Com nome de volante, Fábio Simplício tentou ser jogador de futebol, odeia matemática e hoje é quem dá todas as informações para o técnico Luizomar de Moura
Fundamental.
Esse advjetivo foi usado pelo treinador Luizomar de Moura e pelas
titulares Thaisa e Adenízia quando perguntados sobre o trabalho de Fábio
Simplício, estatístico da equipe do Osasco, que está invicto na
Superliga feminina e disputa nesta sexta-feira a primeira partida da
semifinal, diante do Sesi. A campeã olímpica Adenízia comparou o
trabalho de Fábio com o do técnico Luizomar:
-O Fábio é essencial, 50% do jogo é dele e os outros 50% do Luizomar. Minha vida com o Fábio é muito mais fácil, sei de todas as probabilidades. Ele entra em contato com a gente durante a partida, passa as informações de todas as jogadoras adversárias- comenta a meio de rede titular da seleção brasileira e do Osasco.
Fábio
Simplício faz a estatística não só do time do Osasco como de todas as
outras equipes da Superliga. Ele sabe a porcentagem de acerto em cada
uma das atletas de cada uma das atletas, analisa as chances da
levantadora adversária optar pela saída de rede ou pelo centro. Durante
as partidas, usa um software para marcar cada uma das jogadas:
- Quando o ponto é longo, eu fico louco. Eu sou ser humano e, claro, sou passível ao erro. Eu preciso anotar cada jogadora e cada ação que ela faz. A qualidade do passe, se foi muito bom, bom, regular ou ruim, depois a qualidade do levantamento, para onde foi a bola, se a meio de rede foi para trás ou para frente, a qualidade do ataque...As vezes eu enlouqueço mesmo - conta o sorridente estatístico.
O
trabalho de Fábio tem tudo a ver com números, mas ele deixa claro que
nunca foi bem em matemática na escola e não sabe fazer muitas contas:
- Nunca gostei de números, aliás, eu odeio matemática, odeio números. Eles entraram na minha vida por um acaso. Eu trabalhava nas categorias de base em Osasco, o Luizomar me chamou para acompanhar o time adulto. Aí ele me desafiou a entender o software e eu gosto de desafios - conta Fábio.
A campeã olímpica Thaisa, meio de rede e principal destaque da equipe do Osasco na categoria, acredita que ele é essencial:
- Se não fosse o trabalho dele, seria muito complicado. No momento da decisão, quado o set está 20 a 20, a gente lembra o que estudou. Fica tudo muito fresco na cabeça, então posso até ter uma reação antecipada para bloqueiar a adversária - garante Thaisa.
A paixão de Fábio pelo vôlei começou após a medalha de ouro olímpica do Brasil em 1992, quando tinha 11 anos e viu o time comandado por José Roberto Guimarães se sagrar campeão ao vencer a Holanda na final por 3 sets a 0. Mas o sonho do estatístico era ser jogador de futebol:
-
Sempre quis ser jogador de futebol, eu tentei algumas vezes passar em
peneiras, mas eu tinha que trabalhar para ajudar em casa. Meu pai queria
que eu trabalhasse e uma forma de ficar no esporte foi seguir como
técnico de vôlei.
A comissão técnica do Osasco, que conta com nove pessoas, entre massagistas, médicos, auxliares, costuma fazer um jogo de futebol na quadra de vôlei para descontrair. Fábio garante que é bom jogador:
- Outro dia a gente fez uma partida contra o pessoal da consessionária aqui do bairro. Os caras estavam achando que a gente era ruim, só porque a gente é do vôlei. A gente jogou bem. Eles não viram a cor da bola, vencemos fácil e eles ainda quiseram arrumar confusão depois - relembra o estatístico.
Os 14 times que estiveram na Superliga desta temporada possuem um estatístico. Fábio Simplício explica que existe um grupo de e-mail entre todos os 'matemáticos' e que um ajuda o outro, apesar de serem adversários:
- A gente tem uma relação muito boa. Há alguns anos eu tinha que ir para o Rio para fazer um jogo que nem envolvia o Osasco. Atualmente a gente tem um grupo dos estatísticos, que manda vídeos de todas as partidas. E se não mandar, a gente dá bronca mesmo, tem que mandar o vídeo.
