, conversamos já. E depois, com calma, a gente fala com o grupo para chegarmos ao equilíbrio.  

Quatro desfalques  e Lucas Crispim
- Acho que a gente vem numa lealdade grande e quem acompanha o dia a dia sabe da escolha, de quem entra e é relacionado para o jogo. Falamos que temos nossos protocolos, que respeitando, quem atinge a condição tem oportunidade, e quem ainda não trabalhar para chegar. Tem jogador que precisa atingir para estar preparado e não fazer a equipe correr risco de carregar peso extra. Quando falei com o Lucas Crispim, sabia que poderia cumprir o papel. Vamos rezar para que esteja conosco o mais breve possível. Um menino guerreiro e que nos assustou. Fiquei muito assustado, preocupado, gritei para ambulância entrar. Mas pelas notícias que estão chegando, foi só um susto para nós. Além de ser humano, é atleta que contamos bastante para a caminhada nossa, que é difícil.


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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/joinville/noticia/2015/09/orgulhoso-pela-superacao-do-jec-pc-gusmao-elogia-equipe-heroica.html

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