Time vence por
4 a 3 com dois gols no fim e pega Santos nas quartas de final com bom
público no Castelão em jogo com queixas de arbitragem
A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Teve de tudo no Castelão na noite desta quarta-feira, em Fortaleza.
Teve bom público – 37.794 pagantes (38.949 presentes), com renda: R$:
828.148. Teve polêmica na arbitragem, com um pênalti em Emerson Sheik
não marcado e um gol mal anulado do Ceará. Teve apagão no Castelão, que
ficou iluminado pelos celulares por 22 minutos. Teve pixotada do goleiro
Andrey, que parecia ter sido decisiva. E teve emoção e virada dos dois
lados, numa partida que terminou com vitória heroica, histórica, do
Botafogo por 4 a 3, com gols aos 49 e 50 minutos do segundo tempo, que
lhe deram a classificação no duelo com o Ceará – no primeiro jogo pela
Copa do Brasil, no Maracanã, o time cearense vencera por 2 a 1.
Os gols foram de Bill (2) e um de Magno Alves para o time da casa e Edílson, Yúri Mamute, Ramírez e André Bahia para o Alvinegro carioca, que enfrentará o Santos, classificado após a exclusão do Grêmio, punido pela Justiça após as injúrias racistas de sua torcida ao goleiro Aranha – o Tricolor gaúcho, no entanto, tem a chance de recurso, e um novo julgamento, no Pleno do STJD, pode acontecer em 15 dias.
No fim de semana o Ceará voltará a campo sábado pela Série B do Brasileirão, contra o Oeste, fora de casa. O Botafogo também sai, para enfrentar o Atlético-MG, no Independência, em Belo Horizonte, pela Série A do Brasileirão.
Virada e reação
Um primeiro tempo já com emoção e muitos gols fez jus ao bom público que compareceu ao Castelão. E o Botafogo tentou mostrar disposição logo de cara. A vontade era tanta que, com quatro minutos de jogo, Emerson Sheik reclamou com veemencia de falta de Alex Lima e já levou cartão amarelo. O time procurava costurar as jogadas de ataque mas encontrava um Ceará bem fechadinho e, pela vantagem com a vitória no jogo do Rio, estratégico. Partia, como num jogo de xadrez, com perigo nos contra-ataques. E que perigo.
Foram duas investidas que deram susto ao jovem goleiro Andrey. Na primeira, ele dividiu com Nikão e evitou o pior. Na segunda, rezou, e o belo chute de Eduardo foi para fora. Bom para o Alvinegro carioca, que sempre tem no lateral Edílson uma arma decisiva na bola parada. Já tinha assustado o time da casa com um tirambaço de longe que foi para fora até acertar a pontaria aos 14, dessa vez trocando a bomba por um chute bem colocado da meia esquerda, sem defesa.
André Bahia, com Sheik, comemora o
gol que classificou o Botafogo
(Foto: Jarbas Oliveira / Ag. Estado)
A vantagem não demorou a ir por água abaixo. Daniel, esperança da
equipe, saiu contundido e deu vez a Yúri Mamute. O time sentiu, e o Vovô
já tinha dado a senha de que buscaria o gol pelo lado esquerdo, com o
bom apoio do lateral Vicente. E foi por ali que Magno Alves se criou e
centrou para Bill – com Andrey já batido – apenas empurrar para as redes
e empatar. O Botafogo perdeu o controle e, quatro minutos depois, Yúri
Mamute voltou para acompanhar a arrancada de Vicente e derrubou o
lateral na área. Pênalti que Magno Alves não desperdiçou aos 26, com
direito a paradinha. Em menos de meia hora, o placar do Maracanã se
repetia no Castelão.
Mas o Vovô deu uma relaxada com a vantagem. O erro foi fatal. A equipe carioca começou a esboçar reação no fim do primeiro tempo, num lance em que Emerson Sheik reclamou, justamente, de ter sofrido pênalti de Vicente, não marcado pelo árbitro. O jogo seguiu e, aos 46, Edílson voltou a ser decisivo ao centrar na medida para Yúri Mamute se redimir. De peixinho, mandou cabeçada certeira, empatando a partida e pondo o Botafogo novamente no páreo, mesmo sem ser brilhante.
Botafogo heroico
Bastava um gol para dar a classificação ao Botafogo, que começou no campo de ataque, mas deu espaço ao contragolpe. Magno Alves recebeu livre aos sete minutos e mandou para as redes, mas o auxiliar marcou impedimento inexistente, em novo erro de arbitragem. Pouco depois, apagão no estádio. Sem luz – só os celulares dos torcedores iluminavam o estádio –, a partida ficou parada por 22 minutos. E voltou com mais polêmica. O Vovô reclamou de dois pênaltis não marcados: um que seria mão na bola de André Bahia – lance interpretado como bola na mão – e outro numa dividida.