O Osasco terminou a primeira fase da Superliga feminina de forma invicta, com 26 vitórias e, nas quartas de final, passou pelo Brasília com dois triunfos.
A equipe enfrenta o Sesi nesta sexta-feira, em Osasco, na primeira partida da semifinal. O outro confronto teve início na última terça-feira, com vitória do Rio de Janeiro contra o Campinas.
-O Fábio é essencial, 50% do jogo é dele e os outros 50% do Luizomar. Minha vida com o Fábio é muito mais fácil, sei de todas as probabilidades. Ele entra em contato com a gente durante a partida, passa as informações de todas as jogadoras adversárias- comenta a meio de rede titular da seleção brasileira e do Osasco.
Durante o treino, Fabio analisa cada
uma das jogadas (Foto:
Guilherme Costa)
- Quando o ponto é longo, eu fico louco. Eu sou ser humano e, claro, sou passível ao erro. Eu preciso anotar cada jogadora e cada ação que ela faz. A qualidade do passe, se foi muito bom, bom, regular ou ruim, depois a qualidade do levantamento, para onde foi a bola, se a meio de rede foi para trás ou para frente, a qualidade do ataque...As vezes eu enlouqueço mesmo - conta o sorridente estatístico.
Nunca gostei de números, aliás, eu odeio matemática
Fábio Simplício
- Nunca gostei de números, aliás, eu odeio matemática, odeio números. Eles entraram na minha vida por um acaso. Eu trabalhava nas categorias de base em Osasco, o Luizomar me chamou para acompanhar o time adulto. Aí ele me desafiou a entender o software e eu gosto de desafios - conta Fábio.
A campeã olímpica Thaisa, meio de rede e principal destaque da equipe do Osasco na categoria, acredita que ele é essencial:
- Se não fosse o trabalho dele, seria muito complicado. No momento da decisão, quado o set está 20 a 20, a gente lembra o que estudou. Fica tudo muito fresco na cabeça, então posso até ter uma reação antecipada para bloqueiar a adversária - garante Thaisa.
A paixão de Fábio pelo vôlei começou após a medalha de ouro olímpica do Brasil em 1992, quando tinha 11 anos e viu o time comandado por José Roberto Guimarães se sagrar campeão ao vencer a Holanda na final por 3 sets a 0. Mas o sonho do estatístico era ser jogador de futebol:
Mesmo nos treinos, Fábio utiliza o
computador para passar todas as
informações ao técnico (Foto:
Guilherme Costa)
A comissão técnica do Osasco, que conta com nove pessoas, entre massagistas, médicos, auxliares, costuma fazer um jogo de futebol na quadra de vôlei para descontrair. Fábio garante que é bom jogador:
- Outro dia a gente fez uma partida contra o pessoal da consessionária aqui do bairro. Os caras estavam achando que a gente era ruim, só porque a gente é do vôlei. A gente jogou bem. Eles não viram a cor da bola, vencemos fácil e eles ainda quiseram arrumar confusão depois - relembra o estatístico.
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Os 14 times que estiveram na Superliga desta temporada possuem um estatístico. Fábio Simplício explica que existe um grupo de e-mail entre todos os 'matemáticos' e que um ajuda o outro, apesar de serem adversários:
- A gente tem uma relação muito boa. Há alguns anos eu tinha que ir para o Rio para fazer um jogo que nem envolvia o Osasco. Atualmente a gente tem um grupo dos estatísticos, que manda vídeos de todas as partidas. E se não mandar, a gente dá bronca mesmo, tem que mandar o vídeo.
O Osasco terminou a primeira fase da Superliga feminina de forma invicta, com 26 vitórias e, nas quartas de final, passou pelo Brasília com dois triunfos.
A equipe enfrenta o Sesi nesta sexta-feira, em Osasco, na primeira partida da semifinal. O outro confronto teve início na última terça-feira, com vitória do Rio de Janeiro contra o Campinas.
Adenízia admite que o trabalho de
Fábio é essencial (Foto:
Divulgação/Osasc
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