Em abril, time de Enderson, que precisa de 2 a 0 na próxima quarta, tem média de gols pior do que na época de Renato Gaúcho e observa retorno de críticas a Barcos
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Um dos diferenciais da equipe de Enderson Moreira começou a falhar justamente na hora mais decisiva até então da temporada. Tão carente em 2013 com Renato Gaúcho, o ataque dava mostras de recuperação neste ano até atingir, após a derrota de 1 a 0 para o San Lorenzo na quinta, dois jogos seguidos sem bola na rede, a sua pior marca.
A média geral de tentos em 2014, aliás, seria insuficiente para obter os dois gols de diferença necessários na próxima quarta, a fim de alcançar as oitavas da Libertadores. E Barcos é colocado no centro desse momento de seca, após um início de ano animador.
Barcos no ônibus após o jogo em que
perdeu grande chance na Argentina
(Foto: Diego Guichard/
GloboEsporte.com)
A média até é maior em comparação com a passagem de Renato Gaúcho, que inaugurou o sistema com três volantes, marcando 39 vezes em 39 jogos. Em 2013, o período de jejum chegou a ser histórico: seis partidas longe das redes, batendo marca de 1972.
A conta deste ano, todavia, se torna ainda mais negativa se for restrita ao mês de abril. No momento crucial, de mata-matas e decisões, o rendimento do ataque esmoreceu. Em abril, tem apenas duas vitórias em cinco jogos, com quatro gols marcados. Além do já referido gol de pênalti do argentino e do lance do Gre-Nal, houve mais um do Pirata e outro de Dudu, ambos no 2 a 0 diante do Nacional de Medellín. A média de bolas na rede, portanto, despenca para 0,8 gols por partida neste mês.
Erro na Argentina reabre críticas a Barcos
No entanto, somente dois gols foram na Libertadores, sendo um de pênalti. A pressão sobre o centroavante, que parecia eliminada, acabou voltando após o revés no Nuevo Gasómetro. Nele, Barcos perdeu a melhor chance em cobrança de falta na linha da pequena área. Tanto que precisou se explicar no retorno a Porto Alegre.
- Um erro meu também que me apressei a bater a falta. Joguei a bola para cima. Ficou feio, mas acontece, faz parte. Seguir trabalhando para melhorar. Se alguém está devendo, é todo mundo - apregoa o centroavante.
Artilheiros históricos opinam
Não é o que pensam dois centroavantes históricos do Grêmio. O GloboEsporte.com pediu a opinião de Alcindo e Juarez, primeiro e quarto maiores artilheiros dos 110 anos de clube, respectivamente. Para Alcindo, o Bugre, dono de 231 tentos, maioria deles nos anos 1960, o problema de Barcos é a sua inclinação a sair da área.
- Barcos seria melhor se jogasse como centroavante. Para mim, ele não é centroavante, sai muito da área, não arrisca - critica o ex-goleador de 69 anos.
O Tanque Juarez também não poupa as palavras. Centroavante que anotou 202 gols entre 1955 a 1962 no velho Olímpico, ele pede um Barcos menos "coletivo":
- O Barcos é um jogador longilíneo, os movimentos dele são lentos e, por isso, tem que ser homem de frente, sem deixar a área. Falta a ele um pouco daquele egoísmo. O centroavante tem que ter essa autonomia de, às vezes, ser fominha. Sua função é golear.
Embora as críticas, Barcos está perto de uma importante marca pessoal. No total, tem 29 gols pelo Grêmio e pode, ainda neste ano, se tornar o maior artilheiro estrangeiro da história do clube. O argentino Obberti, com passagem também pelo Newell's Old Boys, anotou 35 nos anos 1970. A próxima chance de se aproximar do compatriota e apagar os erros da partida contra o San Lorenzo será neste domingo, às 18h30m, contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão.
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/gremio/noticia/2014/04/gremio-vive-pior-seca-de-gols-no-ano-e-ve-barcos-novamente-sob-pressao.html
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