sexta-feira, 25 de abril de 2014

Líder de organizada do Inter garante ingressos a "barras bravas", diz jornal

Giba vai à Argentina para selar acordo com entidade que congrega torcedores locais e diz que pelo menos 1,2 mil hermanos virão ao Brasil para ver a Copa do Mundo


Por Buenos Aires, Argentina


Cerca de 1,2 mil "barras bravas" (apelido dos torcedores violentos) argentinos devem assistir aos jogos de sua seleção na Copa do Mundo. E com a ajuda de um brasileiro. De acordo com o jornal "Olé", o líder de uma torcida organizada do Internacional, Gilberto Bitancourt Viegas, conhecido como Giba, esteve no país vizinho para fechar um acordo com membros da HUA (Torcidas Unidas Argentinas, em português) e contou que garantiu  200 ingressos para os amigos. 

Além disso, Giba já teria conseguido um alojamento em Sapucaia do Sul, perto de Porto Alegre, para que todos os "barras bravas" fiquem hospedados. As entradas, porém, não teriam sido compradas, mas obtidas por meio de acordos com políticos locais, segundo a versão do torcedor do Inter. A Argentina joga no Rio Grande do Sul contra a Nigéria no dia 25 de junho, no Beira-Rio.

- Consegui os ingressos por meios políticos. Não os comprei, ganhei. Depois, ajudo os políticos aqui em Porto Alegre. No Rio e em Belo Horizonte (onde a Argentina joga na primeira fase), as torcidas do Flamengo e do Cruzeiro conseguem os ingressos. Eles têm os mesmos contatos que eu. Será uma grande Copa – disse o brasileiro.

Frame jornal olé  (Foto: Reprodução)
Giba posa para entrevista com o 
jornal argentino 'Olé' 
 (Foto: Reprodução)

Segundo Giba, a amizade com os torcedores argentinos vem desde que o Internacional enfrentou o Independiente, na Recopa de 2011. Desde então, os amigos hermanos o ajudaram na Copa América do mesmo ano. Agora, quer retribuir o favor.

- Eu resolvo as coisas para a HUA (Hinchadas Unidas Argentinas). O alojamento, o transporte, os advogados caso haja um problema legal – explicou.

Conhecidos pela violência na Argentina, os "barras bravas" são uma preocupação do governo brasileiro na Copa. Ainda assim, Giba acredita que não haverá problemas. Mas deixa claro: a responsabilidade pelo comportamento dos torcedores é dos líderes deles.

- Eu garanto que vamos confraternizar com estes 1200 torcedores. Os argentinos deverão ser responsáveis por eles. Eu os conheço, e são boa gente. Nem eles nem nós queremos problemas.


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