Vitória sai na frente no placar, mas não aproveita vantagem de ter um a mais em campo após expulsão de Pittoni: Tricolor corre atrás e deixa tudo igual no Barradão
Eram
dois
times desacreditados em campo. Torcidas que desconfiavam de seus
atletas e
aguardavam ansiosamente por aquela atuação convincente, aquela que
mostraria
que o fim da temporada poderia ser diferente da anterior. E foi quase
isso: na
tarde deste domingo, Vitória e Bahia protagonizaram um clássico digno de
um clássico.
No Barradão, as equipes alternaram os momentos de tensão, atacaram e
defenderam, como era esperado por aqueles que sentavam na arquibancada.
Não foi o melhor futebol das galáxias, mas rendeu boas emoções a quem
sentava e
levantava, ansioso, até o último minuto, no estádio: um placar de 1 a 1
construído à base da velha – e eficiente – receita de clássicos.
Durante os 90 minutos, ainda sobrou espaço para jogadores nervosos, lances polêmicos, desentendimentos e até expulsão – aqueles acontecimentos que dão ao clássico o tom dramático que lhe é pertinente. Antes de a bola rolar, confusão de torcidas do lado de fora do estádio e atuação firme da Polícia Militar – outro elemento lamentavelmente comum a partidas de rivalidade acirrada como um Ba-Vi.
O Leão fecha a rodada na 2ª posição na classificação geral, com nove pontos. O Esquadrão é o sétimo, com sete pontos. Pelo Baianão, o Vitória volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Juazeirense, no estádio Adauto Morais. O Bahia joga no mesmo dia: recebe o Feirense na Arena Fonte Nova. Antes disso, no entanto, as duas equipes têm compromissos pela Copa do Nordeste: na quarta, o Rubro-Negro vai ao Rio Grande do Norte para enfrentar o América-RN; o Tricolor abre as portas da Fonte para jogar diante do Globo FC.
Dentro
de campo, os protagonistas do espetáculo esperavam a oportunidade – e
brigaram
por ela. Um pouco fora de forma e sob olhares desconfiados, Neto Baiano
aproveitou a sua: carrasco do Bahia, o atacante incorporou o espírito do
Ba-Vi
e não deixou passar a chance de marcar seu segundo gol na temporada. Do
outro
lado, uma equipe que não se abateu pelas adversidades: com um a menos e
atrás no placar, o Bahia correu atrás do prejuízo. Quando chegou a hora,
Maxi Biancucchi não se fez de rogado para balançar a rede do ex-clube:
na
comemoração, um “cala a boca” para a torcida rubro-negra. Sob as metas,
outros destaques: inicialmente questionados, os goleiros Fernando Miguel
e Jean deixaram o gramado sob olhares surpresos, depois de atuações
convincentes.
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Durante os 90 minutos, ainda sobrou espaço para jogadores nervosos, lances polêmicos, desentendimentos e até expulsão – aqueles acontecimentos que dão ao clássico o tom dramático que lhe é pertinente. Antes de a bola rolar, confusão de torcidas do lado de fora do estádio e atuação firme da Polícia Militar – outro elemento lamentavelmente comum a partidas de rivalidade acirrada como um Ba-Vi.
O Leão fecha a rodada na 2ª posição na classificação geral, com nove pontos. O Esquadrão é o sétimo, com sete pontos. Pelo Baianão, o Vitória volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Juazeirense, no estádio Adauto Morais. O Bahia joga no mesmo dia: recebe o Feirense na Arena Fonte Nova. Antes disso, no entanto, as duas equipes têm compromissos pela Copa do Nordeste: na quarta, o Rubro-Negro vai ao Rio Grande do Norte para enfrentar o América-RN; o Tricolor abre as portas da Fonte para jogar diante do Globo FC.
Pittoni escudero bahia x vitoria (Foto: Eduardo
Martins/A Tarde/Futura Press)
Ânimos
exaltados, expulsão e gol: 45 minutos com cara de clássico
O
primeiro tempo da partida poderia servir como resumo do que se espera de um clássico: ânimos
exaltados, chances perdidas, gol e até expulsão. Em um Ba-Vi em que as duas equipes
precisavam do resultado para uma espécie de autoafirmação – além dos pontos a
mais na tabela do Baianão -, o ímpeto na busca pelo primeiro gol era quase
previsível. E o Bahia saiu na frente no quesito iniciativa: com uma formação
ofensiva, o Tricolor começou o duelo dando sufoco no rival, que conseguia se defender quando necessário. Em cobrança de
falta, Souza quase abriu o placar nos minutos iniciais, e Ednei foi responsável
por um belo corte em ataque de Kieza.
Mas
o Vitória não ficou atrás por muito tempo. Oportunista e usando a velocidade para
sair para o jogo, o Leão marcou o adversário como pôde e tratou de aproveitar a
chance quando ela surgiu. Aos 17 minutos, Vander fez jus à boa fase, traçou uma
bela jogada pela direita e bateu cruzado. Jean espalmou, mas não contou com o
rebote, que Neto Baiano não hesitou em engavetar: o atacante bateu forte e abriu o placar no Barradão.
O
Bahia sentiu o baque e esmoreceu. As iniciativas diminuíram, e restou para Titi
a última chance aguda do Tricolor na primeira etapa: uma cabeçada certeira, defendida por Fernando
Miguel. Mas não foi por isso que a torcida teve vida fácil. Aos 27 minutos, uma
confusão atraiu todas as atenções da arquibancada: Neto Baiano e Pittoni se
desentenderam na lateral do gramado. O atacante chegou com a perna alta e o
volante com o braço esticado. Na jogada dura, Pittoni acabou acertando o rosto
do adversário em uma espécie de soco e levou vermelho direto. Os jogadores do
Bahia protestaram, mas não teve jeito.
Vira o tempo, e a emoção é a mesma
Se
o Vitória terminou o primeiro tempo em vantagem, iniciou a segunda etapa com
cara de quem precisava recuperar as energias. Sonolento, apesar de ter um a mais em campo, o Rubro-Negro assistiu
às investidas do Tricolor, que contou com a entrada de Bruno Paulista para
mudar a cara do jogo a seu favor. Foi de uma jogada do jovem volante que surgiu
a primeira chance, desperdiçada por Kieza. Em seguida, Maxi não cometeu o mesmo
erro: aos 11 minutos, o argentino aproveitou o rebote após tentativa de Kieza e
empatou, de cabeça.
Com
o susto da igualdade no placar, o Vitória até acordou, mas não soube aproveitar a vantagem numérica. A
equipe voltou a atacar, apesar da falta de criatividade – elemento, aliás, que
não foi exclusivo do Rubro-Negro. Até o último minuto, o clássico seguiu
envolto naquela tensão tão conhecida pelos torcedores, com direito, inclusive,
a chance incrível perdida por Kieza aos 46 e outra de Jorge Wagner, aos 50,
que tirou os rubro-negros de seus assentos. Se o futebol apresentado não foi
dos de encher os olhos, ao menos o quesito emoção foi preenchido. E o
equilíbrio, quase sempre presente em clássicos acirrados, se refletiu no placar
eletrônico.
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