Confronto entre xarás mais modestos será neste domingo, no Marizão, em Caicó. Orçamentos milionários dos gigantes paulistas confrontam realidade no RN
Corintians-RN e Palmeira se enfrentam neste domingo, em Caicó (Foto: GloboEsporte.com)
Elementos para uma grande partida não faltam. O Alviverde vem de duas derrotas e pode perder a posição caso seja derrotado pelo Corintians-RN. Além disso, o técnico Rodrigo Alexandre não resistiu à goleada que o time sofreu do América-RN e foi demitido. O auxiliar técnico vai comandar o Palmeira no "clássico". Do lado alvinegro também haverá um novo comandante, Pedrinho Albuquerque, que tem a missão de tirar o clube da difícil situação em que se encontra na competição. Três derrotas e dois empates em cinco jogos deixam a equipe na penúltima posição: com apenas um ponto marcado.
Com o Estádio Marizão liberado,
Corintians-RN e Palmeira vão
jogar em Caicó (Foto: Jocaff Souza)
Márcio Costa relembra antigos clássicos contra o Palmeiras (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Por outro lado, o Palmeira terá um estreante no clássico genérico para enfrentar o "bando de loucos". O jovem Emerson, revelado nas categorias de base do Náutico, chegou ao Verdão potiguar no início deste ano para disputar o Potiguar e não esconde a ansiedade de entrar em campo contra o "rival".
- A rivalidade de Corinthians e Palmeiras é uma tradição lá em São Paulo e aqui não é diferente. Assim como o Corintians daqui quer ganhar, nós também queremos. Aí acaba criando uma rivalidade entre os torcedores também. Dá uma tremida, sim, porque é um jogo importante para a gente - disse Emerson.
No Palmeira, Emerson se inspira em Zé Roberto (Foto: Klênyo Galvão/GloboEsporte.com)
- Sempre que a gente entra em campo dá aquele friozinho na barriga de todo jogador, mas tem que manter a tranquilidade e trabalhar para ganhar esse 'clássico' e ficar bem na tabela. Me inspiro no Zé Roberto que chegou agora no Palmeiras e é um excelente jogador. Tem que chamar os caras para levantar a cabeça, porque não tem nada perdido ainda não. A gente está no campeonato ainda e, se Deus quiser, vamos conseguir a classificação - garante.
abismo orçamentário
Além da distância de quase 3.000 km que separam os estados do Rio Grande do Norte e de São Paulo, um verdadeiro abismo orçamentário afasta os clubes paulistas dos xarás potiguares, sendo estes bem mais modestos. Enquanto a folha salarial do Corintians-RN gira em torno de R$ 25 mil, o Corinthians gasta cerca de R$ 10 milhões entre jogadores e comissão técnica. Somente com o salário de Emerson (o maior do clube), de aproximadamente R$ 520 mil, daria para manter o alvinegro potiguar por quase dois anos. No Galo do Seridó, o maior salário custa ao clube R$ 2 mil, mesmo valor pago pelo Palmeira ao seu jogador mais caro. Entre os palestrinos, o meia Valdívia seria o jogador com o maior salário, com valor especulado em R$ 500 mil. Já a diferença entre as folhas salariais dos Verdões é um pouco menor, mas igualmente incomparável. Por mês, o Palmeiras gasta algo em torno de R$ 7 milhões, contra os R$ 40 mil gastos pelo xará de Goianinha.
Folha do Corinthians é 400 vezes maior que a
do xará no RN; Palmeiras gasta 175 vezes
mais (Foto: Marcos Ribolli)
"arenas" bem diferentes
O clássico genérico deste domingo entre Corintians e Palmeira será disputado no Estádio Marizão, em Caicó, a 273 km de Natal. Depois de cinco rodadas do Campeonato Potiguar, a casa do Galo do Seridó finalmente recebeu a liberação do Corpo de Bombeiros, mas para receber apenas 1.050 torcedores nas arquibancadas - menos da metade de sua capacidade - por questão de segurança. Com capacidade para 3.000 torcedores, a casa do Corintians nem de longe lembra a gigantesca Arena Corinthians, em São Paulo, que comporta até 61.606 espectadores. O estádio foi inaugurado em maio do ano passado e serviu de palco para abertura da Copa do Mundo de 2014. O projeto custou mais de R$ 1 bilhão.
O "vizinho" alviverde também está de casa nova. Considerada uma das mais modernas do país, a Arena Palmeiras foi inaugurada em novembro do ano passado, pronta para receber 43.600 torcedores depois de quatro anos de reforma do antigo Palestra Itália a um custo aproximado de R$ 630 milhões. Em terras potiguares, a realidade é bem diferente: o Estádio Nazarenão, em Goianinha, distante 60 km de Natal, até tem um gramado elogiado, mas comporta apenas 4.100 torcedores.
Arena Palmeiras comporta 10 vezes mais
torcedores que estádio do "primo"
Palmeira, no RN (Foto: Felipe Zito)
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