Sérgio Soares mexeu no Vovô, trocando Ricardinho por Michel e Nikão por Souza. Vágner Mancini, que há havia colocado Ramírez no lugar de Gabriel, trocou Bollatti por Ferreyra. Daí em diante, só emoção. Uma pixotada do goleiro Andrey parecia ter selado os destinos. A bola sobrou para Bill, que não perdoou aos 30: 3 a 2, e a festa se desenhava para o Vovô no Castelão. Mais uma vez, o time relaxou. E o Botafogo acreditou. Ramírez empatou em sobra de chute de Wallyson aos 49. No apagar das luzes, a bomba de André Bahia, aos 50, devolveu a vaga ao Alvinegro carioca. Uma vibração que vai se manter por toda a semana.
Os gols foram de Bill (2) e um de Magno Alves para o time da casa e Edílson, Yúri Mamute, Ramírez e André Bahia para o Alvinegro carioca, que enfrentará o Santos, classificado após a exclusão do Grêmio, punido pela Justiça após as injúrias racistas de sua torcida ao goleiro Aranha – o Tricolor gaúcho, no entanto, tem a chance de recurso, e um novo julgamento, no Pleno do STJD, pode acontecer em 15 dias.
No fim de semana o Ceará voltará a campo sábado pela Série B do Brasileirão, contra o Oeste, fora de casa. O Botafogo também sai, para enfrentar o Atlético-MG, no Independência, em Belo Horizonte, pela Série A do Brasileirão.
Virada e reação
Um primeiro tempo já com emoção e muitos gols fez jus ao bom público que compareceu ao Castelão. E o Botafogo tentou mostrar disposição logo de cara. A vontade era tanta que, com quatro minutos de jogo, Emerson Sheik reclamou com veemencia de falta de Alex Lima e já levou cartão amarelo. O time procurava costurar as jogadas de ataque mas encontrava um Ceará bem fechadinho e, pela vantagem com a vitória no jogo do Rio, estratégico. Partia, como num jogo de xadrez, com perigo nos contra-ataques. E que perigo.
Foram duas investidas que deram susto ao jovem goleiro Andrey. Na primeira, ele dividiu com Nikão e evitou o pior. Na segunda, rezou, e o belo chute de Eduardo foi para fora. Bom para o Alvinegro carioca, que sempre tem no lateral Edílson uma arma decisiva na bola parada. Já tinha assustado o time da casa com um tirambaço de longe que foi para fora até acertar a pontaria aos 14, dessa vez trocando a bomba por um chute bem colocado da meia esquerda, sem defesa.
André Bahia, com Sheik, comemora o
gol que classificou o Botafogo
(Foto: Jarbas Oliveira / Ag. Estado)
Mas o Vovô deu uma relaxada com a vantagem. O erro foi fatal. A equipe carioca começou a esboçar reação no fim do primeiro tempo, num lance em que Emerson Sheik reclamou, justamente, de ter sofrido pênalti de Vicente, não marcado pelo árbitro. O jogo seguiu e, aos 46, Edílson voltou a ser decisivo ao centrar na medida para Yúri Mamute se redimir. De peixinho, mandou cabeçada certeira, empatando a partida e pondo o Botafogo novamente no páreo, mesmo sem ser brilhante.
Botafogo heroico
Bastava um gol para dar a classificação ao Botafogo, que começou no campo de ataque, mas deu espaço ao contragolpe. Magno Alves recebeu livre aos sete minutos e mandou para as redes, mas o auxiliar marcou impedimento inexistente, em novo erro de arbitragem. Pouco depois, apagão no estádio. Sem luz – só os celulares dos torcedores iluminavam o estádio –, a partida ficou parada por 22 minutos. E voltou com mais polêmica. O Vovô reclamou de dois pênaltis não marcados: um que seria mão na bola de André Bahia – lance interpretado como bola na mão – e outro numa dividida.
Sérgio Soares mexeu no Vovô, trocando Ricardinho por Michel e Nikão por Souza. Vágner Mancini, que há havia colocado Ramírez no lugar de Gabriel, trocou Bollatti por Ferreyra. Daí em diante, só emoção. Uma pixotada do goleiro Andrey parecia ter selado os destinos. A bola sobrou para Bill, que não perdoou aos 30: 3 a 2, e a festa se desenhava para o Vovô no Castelão. Mais uma vez, o time relaxou. E o Botafogo acreditou. Ramírez empatou em sobra de chute de Wallyson aos 49. No apagar das luzes, a bomba de André Bahia, aos 50, devolveu a vaga ao Alvinegro carioca. Uma vibração que vai se manter por toda a semana.
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